São Paulo, quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 |
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"Anos atrás, em conversa informal, perguntei a um diplomata alemão qual a razão da escolha dessa carreira. De imediato, respondeu-me: "Para que nunca mais aconteça". Referia-se ao Holocausto. Jamais esqueci a grandeza e a profundidade dessa afirmação. Em seu artigo "Distorção profissional" (Opinião, ontem), Carlos Heitor Cony tem razão: "Os militares que deram o golpe e mantiveram a ditadura são os principais responsáveis (...) Que venha a verdade. (...) A melhor forma de os militares pedirem perdão à sociedade é admitir os erros do passado [diria eu, crimes] e garantirem que a distorção profissional não mais se repetirá". E mais. Tem eles a obrigação de informar à sociedade e aos familiares o paradeiro dos restos mortais de Mario Alves, Honestino Guimarães e tantos outros. Seria, enfim, uma afirmação de grandeza de propósitos para com a nação e de compromisso verdadeiro com os princípios democráticos -para que aquilo nunca mais aconteça." MÁRCIA LUCILA BELLUOMINI JAIME (São Paulo, SP)
"Alguém precisa avisar a senadora Kátia Abreu de que visão ideológica não é só de esquerda ("Direitos humanos ou gato por lebre", "Tendências/Debates", ontem). O seu discurso, por exemplo, é uma ilustração da visão totalitária de direita. A visão direitista do mundo também tem provocado dores e muito sofrimento na vida dos trabalhadores. Um pouco de autocrítica não lhe faria mal nenhum. Talvez assim a CNA poderia deixar de ser tão autoritária e abrir um diálogo democrático e construtivo com os sem nada deste país." INÊS BUSCHEL (São Paulo, SP)
"Como estudante do Colégio Militar de Salvador, posso dizer que ainda hoje o Exército não discute a fundo a Revolução de 64 -como eles a denominam- nas suas escolas. A maioria dos professores de história é militar e, infelizmente, por posicionamento próprio ou por prisão à farda, evita falar sobre esse período controverso da história. Os prejudicados são os alunos -que perdem a oportunidade de desenvolver uma visão crítica do assunto, aprendendo com o lado militar- e os próprios militares, que perdem a oportunidade de cauterizar a ferida aberta por esse evento histórico, discutindo e esclarecendo os prós e os contras do evento." JOÃO AFONSO MOTA ANDRADE (Salvador, BA)
"A cada dia é publicado algo sobre esse "famigerado" Programa Nacional dos Direitos Humanos. Tendo sido produzido no Planalto, se Deus quiser, não será aprovado. Se a nossa Constituição afirma que todos os cidadãos são iguais perante a lei, não vejo razão para tantas especificações sobre os direitos dos homossexuais. A Lei da Anistia foi benéfica para todos, militares e militantes -sendo que alguns até praticaram atos de terror, assaltando bancos, sequestrando pessoas... Os maiores beneficiados foram os cidadãos, que podem até hoje usufruir dessa grande paz de que todos desfrutamos." ODILÉA MIGNON (Rio de Janeiro, RJ)
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