|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Aeroportos
Mais uma vez, a estrutura para
lidar com emergências falhou
em um aeroporto administrado
pela Infraero, provando que o
Brasil não tem planos de contingência e a coisa pública está nas
mãos de gente desqualificada,
sobretudo nos finais de semana e
durante a madrugada.
Os passageiros do voo 443 da
Air France, que fizeram pouso
não programado, motivado por
denúncia de bomba a bordo, ficaram à deriva no aeroporto dos
Guararapes por mais de nove horas e tiveram que pagar alimentação e táxi do próprio bolso para se deslocarem aos hotéis.
A estrutura dos aeroportos nacionais vai de mal a pior e, enquanto as obras não saírem do
papel, um plano de emergência
precisa ser apresentado urgentemente. Falta estrutura, falta profissionalismo, falta organização
e sobra improvisação. O que será
do Brasil daqui a quatro anos,
quando o país sediará a Copa do
Mundo? Não basta só estrutura,
precisamos de profissionais capacitados e habilidade para lidar
com situações de emergência.
JOSÉ APARECIDO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)
Copa-2010
Dizer que o futebol bajula
pseudo-heróis que, em sua grande maioria, correm atrás de uma
simples bola e ganham fortunas
(Stephan Brenner Segantini -"Semana do Leitor", 10/7) é ver este
esporte de maneira muito simplista. É esquecer que o futebol
mobiliza pessoas no mundo inteiro gerando empregos; é ignorar o fato de que um jogo de futebol contribui para a socialização,
é fator de inclusão social.
É não lembrar que, para praticar este esporte que tanto diverte
jovens, adultos, crianças e idosos, é necessário apenas uma bola e dois pares de chinelos que,
dispostos num determinado espaço, formam um campinho por
onde sonhos e expectativas passeiam na diversão com os amigos. Tratar o futebol de maneira
simplista é não perceber a força
que esse esporte tem: esse futebol que fez o mundo olhar pela
primeira vez para a África sem
associar sua imagem à fome e à
miséria.
EVERALDO VILELA DOS SANTOS
(Belo Horizonte, MG)
Copa-2014
No apagar das luzes da Copa-2010 na África do Sul, o editorial
da Folha "A vez do Brasil" (11/7)
foi muito oportuno para quem deseja realizar dois megaeventos esportivos num país, como é o caso
do Brasil. Tanto a Copa quanto a
Olimpíada, se bem administrados
e fiscalizados com rigor, têm tudo
para dar certo, com retorno financeiro para milhões de pessoas.
O
editorial não convida, mas convoca todas as pessoas a denunciarem qualquer desvio de padrão
moral com recursos financeiros
públicos e falta de transparência
por parte da CBF e do COB. Neste
ano, a meu ver, foi o melhor editorial publicado pela Folha.
EUGENIO DE ARAUJO SILVA (São José dos Campos/
SP)
Lembro aos que reclamam
contra a inclusão do vermelho
no logotipo da Copa-2014 que
um dos símbolos nacionais, as
Armas da República, de uso obrigatório em documentos oficiais e
nas repartições federais, também
contempla o vermelho, cor que
herdamos da bandeira de Portugal. Não devemos, pois, fazer ilações descabidas com cor de partido que poderá nem estar mais
no governo na ocasião.
PAULO MARCOS G. LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)
Divórcio
Agradável surpresa foi ler na
Folha de 10/7 que este jornal reconhece "a desnecessária tutela
do Estado sobre um tema eminentemente privado", no caso, o divórcio. Tomo a liberdade de acrescentar que talvez uma das maiores dificuldades da sociedade
contemporânea brasileira seja
perceber claramente quais são os
limites das esferas pública e privada.
THOMAZ RAFAEL GOLLOP (São Paulo, SP)
Reembolso ao SUS
A exigência constitucional de
que as operadoras de saúde deveriam ressarcir o SUS caso seus
usuários utilizassem serviços públicos teve seu início em uma
época em que a saúde suplementar brasileira era terra de ninguém. Não existia nenhuma regulamentação, nenhum órgão
que fiscalizasse a atuação dessas
operadoras.
Essa obrigatoriedade passa a
não ter mais sentido depois da
criação da Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), e do
rol de procedimentos que as operadoras deverão oferecer aos
seus usuários. O que é mais curioso é que esse sistema exige
ressarcimento até pelos procedimentos que as operadoras não
são obrigadas a dar cobertura segundo as normas da ANS.
GUSTAVO DE CARVALHO DUARTE (Campinas, SP)
TV Cultura
Qual foi a pergunta "incômoda" que o honestíssimo jornalista Heródoto Barbeiro fez ao candidato à Presidência da República José Serra no programa "Roda
Viva"? E qual foi a matéria "comprometedora" realizada pelo jornalista e brilhante professor Gabriel Priolli que o condenou ao
afastamento de seu cargo na TV
Cultura? Nós, contribuintes, exigimos o direito à informação
isenta e democrática.
ANA LUÍSA LACERDA, (São José dos Campos, SP)
Congressos jurídicos
O Brasil ratificou a Convenção-Quadro para o Controle do
Tabaco, primeiro tratado internacional de saúde pública, obrigando-se a proibir até 2011 toda e
qualquer propaganda de produtos de tabaco, o que inclui a propaganda institucional das empresas produtoras.
O patrocínio a congressos jurídicos nada mais é do que propaganda institucional de empresa
cuja única produção é de cigarros. O tratado também determina
aos países-parte (168 ratificações) que se protejam da interferência da indústria do tabaco na
elaboração e implementação de
políticas de saúde pública.
Ora,
todas as medidas de controle do
tabaco até hoje adotadas pelo
Brasil foram contestadas judicialmente pela indústria tabagista e/ou por seus aliados. É mais
do que hora de o Judiciário observar a Convenção-Quadro e
adotar normas que evitem a participação de seus membros em
eventos patrocinados pela indústria tabagista.
CLARISSA HOMSI, coordenadora jurídica da Aliança de Controle do Tabagismo (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Nabil Bonduki: Lei combate especulação, mas é limitada
Próximo Texto: Erramos Índice
|