São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vítimas "A morte de crianças palestinas em virtude de ataques do Exército israelense constitui uma rotina tão lamentável quanto vergonhosa para todo o mundo. E antes que alguém me acuse de ser anti-semita, informo que sou pacifista e também me sinto indignado e envergonhado de minha condição humana quando judeus são vítimas de atentados. Só haverá uma chance de paz quando judeus e palestinos puderem fechar os olhos e imaginar: aquela criança morta poderia ser o meu filho ou minha filha." Airton Góes (São Paulo, SP) Duda Mendonça "Duda Mendonça não afirmou, em palestra na Ucsal (Universidade Católica de Salvador), que, "no momento certo", vai "abrir a boca e dar a resposta" às acusações que lhe foram dirigidas pela CPMI dos Correios ("No momento certo, vou abrir a boca", diz Duda", Brasil, 8/4). Apenas reiterou o que vem dizendo: no momento oportuno e no foro adequado, ou seja, no curso de um eventual processo judicial, irá rebater todas as afirmações equivocadas feitas a seu respeito com as garantias da ampla defesa e do contraditório." Tales Castelo Branco, advogado de Duda Mendonça (São Paulo, SP) Resposta do jornalista Luiz Francisco - As declarações, gravadas, foram dadas aos jornalistas assim que o publicitário chegou à universidade. Suzane "Gostaria de parabenizar Luís Nassif pelo artigo "Os segredos de Suzane", 11/ 4), em que mostra uma visão mais apurada sobre o caso Richthofen, indo contra a corrente de linchamento e pré-julgamento. O direito penal está imerso na análise da questão da intenção do agente, do que se passa na mente da pessoa ao cometer um crime. A questão é tão complexa que Wittgenstein considera que devemos suspender o ato de julgar quando não sabemos o que se passa na mente da pessoa. O julgar não pode se ater às aparências." Célio Gurfinkel, pós-graduado em direito penal pela USP (São Paulo, SP) "Os ricos, quando cometem crimes, precisam -segundo Luís Nassif- de algum Truman Capote para desvendar os seus segredos. E os pobres? Os Cravinhos? Não merecem análise? Porque são pobres, da periferia, é normal que sejam marginais? O raciocínio distorcido do articulista talvez lance luz sobre o fato de que, no Brasil, só pobre fica na cadeia." Carlos Augusto Rogério (Palmitos, SC) Tráfico e TV "Sem entrar no mérito da estranha teoria sociológica desenvolvida por Ferréz no artigo "Antropo(hip-hop)logia" ("Tendências/Debates", 5/4), sobre o documentário "Falcão, Meninos do Tráfico", gostaria de registrar que o autor da frase "vendo um irmão de cor falando como branco na caradura, compactuando com um dos programas televisivos (jornalísticos?) mais prejudiciais ao nosso povo" foi recentemente estrela -e estava muito à vontade- do quadro "Brasil Total", exibido no mesmo "Fantástico", dirigindo adaptação da sua "literatura marginal para dramaturgia em TV". A TV Globo, que se orgulha pela diversidade cultural que exibe, sempre buscando manifestações culturais fora dos chamados grandes centros, nem de longe quer se meter numa eventual e lamentável briga de "tribos" do hip-hop. Mas talvez fosse o caso de Ferréz, que escreveu o "Manual Prático do Ódio", tentar elaborar algo sobre o tema da inveja." Luis Erlanger, Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ) CPMI "Em resposta a artigo publicado por mim em 24/3 ("Tendências/Debates'), o deputado Onyx Lorenzoni ultrapassa limites ("Injustiça monumental", 4/4). Não me reunirei a ele nesse território. Do episódio, resta o seguinte. 1) É verdade que o "gancho" que usei para meu artigo, em que criticava uma das sugestões do sub-relatório à CPMI dos Correios, de autoria do deputado, se baseou em noticiário da imprensa que se revelou impreciso. 2) Contudo o deputado procura inverter responsabilidades quanto a isso. A iniciativa de uma eventual submissão de minuta de seu sub-relatório a interlocutores, quaisquer que fossem, caberia a ele como autor, e não a possíveis interessados. 3) A proposta que originou minha crítica não fere a questão fundamental do loteamento do Estado. Propõe-se a redução das nomeações no atacado, o que atingirá funcionários de baixo escalão, mas manterá incólumes aqueles nomeados para ocupar cargos de responsabilidade. São essas pessoas que montam e gerenciam as quadrilhas, partidárias ou não, que assaltam o dinheiro público. 4) A Sub-relatoria de Normas era a mais importante da CPMI, e não é porque um dos pontos do relatório resultante é vulnerável a crítica que o conjunto das medidas propostas perde relevância. Mas as propostas serão debatidas, e críticas serão formuladas, não obstante a contrariedade do deputado." Cláudio Weber Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil (São Paulo, SP) BMG "No dia 8/4, esta seção publicou resposta do repórter Rubens Valente à carta de Marcio Alaor de Araújo, vice-presidente-executivo do Banco BMG, que continha esclarecimentos relevantes à operação de cessão de crédito para a Caixa Econômica Federal. Na última frase, o jornalista afirma que, "para os auditores, a CEF poderia ter lucrado muito mais". A bem da verdade, o TCU, conforme largamente noticiado, inclusive por esta Folha em 12/1/2006, jamais produziu qualquer relatório definitivo sobre o tema. Tudo o que foi publicado pela imprensa refere-se a uma representação do TCU emitida em dezembro de 2005. A título de esclarecimento, encaminho em anexo parecer do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega em que é afirmado que a CEF ganhou R$ 355 milhões, o correspondente a um lucro adicional de R$ 60 milhões acima do custo de oportunidade. Esse é o valor que excedeu se os recursos estivessem aplicados em CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a referência do mercado financeiro. Portanto a operação de cessão de crédito do BMG para a CEF foi extremamente lucrativa, "não se identificando qualquer benefício para o BMG que possa ser considerado incomum", conforme parecer de Maílson da Nóbrega. Em função do exposto, reiteramos que a operação foi absolutamente legal e seguiu todas as normas do mercado e colocamo-nos à disposição do jornalista para quaisquer esclarecimentos." Coriolano Gatto , banco BMG (Belo Horizonte, MG) Resposta do jornalista Rubens Valente - A resposta anterior já destacava que o assunto continua sob exame no TCU. O missivista deixou de informar que o parecer do ex-ministro foi requisitado pelo próprio BMG. Texto Anterior: Aziz Ab'Saber, Maria Rita Kehl e Pádua Fernandes: Revitalizar sem segregar: o direito à cidade Próximo Texto: Erramos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |