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Dilma e Varig
"O redator do texto "Lula diz que
acusações a Dilma no caso Varig são
"abomináveis" (Dinheiro, ontem),
sobre a ministra Dilma Rousseff e a
Varig, equivocou-se duas vezes.
Primeiro, ao afirmar que o ministro Tarso Genro "criticou a ministra
em entrevista ao jornal "Zero Hora". E, segundo, que "foi repreendido por Lula".
Na entrevista, o ministro disse
que o PT deve apresentar um nome
à Presidência e que o assunto ainda
não estava em discussão, nem no
governo, nem no partido. Disse ao
"Zero Hora", textualmente: "Ela [a
ministra Dilma] é uma gestora de
confiança do presidente com todas
as boas características que tem".
Quanto a ser repreendido pelo
presidente, o fato simplesmente
não ocorreu."
VERA SPOLIDORO , assessora de Comunicação do
gabinete do ministro Tarso Genro (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia abaixo a
seção "Erramos".
Bancoop
"Em relação ao texto "Cooperativa é "organização criminosa", diz
promotor" (Brasil, 11/6), esclareço
que em 20 de maio último a Cooperativa Habitacional dos Bancários
de São Paulo e o Ministério Público
do Estado de São Paulo (por meio
do primeiro promotor de Justiça
do consumidor) celebraram acordo
judicial nos autos de ação civil pública em curso na 37ª Vara Cível do
Foro Central de São Paulo, já tendo
sido o acordo encaminhado ao juiz
para homologação."
PEDRO B. A. DALLARI , advogado da Bancoop
(São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Rubens
Valente - Sobre o acordo citado
pelo missivista, o Conselho Superior do Ministério Público de
São Paulo deliberou, anteontem, que a juíza da 37ª Vara Cível da Capital se abstenha de
homologá-lo, além de pedir ao
promotor da área cível que
apresente explicações sobre a
medida.
Reforma ortográfica
"Voltam ao português o "k", o "w", o
"y" e o bom senso, após anos de absurdos, erros e retrocessos. Nada
justificava a retirada dessas letras
-só na imaginação patológica dos
autores da última reforma era possível escrever palavras alienígenas
sem elas.
Porém, a ação teratológica continuou. No início, o "k" foi alterado para "qu". Depois, o "k" virou "ce", com argumentos etnológicos. E, aumentando a desorientação, o "k" continuou como "qu" em palavras como
"quilo", "querosene", "quermesse".
Mas ainda não tinham se contentado os autores da reforma. Criaram a acentuação gráfica com 33 regras complicadas e desnecessárias,
que atrasavam o trabalho dos profissionais ligados à linguagem e implicavam um custo elevado de impressão de novos livros, revistas e
jornais.
Aos autores das reformas faltou a
compreensão de que a linguagem
escrita é a base, e a falada é secundária. Querer escrever de acordo com
a pronúncia é uma aberração. O inglês é escrito da mesma maneira
por milhões, mas é falado diversamente na Inglaterra, na Austrália,
nos EUA.
Bem-vinda a reforma ortográfica
já aprovada em Portugal e que será
instituída no Brasil. A pronúncia
pode ser diferente nos dois países; o
imprescindível é que se escreva da
mesma forma.
O Brasil tem o segundo maior índice de analfabetismo da América
do Sul e milhões de semi-alfabetizados. Simplificar a linguagem escrita
seria um grande progresso para o
país."
SEBASTIÃO A.P. SAMPAIO , professor emérito da
Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (São Paulo, SP)
Professores
"Pediria ao governador José Serra que lesse o texto "Carreira de professor atrai menos preparados"
(Cotidiano, 9/6), para entender a
situação lamentável da educação
paulista. A reportagem está bem
fundamentada em pesquisa criteriosa e objetiva, merecendo, por isso, uma reflexão séria de nossas autoridades sobre o assunto."
MAGDA S. TEIXEIRA PUCCINI (Jaboticabal, SP)
Cabeça para baixo
"Compartilho da mesma dúvida
de Ruy Castro em sua coluna de ontem ("De cabeça para baixo").
Quando vejo os absurdos diários
nos jornais, pergunto-me como
continuar acreditando em conceitos de moral, ética, honestidade, integridade e afins. Imagino que
quem tem filhos para criar passe
por dificuldades imensas, dados os
exemplos expostos na mídia.
Polícia e bandido, políticos e corruptos, governo e oposição viraram
sinônimos.
E, no meio de tudo isso, nós, cidadão comuns, perdidos e atônitos,
plantando bananeira."
JOSEMAR FERNANDES DE MORAIS (São Paulo, SP)
CPTM
"Em relação ao texto "CPTM faz
contrato com Alstom sem licitação"
(Brasil, 10/9), informo que o Simefre é o sindicato patronal que representa as indústrias de material ferroviário e rodoviário.
O Simefre fornece, quando solicitado, declaração de inexistência de
produção de similar nacional, bem
como de atestado de inexigibilidade, este, para os fins específicos de
cumprimento de legalidades de
aquisição em licitações públicas,
comprovando que o produto objeto
de compra é fornecido dentro das
especificações técnicas, por uma
única empresa, o que dispensa os
ritos da licitação.
Todas as empresas são consultadas antes de qualquer emissão do
tal atestado, inclusive as de concorrência direta."
FRANCISCO PETRINI , diretor-executivo do Simefre
(São Paulo, SP)
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