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Lobby da cerveja
"Como principal autor da pesquisa divulgada no último dia 10/5
("Regras do Conar são desrespeitadas, diz estudo", Cotidiano), quero
manifestar minha satisfação diante
do posicionamento racional e coerente da Folha no editorial "Propaganda a ser limitada" (11/5).
Propaganda comercial de cerveja
não é garantida pelo princípio
constitucional da liberdade de expressão. Deve-se ressaltar que a
mesma Constituição que garante a
liberdade de expressão determina
que a propaganda comercial de bebidas alcoólicas estará sujeita a restrições legais.
Há muitos anos, estudos relacionam as bebidas alcoólicas com vários e importantes problemas de
saúde pública. Parabéns, portanto,
à Folha por se posicionar a favor
das evidências científicas, mesmo
contrariando interesses sabidamente poderosos. Aliás, graças à liberdade de expressão."
ALAN VENDRAME , mestrando em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria da Unifesp/EPM (São Bernardo do Campo, SP)
"É lamentável que grande parte
dos deputados federais faça lobby
por empresas contrárias à regulamentação da publicidade de cerveja
("Cervejarias doaram R$ 2 mi a deputados", Cotidiano, 10/5).
Quando é que nossos queridos
parlamentares vão fazer o lobby da
decência, da probidade administrativa, da ética e do povo?"
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
"A Folha presta, mais uma vez,
inestimável contribuição ao país ao
desvendar o lobby dos fabricantes
de cerveja. O que nos deixa entristecidos é ver que o deputado Paulo
Renato de Souza, que foi ministro
da Educação, seja o parlamentar
que mais recebeu doações de tais
indústrias. Será que ele e os demais
deputados que constituem a bancada da cerveja não sabem que as propagandas interferem na mente dos
jovens, principalmente por veicularem apelos sedutores, como mostrou a pesquisa da Unifesp? Só continuamos a ter esperança porque a
Folha continua a ser aliada dos que
defendem a saúde e a vida."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO, presidente do Conselho
Municipal Antidrogas (Foz do Iguaçu, PR)
Norte
"Quero parabenizar Carlos
Eduardo Lins da Silva ("Leituras de
fotos e fatos", 11/5) e Janio de Freitas ("Cobertura amazônica", 11/5)
pelas críticas ao comportamento da
Folha e da imprensa sulista de um
modo geral.
Será que chegaremos ao dia em
que o Sudeste será capaz de enxergar o Norte não somente nas situações de tragédia e crises extremas e
terá a humildade de noticiar os casos em que Estados "que não existem" dão aula de planejamento aos
supostamente "desenvolvidos"?
Percebo que nenhum jornal do
centro-sul noticiou a entrada do
Acre no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
(Pronasci), com um programa estadual que o ministro Tarso Genro
qualificou como o mais bem elaborado plano de segurança pública do
país, com a integração de políticas
federais, estaduais e municipais
nos bairros mais violentos e na faixa de fronteira. Mas parece que esse tipo de notícia não é de interesse
no Brasil "desenvolvido"."
RAFAEL GALDINI RAIMUNDO (Cruzeiro do Sul, AC)
Prisões
"A argumentação do sr. Laurindo
Dias Minhoto sobre a participação
da iniciativa privada na gestão das
prisões( "O negócio das prisões",
"Tendências/Debates", 9/ 5) baseia-se não só em erros de informação
como em equívocos na compreensão do fenômeno criminal.
O custo de manter criminosos
apartados da sociedade é sempre
menor que o de deixá-los nas ruas a
aterrorizando. Não por acaso, São
Paulo é o único Estado onde a violência cai significativamente, justamente por ter o dobro da taxa brasileira de encarceramento.
O fato é que o Brasil tem déficit de
250 presídios, e o governo federal
só pretende construir 38 unidades
nos próximos quatro anos. A parceria público-privada é uma solução
não só necessária como urgente para a dignidade dos próprios presos."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)
Paulo Pereira da Silva
"O caso Paulinho demonstra, na
prática, o quão arcaica é nossa legislação sindical, recentemente piorada com um gol contra de Lula, ao
impedir que as contas dos sindicatos fossem acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União.
Ou seja, os trabalhadores já não
podiam escolher seus sindicatos e
se queriam ou não ser sindicalizados. Agora nem sequer têm o direito de saber o que é feito com seu dinheiro, que, a julgar pelo que já foi
divulgado no caso Paulinho, não está em boas mãos."
MÁRCIO M. CARVALHO (Bauru, SP)
Aids
"No ano de 2000, tive que recorrer ao Judiciário para obter o medicamento anti-HIV Kaletra, então
fora da relação de medicamentos
registrados no Brasil. Ano passado,
tive que repetir a operação, obtendo
liminar da Justiça para ter acesso a
outro medicamento, o Darunavir.
Somente graças a essas duas intervenções da Justiça posso escrever
esta carta, conviver com minha família e amigos, dirigir um trabalho
social no litoral de São Paulo que
apóia cerca de cem famílias, viver.
Pena que essa "farra" de estar vivo
esteja com os dias contados, uma
vez que a pena de morte aos "doentes caros do SUS" está sendo decretada pelo Congresso Nacional e pelo Ministério da Saúde ("Ministério
critica epidemia de ações por remédio", Cotidiano, 8/5). Após 19 anos
vivendo com HIV, posso me considerar novamente "terminal", como
nos idos dos anos 90."
LUIZ ALBERTO SIMÕES VOLPE (São Vicente, SP)
Risco Brasil
"Não sei se o presidente realmente não sabe ou se debocha das pessoas ao dizer que não entende porque os EUA, em crise, não são mencionados como país de risco, e o
Brasil, mesmo em boa fase, traz risco, mesmo que menor. É simples,
presidente: os EUA têm um índice
muito pequeno de corrupção, ao
contrário do Brasil. Portanto, "dear
president", precisamos não apenas
ser honestos, mas mostrar que a
corrupção irá ser punida."
ROBERTO MOREIRA DA SILVA (Cotia, SP)
Caso Isabella
"Violenta não é a cobertura da
mídia. Violento foi o crime. E se a
TV não ficar em cima, periga o caso
acabar como quase tudo neste país:
no esquecimento, em pizza.
Nauseoso, nesse caso, é o teatrinho da defesa. Chega a dar asco ver
a cara-de-pau dos defensores defendendo o indefensável."
MONIKA SCHMIDT (São Paulo, SP)
"Em Paraguaçu (MG), Rosemar
de Fátima Órfão, 26, acusa o namorado de incendiar a casa onde estavam as duas filhas dela, de cinco e
dois anos, que morreram carbonizadas. Foi na madrugada de sábado.
A imprensa fará o mesmo estardalhaço que fez no caso Isabella ou será imparcial? No Brasil, pobre não é
nem notícia."
MOACYR CASTRO, (Ribeirão Preto, SP)
Berço de ouros
"Magnífico e muito proveitoso o
caderno Pequim 2008 (11/5), que
retrata com fidelidade a importância do esportes olímpicos como
exemplo para uma sociedade e política para uma nação."
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)
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