São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Aeroportos
Mais uma vez, a estrutura para lidar com emergências falhou em um aeroporto administrado pela Infraero, provando que o Brasil não tem planos de contingência e a coisa pública está nas mãos de gente desqualificada, sobretudo nos finais de semana e durante a madrugada.
Os passageiros do voo 443 da Air France, que fizeram pouso não programado, motivado por denúncia de bomba a bordo, ficaram à deriva no aeroporto dos Guararapes por mais de nove horas e tiveram que pagar alimentação e táxi do próprio bolso para se deslocarem aos hotéis.
A estrutura dos aeroportos nacionais vai de mal a pior e, enquanto as obras não saírem do papel, um plano de emergência precisa ser apresentado urgentemente. Falta estrutura, falta profissionalismo, falta organização e sobra improvisação. O que será do Brasil daqui a quatro anos, quando o país sediará a Copa do Mundo? Não basta só estrutura, precisamos de profissionais capacitados e habilidade para lidar com situações de emergência.
JOSÉ APARECIDO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

Copa-2010
Dizer que o futebol bajula pseudo-heróis que, em sua grande maioria, correm atrás de uma simples bola e ganham fortunas (Stephan Brenner Segantini -"Semana do Leitor", 10/7) é ver este esporte de maneira muito simplista. É esquecer que o futebol mobiliza pessoas no mundo inteiro gerando empregos; é ignorar o fato de que um jogo de futebol contribui para a socialização, é fator de inclusão social.
É não lembrar que, para praticar este esporte que tanto diverte jovens, adultos, crianças e idosos, é necessário apenas uma bola e dois pares de chinelos que, dispostos num determinado espaço, formam um campinho por onde sonhos e expectativas passeiam na diversão com os amigos. Tratar o futebol de maneira simplista é não perceber a força que esse esporte tem: esse futebol que fez o mundo olhar pela primeira vez para a África sem associar sua imagem à fome e à miséria.
EVERALDO VILELA DOS SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Copa-2014
No apagar das luzes da Copa-2010 na África do Sul, o editorial da Folha "A vez do Brasil" (11/7) foi muito oportuno para quem deseja realizar dois megaeventos esportivos num país, como é o caso do Brasil. Tanto a Copa quanto a Olimpíada, se bem administrados e fiscalizados com rigor, têm tudo para dar certo, com retorno financeiro para milhões de pessoas.
O editorial não convida, mas convoca todas as pessoas a denunciarem qualquer desvio de padrão moral com recursos financeiros públicos e falta de transparência por parte da CBF e do COB. Neste ano, a meu ver, foi o melhor editorial publicado pela Folha.
EUGENIO DE ARAUJO SILVA (São José dos Campos/ SP)

  Lembro aos que reclamam contra a inclusão do vermelho no logotipo da Copa-2014 que um dos símbolos nacionais, as Armas da República, de uso obrigatório em documentos oficiais e nas repartições federais, também contempla o vermelho, cor que herdamos da bandeira de Portugal. Não devemos, pois, fazer ilações descabidas com cor de partido que poderá nem estar mais no governo na ocasião.
PAULO MARCOS G. LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

Divórcio
Agradável surpresa foi ler na Folha de 10/7 que este jornal reconhece "a desnecessária tutela do Estado sobre um tema eminentemente privado", no caso, o divórcio. Tomo a liberdade de acrescentar que talvez uma das maiores dificuldades da sociedade contemporânea brasileira seja perceber claramente quais são os limites das esferas pública e privada.
THOMAZ RAFAEL GOLLOP (São Paulo, SP)

Reembolso ao SUS
A exigência constitucional de que as operadoras de saúde deveriam ressarcir o SUS caso seus usuários utilizassem serviços públicos teve seu início em uma época em que a saúde suplementar brasileira era terra de ninguém. Não existia nenhuma regulamentação, nenhum órgão que fiscalizasse a atuação dessas operadoras.
Essa obrigatoriedade passa a não ter mais sentido depois da criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e do rol de procedimentos que as operadoras deverão oferecer aos seus usuários. O que é mais curioso é que esse sistema exige ressarcimento até pelos procedimentos que as operadoras não são obrigadas a dar cobertura segundo as normas da ANS.
GUSTAVO DE CARVALHO DUARTE (Campinas, SP)

TV Cultura
Qual foi a pergunta "incômoda" que o honestíssimo jornalista Heródoto Barbeiro fez ao candidato à Presidência da República José Serra no programa "Roda Viva"? E qual foi a matéria "comprometedora" realizada pelo jornalista e brilhante professor Gabriel Priolli que o condenou ao afastamento de seu cargo na TV Cultura? Nós, contribuintes, exigimos o direito à informação isenta e democrática.
ANA LUÍSA LACERDA, (São José dos Campos, SP)

Congressos jurídicos
O Brasil ratificou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, primeiro tratado internacional de saúde pública, obrigando-se a proibir até 2011 toda e qualquer propaganda de produtos de tabaco, o que inclui a propaganda institucional das empresas produtoras.
O patrocínio a congressos jurídicos nada mais é do que propaganda institucional de empresa cuja única produção é de cigarros. O tratado também determina aos países-parte (168 ratificações) que se protejam da interferência da indústria do tabaco na elaboração e implementação de políticas de saúde pública.
Ora, todas as medidas de controle do tabaco até hoje adotadas pelo Brasil foram contestadas judicialmente pela indústria tabagista e/ou por seus aliados. É mais do que hora de o Judiciário observar a Convenção-Quadro e adotar normas que evitem a participação de seus membros em eventos patrocinados pela indústria tabagista.
CLARISSA HOMSI, coordenadora jurídica da Aliança de Controle do Tabagismo (São Paulo, SP)

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