São Paulo, domingo, 12 de julho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Congresso
"É difícil achar um adjetivo para qualificar as ações de nossos senadores e deputados. A cada novo escândalo, surgem grupos da mesma gangue para tentar abafar o caso e fazer tudo parecer perseguição política. Até quando vamos continuar permitindo tamanha barbaridade?
Já não seria tempo de iniciarmos um movimento nacional de moralização da política? Assim como houve o movimento Diretas-Já, precisamos fazer um movimento para exigir a reforma política imediata, antes que senadores e deputados acabem com todas as nossas possibilidades de um futuro razoável.
Como não existem líderes nesse país, acredito que somente a imprensa e os outros meios de comunicação podem estimular o povo a exigir seus direitos e recuperar a moral na política nacional."
CLAUDIO JOSÉ BERTOLI (Curitiba, PR)

"Nada melhor para expressar o pensamento dessa dita oposição do que a declaração de Fernando Henrique Cardoso em sua extemporânea visita de cortesia a Sarney: "Em casa de enforcado não se fala em corda". Essa atitude de FHC é a essência de uma oposição que não desafia nem melindra ninguém, apenas se acomoda, aguardando, quem sabe, a sua vez de chegar ao poder.
Se ele não queria melindrar enforcados, deveria ter ficado em casa, pois essa visita a Sarney é uma grande bofetada em todos nós cidadãos brasileiros, os verdadeiros e eternos enforcados."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

"Eu gostaria de ter a mesma visão que tem o presidente Lula, segundo quem não há crise no Senado. Gostaria, inclusive, de viver no mesmo país em que ele vive."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

Caso Alstom
"Do jeito que estão as coisas na política brasileira, com atos secretos, atos obscenos e salários de mordomo na casa de R$ 12 mil com conivência total do Congresso, fica difícil imaginar que o caso "Propina Alstom", em São Paulo, venha a ser investigado e que os culpados possam devolver aos cofres públicos paulistas o que receberam ilicitamente eventualmente. Exceto se o Ministério Público suíço, que é sério e honesto, resolver julgar, condenar e colocar na cadeia suíça os que receberam propinas e facilitaram a vida da empresa no Brasil.
Se formos depender da Justiça nacional, do Ministério Público daqui e dos nossos deputados estaduais, estaremos perdidos num deserto de ética, de honestidade e respeito à coisa pública, no qual até os oásis foram roubados."
RAFAEL MOIA FILHO (Bauru, SP)

Delegacias
"Com preocupação e tristeza li a reportagem "Delegado agora acumula distritos em SP" (Cotidiano, 7/7). A Polícia Civil há muito deixou de ser um grupo homogêneo, e a instituição está há muito tempo na UTI, respirando por aparelhos.
Os governadores jamais tiveram a preocupação de revitalizar a instituição. Os secretários de Segurança chegam, inventam e nada acrescentam, semeando descontentamento e insatisfação com a falta de condições para o trabalho policial. Os delegados-gerais, de confiança dos governadores, ficam distantes dos problemas para permanecerem na cadeira tão disputada. O grande sonho dos delegados de polícia seria que os delegados-gerais fossem nomeados a partir de lista tríplice, mas isso é tabu.
Agora fecham os departamentos no período noturno e tentam justificar o injustificável. Ora, se não é possível mantê-los abertos, que sejam fechados. Estão matando, aos poucos, a Polícia Civil paulista. Só resta desligar os aparelhos. Mas o meu amor por ela não morrerá, e a minha voz não se calará."
JOAQUIM REIS JUNIOR, delegado de polícia aposentado (São Paulo, SP)

Lattes
"A Plataforma Lattes permite o acesso fácil aos currículos das pessoas envolvidas com ciência e tecnologia no Brasil. Ela representa um avanço importante na identificação de indivíduos atuantes nos diversos campos e permite um mapeamento da nossa capacidade científica. Ademais, é um mecanismo de transparência na avaliação da produção científica brasileira.
Vemos com preocupação que a credibilidade desse valioso instrumento seja questionada pela existência de fraudes. O esforço no combate às informações falsas no Lattes é feito constantemente pela própria comunidade científica -o que reforça a importância de um instrumento público de fácil acesso.
Registramos, ainda, que instrumentos de conferência automática de dados foram agregados recentemente, o que aumenta sua credibilidade. Reafirmamos a nossa confiança nas medidas que o CNPq tem tomado para reduzir os problemas detectados. Não nos resta dúvida de que a comunidade científica brasileira é formada na sua imensa maioria por indivíduos que apresentam dados corretos nos seus trabalhos e nos seus currículos."
ALDINA BARRAL, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia (Salvador, BA)

Organizações sociais
"Ao contrário do que argumenta Iberê de Mello ("Painel do Leitor", 9/7), a constatação de que nossa Constituição determina que o Estado seja executor dos serviços sociais é jurídica. Ele defende o Estado apenas como definidor das políticas sociais, o que é uma opinião impregnada pela ideologia neoliberal. Defendo a sociedade civil organizada como controladora do Estado, e não como instrumento de privatização. E não é futurologia a constatação de que hoje contamos com ministros do STF mais publicistas e menos privatistas, com tendência para considerar inconstitucional a Lei das OS."
TARSO CABRAL VIOLIN (Curitiba, PR)

USP
"A carta de um estudante de jornalismo da USP ("Semana do Leitor", 5/7) merece reparos. Ao apontar supostas falhas no editorial "Depois da greve" (Opinião, 2/7), o aluno dispara, em seu texto, várias expressões que chegam a impressionar pela contundência e o divórcio com a realidade ao se referir à USP. A eleição para reitor é realizada em dois turnos. São eleitos oito nomes no primeiro turno pela Assembleia Universitária, constituída pelo Conselho Universitário (Co), pelos conselhos centrais e pelas congregações das unidades.
A seguir, três nomes são eleitos no segundo turno pelo Co e pelos conselhos centrais. Na eleição da atual reitora, Suely Vilela, a Assembleia Universitária foi composta de 751 professores titulares (44%) e 954 (56%) professores de outras categorias, docentes, discentes, servidores técnico-administrativos e representantes da comunidade.
No segundo turno dessa mesma eleição, a composição do colégio eleitoral foi de 148 professores titulares, o que corresponde a 49% dos membros, e não a 75%, conforme menciona o estudante. Ressalte-se também que, dos 114 membros do Conselho Universitário, apenas 42 dirigentes de unidades/órgãos são nomeados pela reitora, com base em lista tríplice.
Vale ressaltar também que, diferentemente do que afirma o referido estudante, a USP não se omite diante das necessidades sociais brasileiras. Uma das iniciativas nesse sentido é a implantação, em 2006, do Inclusp, programa que articula mérito acadêmico, autonomia universitária e inclusão social."
ADRIANA CRUZ, assessora de Imprensa da Reitoria da USP



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