São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Chuvas
"Na catástrofe carioca, os políticos deram exemplo de desrespeito pelo ser humano ["Caos e mortes no Rio revelam omissão do poder público", Folha Corrida, ontem]. Já a população deu belíssimo exemplo de solidariedade e humanidade. Com esse fato trágico, alguns políticos deveriam seguir os munícipes que souberam valorizar a vida e respeitar o ser humano."
MÁRCIO ALEXANDRE DA SILVA (Assis, SP)

Lula
""O cerco que acomete o presidente Lula, feito de contrariedades e desafios à sua soberba, é invariável." Janio de Freitas ["O descontrole", Brasil, ontem] me faz sorrir de alegria pela qualidade do texto e já estou pois imaginando o sr. Lula no dia 2/1/ 2011, com vitória ou não do PT, tendo que trabalhar para pagar as multas da Justiça Eleitoral em vez de viajar para a França como fez o sr. FHC."
OSMAR G. LOUREIRO (Cravinhos, SP)

Serra
"O candidato José Serra disse que não se pode dividir o Brasil entre pobres e ricos, Norte e Sul, mas não lhe ocorreu observar que essa divisão, que de fato existe, é produzida dia a dia pelo capitalismo predador, cujas elites tudo fazem para mantê-lo, e que produz a fúria cínica e irracional em todo o continente contra qualquer governo que ponha em xeque essa perversa separação, com políticas sociais atacadas como populistas.
Por que será que essa "massa cheirosa" (como se referiu um dirigente tucano, segundo a Folha) que fez a claque do lançamento do candidato teme tanto assim a vitória de sua adversária? Não será porque seus apoiadores temem que um dia a massa não cheirosa se dê conta de que o apartheid social é uma realidade que é sistematicamente dissimulada por discursos de uma enganosa fraternidade?"
ADIR CLAUDIO CAMPOS (Uberlândia, MG)

Dilma
"Dilma Rousseff disse: "Eu não fujo quando a situação fica difícil. Não tenho medo da luta (...) Nunca abandonei o barco". ["No ABC, Lula e Dilma rebatem fala de tucano", Brasil, ontem].
Esta não foi só uma ofensa a José Serra, mas a todos os exilados do Brasil que deixaram suas vidas para trás para se proteger dos excessos da ditadura. Ela deu a entender que só os guerrilheiros lutaram pelo Brasil. Segundo ela, os exilados seriam meros fugitivos."
THOMAS HOHL (Campinas, SP)

Papa
"Sempre hesitei em aceitar a hipótese de preconceito antirreligioso na cobertura por parte da imprensa brasileira dos casos de pedofilia envolvendo o clero católico. Infelizmente, o artigo "Papa mandou adiar saída de padre pedófilo" [Mundo, 10/4] acabou por me convencer disso. O conteúdo do artigo poderia perfeitamente ter como manchete "Papa mandou exonerar padre pedófilo"."
WAGNER MARCHIORI (São Paulo, SP)

"Pela atuação do cardeal Ratzinger, hoje papa Bento 16, no caso de pedofilia de um subordinado, difícil será acreditar que sua eleição para papa tenha sido de inspiração divina."
CARLOS EDUARDO POMPEU (Limeira, SP)

TV
"A rede Globo teve a coragem de omitir no seu noticiário do "Jornal Nacional" de sábado a participação de uma candidata presidencial, em evento na cidade de São Bernardo, enquanto gastou grande parte de seu tempo mostrando a cobertura do lançamento do outro candidato à Presidência. Considero que um bom veículo de comunicação tem que tratar de forma igualitária os pretendentes ao cargo de presidente da República, de tal forma que o público possa fazer a sua escolha; isto é democracia."
ANDERSON APARECIDO (Hortolândia, SP)

Ficha limpa
"Lendo a opinião dos leitores Victor Ferrão e Tânia Tavares ["Painel do Leitor", ontem], quero como eles manifestar minha indignação, mas também dar uma sugestão para um dos pontos mais polêmicos: o direito de ser julgado antes de ser punido, não podendo candidatar-se.
Que tal um fórum especial para julgar especificamente os candidatos que estão enrolados com a Justiça entre a data de seu registro como candidato e a eleição? Assim eles não se beneficiariam pela morosidade da Justiça, e o povo teria o direito de votar em um cidadão que seja realmente representante da quase totalidade dos brasileiros, ou seja, pessoas com ficha limpa."
MARIA DE NASARÉ FONSECA SERPA (Bragança Paulista, SP)

Eleitorado feminino
"A leitora Maria Lucia Vaz ("Painel do Leitor", ontem) defendeu a sensibilidade feminina em perceber falsidade, oportunismo e caráter de candidatos. Quero lembrá-la que o eleitorado feminino aderiu à campanha de Collor em peso, talvez iludido pela aparência jovial do candidato.
Além do mais, todo político falso, oportunista e mau-caráter tem uma, ou até mais de uma, mulher que o ama. Portanto as mulheres também podem fazer papel de ingênuas ou coniventes. O problema do eleitor brasileiro vai além das diferenças entre homens e mulheres."
GERMANO AUGUSTO RIOS FERREIRA (Uberaba, MG)

Ensino superior
"Em 7 de abril, foi publicado no "Diário Oficial da União" que um curso de medicina foi fechado e outros oito terão de reduzir as vagas oferecidas. No total, serão eliminadas 570 vagas por ano.
A determinação teve como base os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2007 e a avaliação feita por uma comissão de especialistas do Ministério da Educação. No Brasil, há 181 escolas médicas, que formam um contingente de profissionais maior do que o sistema de saúde comporta.
A Associação Médica Brasileira louva os esforços no sentido de corrigir graves distorções que ocorreram ao longo do tempo. É imperioso que a sociedade brasileira se mobilize em apoio a iniciativas desse tipo, pois o interesse e as pressões da indústria do ensino superior no Brasil tendem a anular ações moralizadoras dessa natureza.
JOSÉ LUIZ GOMES DO AMARAL, presidente da Associação Médica Brasileira (São Paulo, SP)

Lixo
"Gostaríamos de parabenizar os editores por "A evolução do lixo" [Editoriais, 8/4]. Entretanto, apesar de dar luz a pontos importantes do projeto de lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, como a adoção dos princípios de redução, reutilização e destinação final adequada, o texto não considerou um tópico fundamental: a evolução tecnológica do setor.
O Brasil ainda é um país de lixões. Para resolver o problema, a nova política precisa permitir que haja um amplo avanço, principalmente no campo da destinação final, não invalidando nenhuma solução tecnológica disponível. A discussão sobre a gestão de resíduos sólidos deve ser colocada no campo técnico, superando ideologias do passado. Não existe solução única, isolada. É fundamental que haja uma integração entre as soluções disponíveis, mediante a adoção de planejamento que considere também o trabalho de conscientização junto à sociedade."
CARLOS ROBERTO VIEIRA DA SILVA FILHO, diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Lair Krähenbühl e Elton Santa Fé Zacarias: Desenho universal para moradia popular

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.