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Pinochet
"A morte de Pinochet foi recebida
com festa por muitos. Mas, apesar
de um certo valor simbólico, isso
pouco representa em termos práticos hoje em dia. Pinochet foi responsável por diversos crimes em
um período negro da história da
América Latina. Porém não foi o
único responsável pelos crimes.
Bom seria se, em vez de comemorar a morte de uma pessoa, pudéssemos comemorar a morte definitiva do arbítrio, da intolerância, da
perseguição política e da tortura como formas de governo."
ANDRÉ DE SOUZA VIEIRA (Curitiba, PR)
"Fiel a seus princípios democráticos, Lula divulgou nota oficial sobre a morte de Pinochet na qual declara que o governo de 17 anos do
general chileno "foi uma longa noite, em que as luzes da democracia
desapareceram, apagadas por golpes autoritários".
Louvo a coerência do presidente
brasileiro. E tenho certeza de que
outro ditador, o de Cuba, Fidel Castro, que está com um "pé na cova",
quando morrer, receberá o mesmo
tratamento do presidente Lula.
Afinal, Castro, há mais de 48 anos
comanda um governo genocida,
que passará à história como a mais
longa e sanguinária ditadura do
continente americano."
ARMANDO LOPES RAFAEL (Juazeiro do Norte, CE)
Segurança
"Em relação a notas publicadas
em 8/12 na coluna "Painel" (Brasil,
pág. A4), incumbiu-me o senhor
ministro de Estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência da Republica, general
Jorge Armando Felix, com o intuito
de restabelecer a verdade, de transmitir-lhes as seguintes informações.
1. As palavras proferidas pelo ministro ao agradecer o recebimento
do Diploma de Amigo da Abin, em
seu nome e no dos demais agraciados, transmitiram a idéia de que
não se sentia apenas amigo da organização, porém um verdadeiro integrante do seu quadro de servidores. Desse modo, não usou em absoluto a expressão "eu sou a Abin",
mas, sim, "não sou apenas amigo da
Abin, sou da Abin, me sinto como
um de vocês".
2. Não é possível entender como
um agradecimento poderia provocar risos.
3. O ministro retirou-se em seguida, não tendo participado de nenhum outro evento, nem da feijoada, não cabendo o relato de que "ficou animado com a feijoada".
4. A dispensa de funcionários, se
ocorreu, é atribuição exclusiva do
diretor-geral da Abin, não de um
ministro de Estado."
FERNANDO DE LIMA SANTOS, chefe-de-gabinete do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica (Brasília, DF)
Resposta da jornalista Renata
Lo Prete, editora do "Painel" -
As palavras do general Jorge
Armando Felix, assim como o
clima do encontro, foram relatadas à Folha por duas pessoas
presentes.
Cláusula de barreira
"O quadro publicado à página A4
(Brasil) em 8/12, que informava
que o PSOL não havia obtido 1%
dos votos para deputado federal,
não confere com o que o próprio
jornal trouxe no texto "Nanicos
aplaudem e grandes protestam"
(pág. A5), o qual nos atribui 1,2%
dos votos para a Câmara dos Deputados, nem com nossos dados, que
totalizam 1,4%.
Portanto, pelas regras que voltaram a vigorar com a decisão do TSE
que extinguiu a cláusula de barreira, teremos direito não só a funcionamento parlamentar, onde estaremos representados por três deputados e por um senador, como a
um pouco mais de tempo de TV e
de rádio e aos recursos do fundo
partidário.
Para alguns, como o PC do B e o
PV, foi assegurado o direito de crescer. Para nós, o direito de nascer."
CHICO ALENCAR, deputado federal, líder do PSOL
na Câmara (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".
Fundeb
"Lamento que a Folha tenha usado minhas estimativas (e não "especulações", como disse o MEC) sobre
o impacto do Fundeb para fazer intriga política (PT x PSDB), e não para analisar as conseqüências do novo fundo ("Fundeb segue a rota do
Bolsa Família", Cotidiano, 11/12).
Pelos dados disponibilizados ao
jornal, constata-se que, mesmo
com a transferência do governo federal para os Estados mais pobres,
neles o valor por aluno seria apenas
62% do valor observado em São
Paulo, por exemplo. Ou seja, esses
Estados ainda ficam em grande
desvantagem.
E o mais grave. Mesmo com um
cenário favorável, o valor mínimo
nacional seria da ordem de R$ 61/
aluno/mês (em valores de 2004),
um valor claramente insuficiente
para um ensino de qualidade.
A Folha e os demais meios de comunicação deram, nos últimos
dias, mais espaço ao "apagão aéreo"
do que à educação nos últimos
anos. Será que é porque a classe
média (que assina a Folha) não estuda em escola pública? Creio que,
se a Folha deseja fazer jus ao dístico "Um jornal a serviço do país", ela
precisa levar a educação mais a sério -com menos opinião e mais reportagem.
Que tal criar um caderno de educação como os bons jornais do
mundo possuem?"
JOSÉ MARCELINO DE REZENDE PINTO, professor da
USP (Ribeirão Preto, SP)
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