Pau de sebo
O texto de Carlos Heitor Cony de ontem ("Pau de sebo", Opinião) deveria figurar em qualquer antologia de crônicas. Pegou de jeito esses políticos cujo interesse é brigar até o fim pela conquista de um cargo no novo governo, independentemente da competência para exercê-lo.
Nunca na história deste país uma metáfora foi empregada tão corretamente aos nossos absurdos políticos.
JOÃO BATISTA CHAMADOIRA (Bauru, SP)

Segurança em SP
É de horror a sensação que fica depois de ler a coluna de Fernando de Barros e Silva de quarta-feira ("Segurança em jogo").
Que país é este em que, infelizmente, fica nas mãos de um governador levar adiante ou interromper processos de corrupção e irregularidades graves na polícia? A realidade parece muito pior que a ficção.
Parabéns ao senhor Ferreira Pinto, hoje capaz de encarnar o nosso "Coronel Nascimento" e dar-nos alguma esperança num país que ainda precisa nascer.
CÁSSIA FELLET (São Paulo, SP)

Previ
Em relação à reportagem "Ricardo Flores presidirá conselho da Vale" (Mercado, 9/11), cumpre-nos esclarecer o que segue:
1) Não procede a informação de que o senhor Sérgio Rosa resistiu a deixar o Conselho de Administração da Vale. Em nenhum momento houve óbice de sua parte em relação a uma possível substituição, até mesmo porque sua permanência sempre contou com o apoio da Previ, sócia da companhia;
2) O processo de substituição do presidente do conselho, divulgado na noite de 8/11, em comunicado nos sites da Comissão de Valores Mobiliários e da Vale, reflete um procedimento normal de mudança e ressalta a importância da contribuição de Sérgio Rosa, que ocupou o conselho desde 2003:
"Deu importante contribuição para o processo de consistente criação de valor para os acionistas da Vale nos últimos anos".
ROBERTO SABATO , gerente executivo de comunicação da Previ (Rio de Janeiro, RJ)

Tiririca
O teste de escrita realizado com Tiririca foi capenga. Comparado ao meu de vestibulando, que contém uma prova escrita de alto nível e cinco propostas de redação, demonstra a grande desigualdade em termos de avaliação criteriosa. A prova dos noves será na tribuna do Congresso.
GUSTAVO KLAUSS STEINTHALER , vestibulando na UFPR (Curitiba, PR)

Crimes digitais
Ronaldo Lemos, em seu artigo de 6/11 ("Tendências/Debates"), repete artigo de 25/10 para disseminar inverdades sobre o projeto de lei contra os crimes digitais, o PL 84/99. Reafirma levianamente que a proposta criminaliza condutas cotidianas, como o ato de baixar músicas.
Ora, será crime o ato de baixar músicas, textos etc. que sejam "expressamente protegidos". Só é crime se o autor age com a intenção de causá-lo ou aceita correr este risco. Baixar música etc. só será crime se o autor "violar" ou "quebrar" a senha ou a proteção. Outra mentira: a guarda é apenas dos dados de conexão -login e logoff-, e nada mais.
E mais uma: a entrega de dados à autoridade policial só será feita mediante ordem judicial.
Ele atribui ao senador Azeredo uma proposta de alteração do deputado Regis Oliveira, que inclui texto novo em substitutivo do Senado, que contraria o Regimento Interno da Câmara.
JOSÉ HENRIQUE SANTOS PORTUGAL , assessor técnico do gabinete do senador Eduardo Azeredo (Brasília, DF)

"Tropa de Elite 2"
Depois de assistir ao filme, compreendi por que ele é um sucesso de público. Milhares de parentes e amigos de usuários de drogas prestigiam o filme em agradecimento pelo fato de o principal personagem da trama não aparecer: o consumidor.
E este também está em grande número na plateia, um pouco surpreso, mas enaltecido ao verificar quanta gente se mata apenas e tão somente por sua causa.
Dessa forma, o filme reforça a fantasia de que o tráfico de drogas existe somente porque policiais corruptos, traficantes, milícias e alguns políticos, radialistas e jornalistas assim o querem.
Continua não existindo o consumidor, a razão de tudo isso.
TOMAZ A. C. LOURENÇO (São Paulo, SP)

Copa-2014
Li, em 10/11, o artigo de José Roberto Bernasconi ("Um estádio para transformar a zona leste") que prega a construção do estádio em Itaquera como alavanca para modernizar aquele bairro. Não há necessidade de erguer mais um estádio para que aquela região seja dotada dos melhoramentos citados pelo autor. Basta haver vontade política.
Que se gastem os milhões e milhões, quiçá bilhões, de reais em mais melhorias, como hospitais, meios de transportes, escolas, centros culturais e ginásios esportivos para a população.
JOSÉ BUENO LIMA (Santo André, SP)

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