São Paulo, segunda-feira, 12 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Lobby da cerveja
"Como principal autor da pesquisa divulgada no último dia 10/5 ("Regras do Conar são desrespeitadas, diz estudo", Cotidiano), quero manifestar minha satisfação diante do posicionamento racional e coerente da Folha no editorial "Propaganda a ser limitada" (11/5).
Propaganda comercial de cerveja não é garantida pelo princípio constitucional da liberdade de expressão. Deve-se ressaltar que a mesma Constituição que garante a liberdade de expressão determina que a propaganda comercial de bebidas alcoólicas estará sujeita a restrições legais.
Há muitos anos, estudos relacionam as bebidas alcoólicas com vários e importantes problemas de saúde pública. Parabéns, portanto, à Folha por se posicionar a favor das evidências científicas, mesmo contrariando interesses sabidamente poderosos. Aliás, graças à liberdade de expressão."
ALAN VENDRAME , mestrando em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria da Unifesp/EPM (São Bernardo do Campo, SP)
 

"É lamentável que grande parte dos deputados federais faça lobby por empresas contrárias à regulamentação da publicidade de cerveja ("Cervejarias doaram R$ 2 mi a deputados", Cotidiano, 10/5).
Quando é que nossos queridos parlamentares vão fazer o lobby da decência, da probidade administrativa, da ética e do povo?"
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
 

"A Folha presta, mais uma vez, inestimável contribuição ao país ao desvendar o lobby dos fabricantes de cerveja. O que nos deixa entristecidos é ver que o deputado Paulo Renato de Souza, que foi ministro da Educação, seja o parlamentar que mais recebeu doações de tais indústrias. Será que ele e os demais deputados que constituem a bancada da cerveja não sabem que as propagandas interferem na mente dos jovens, principalmente por veicularem apelos sedutores, como mostrou a pesquisa da Unifesp? Só continuamos a ter esperança porque a Folha continua a ser aliada dos que defendem a saúde e a vida."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO, presidente do Conselho Municipal Antidrogas (Foz do Iguaçu, PR)

Norte
"Quero parabenizar Carlos Eduardo Lins da Silva ("Leituras de fotos e fatos", 11/5) e Janio de Freitas ("Cobertura amazônica", 11/5) pelas críticas ao comportamento da Folha e da imprensa sulista de um modo geral.
Será que chegaremos ao dia em que o Sudeste será capaz de enxergar o Norte não somente nas situações de tragédia e crises extremas e terá a humildade de noticiar os casos em que Estados "que não existem" dão aula de planejamento aos supostamente "desenvolvidos"?
Percebo que nenhum jornal do centro-sul noticiou a entrada do Acre no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), com um programa estadual que o ministro Tarso Genro qualificou como o mais bem elaborado plano de segurança pública do país, com a integração de políticas federais, estaduais e municipais nos bairros mais violentos e na faixa de fronteira. Mas parece que esse tipo de notícia não é de interesse no Brasil "desenvolvido"."
RAFAEL GALDINI RAIMUNDO (Cruzeiro do Sul, AC)

Prisões
"A argumentação do sr. Laurindo Dias Minhoto sobre a participação da iniciativa privada na gestão das prisões( "O negócio das prisões", "Tendências/Debates", 9/ 5) baseia-se não só em erros de informação como em equívocos na compreensão do fenômeno criminal.
O custo de manter criminosos apartados da sociedade é sempre menor que o de deixá-los nas ruas a aterrorizando. Não por acaso, São Paulo é o único Estado onde a violência cai significativamente, justamente por ter o dobro da taxa brasileira de encarceramento.
O fato é que o Brasil tem déficit de 250 presídios, e o governo federal só pretende construir 38 unidades nos próximos quatro anos. A parceria público-privada é uma solução não só necessária como urgente para a dignidade dos próprios presos."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)

Paulo Pereira da Silva
"O caso Paulinho demonstra, na prática, o quão arcaica é nossa legislação sindical, recentemente piorada com um gol contra de Lula, ao impedir que as contas dos sindicatos fossem acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União. Ou seja, os trabalhadores já não podiam escolher seus sindicatos e se queriam ou não ser sindicalizados. Agora nem sequer têm o direito de saber o que é feito com seu dinheiro, que, a julgar pelo que já foi divulgado no caso Paulinho, não está em boas mãos."
MÁRCIO M. CARVALHO (Bauru, SP)

Aids
"No ano de 2000, tive que recorrer ao Judiciário para obter o medicamento anti-HIV Kaletra, então fora da relação de medicamentos registrados no Brasil. Ano passado, tive que repetir a operação, obtendo liminar da Justiça para ter acesso a outro medicamento, o Darunavir.
Somente graças a essas duas intervenções da Justiça posso escrever esta carta, conviver com minha família e amigos, dirigir um trabalho social no litoral de São Paulo que apóia cerca de cem famílias, viver.
Pena que essa "farra" de estar vivo esteja com os dias contados, uma vez que a pena de morte aos "doentes caros do SUS" está sendo decretada pelo Congresso Nacional e pelo Ministério da Saúde ("Ministério critica epidemia de ações por remédio", Cotidiano, 8/5). Após 19 anos vivendo com HIV, posso me considerar novamente "terminal", como nos idos dos anos 90."
LUIZ ALBERTO SIMÕES VOLPE (São Vicente, SP)

Risco Brasil
"Não sei se o presidente realmente não sabe ou se debocha das pessoas ao dizer que não entende porque os EUA, em crise, não são mencionados como país de risco, e o Brasil, mesmo em boa fase, traz risco, mesmo que menor. É simples, presidente: os EUA têm um índice muito pequeno de corrupção, ao contrário do Brasil. Portanto, "dear president", precisamos não apenas ser honestos, mas mostrar que a corrupção irá ser punida."
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (Cotia, SP)

Caso Isabella
"Violenta não é a cobertura da mídia. Violento foi o crime. E se a TV não ficar em cima, periga o caso acabar como quase tudo neste país: no esquecimento, em pizza.
Nauseoso, nesse caso, é o teatrinho da defesa. Chega a dar asco ver a cara-de-pau dos defensores defendendo o indefensável."
MONIKA SCHMIDT (São Paulo, SP)

 

"Em Paraguaçu (MG), Rosemar de Fátima Órfão, 26, acusa o namorado de incendiar a casa onde estavam as duas filhas dela, de cinco e dois anos, que morreram carbonizadas. Foi na madrugada de sábado.
A imprensa fará o mesmo estardalhaço que fez no caso Isabella ou será imparcial? No Brasil, pobre não é nem notícia."
MOACYR CASTRO, (Ribeirão Preto, SP)

Berço de ouros
"Magnífico e muito proveitoso o caderno Pequim 2008 (11/5), que retrata com fidelidade a importância do esportes olímpicos como exemplo para uma sociedade e política para uma nação."
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

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