São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Pinochet
"A morte de Pinochet foi recebida com festa por muitos. Mas, apesar de um certo valor simbólico, isso pouco representa em termos práticos hoje em dia. Pinochet foi responsável por diversos crimes em um período negro da história da América Latina. Porém não foi o único responsável pelos crimes. Bom seria se, em vez de comemorar a morte de uma pessoa, pudéssemos comemorar a morte definitiva do arbítrio, da intolerância, da perseguição política e da tortura como formas de governo."
ANDRÉ DE SOUZA VIEIRA (Curitiba, PR)

"Fiel a seus princípios democráticos, Lula divulgou nota oficial sobre a morte de Pinochet na qual declara que o governo de 17 anos do general chileno "foi uma longa noite, em que as luzes da democracia desapareceram, apagadas por golpes autoritários". Louvo a coerência do presidente brasileiro. E tenho certeza de que outro ditador, o de Cuba, Fidel Castro, que está com um "pé na cova", quando morrer, receberá o mesmo tratamento do presidente Lula. Afinal, Castro, há mais de 48 anos comanda um governo genocida, que passará à história como a mais longa e sanguinária ditadura do continente americano."
ARMANDO LOPES RAFAEL (Juazeiro do Norte, CE)

Segurança
"Em relação a notas publicadas em 8/12 na coluna "Painel" (Brasil, pág. A4), incumbiu-me o senhor ministro de Estado chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, general Jorge Armando Felix, com o intuito de restabelecer a verdade, de transmitir-lhes as seguintes informações.
1. As palavras proferidas pelo ministro ao agradecer o recebimento do Diploma de Amigo da Abin, em seu nome e no dos demais agraciados, transmitiram a idéia de que não se sentia apenas amigo da organização, porém um verdadeiro integrante do seu quadro de servidores. Desse modo, não usou em absoluto a expressão "eu sou a Abin", mas, sim, "não sou apenas amigo da Abin, sou da Abin, me sinto como um de vocês".
2. Não é possível entender como um agradecimento poderia provocar risos.
3. O ministro retirou-se em seguida, não tendo participado de nenhum outro evento, nem da feijoada, não cabendo o relato de que "ficou animado com a feijoada".
4. A dispensa de funcionários, se ocorreu, é atribuição exclusiva do diretor-geral da Abin, não de um ministro de Estado."
FERNANDO DE LIMA SANTOS, chefe-de-gabinete do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel" - As palavras do general Jorge Armando Felix, assim como o clima do encontro, foram relatadas à Folha por duas pessoas presentes.

Cláusula de barreira
"O quadro publicado à página A4 (Brasil) em 8/12, que informava que o PSOL não havia obtido 1% dos votos para deputado federal, não confere com o que o próprio jornal trouxe no texto "Nanicos aplaudem e grandes protestam" (pág. A5), o qual nos atribui 1,2% dos votos para a Câmara dos Deputados, nem com nossos dados, que totalizam 1,4%. Portanto, pelas regras que voltaram a vigorar com a decisão do TSE que extinguiu a cláusula de barreira, teremos direito não só a funcionamento parlamentar, onde estaremos representados por três deputados e por um senador, como a um pouco mais de tempo de TV e de rádio e aos recursos do fundo partidário. Para alguns, como o PC do B e o PV, foi assegurado o direito de crescer. Para nós, o direito de nascer."
CHICO ALENCAR, deputado federal, líder do PSOL na Câmara (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Fundeb
"Lamento que a Folha tenha usado minhas estimativas (e não "especulações", como disse o MEC) sobre o impacto do Fundeb para fazer intriga política (PT x PSDB), e não para analisar as conseqüências do novo fundo ("Fundeb segue a rota do Bolsa Família", Cotidiano, 11/12). Pelos dados disponibilizados ao jornal, constata-se que, mesmo com a transferência do governo federal para os Estados mais pobres, neles o valor por aluno seria apenas 62% do valor observado em São Paulo, por exemplo. Ou seja, esses Estados ainda ficam em grande desvantagem.
E o mais grave. Mesmo com um cenário favorável, o valor mínimo nacional seria da ordem de R$ 61/ aluno/mês (em valores de 2004), um valor claramente insuficiente para um ensino de qualidade.
A Folha e os demais meios de comunicação deram, nos últimos dias, mais espaço ao "apagão aéreo" do que à educação nos últimos anos. Será que é porque a classe média (que assina a Folha) não estuda em escola pública? Creio que, se a Folha deseja fazer jus ao dístico "Um jornal a serviço do país", ela precisa levar a educação mais a sério -com menos opinião e mais reportagem. Que tal criar um caderno de educação como os bons jornais do mundo possuem?"
JOSÉ MARCELINO DE REZENDE PINTO, professor da USP (Ribeirão Preto, SP)

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