São Paulo, terça-feira, 13 de março de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Esporte
"Como advogada e atleta, não posso deixar de dar uma sugestão após ter lido a maravilhosa entrevista do mito das pistas Carl Lewis que a Folha publicou ontem (""Vou tirar o esporte da lama", diz lenda das pistas'). Os atletas que vão representar nosso país nos próximos Jogos Pan-americanos deveriam ser obrigados pelos dirigentes esportivos a ler e a entender a entrevista de Lewis. Precisamos de gente com atitude para mudar esse cenário de desconfiança. Afinal, o esporte deve ser um criadouro de bons exemplos, e não de trapaceiros. Parabéns a Carl Lewis pela iniciativa e parabéns à Folha por mais uma vez brindar-nos com uma entrevista tão surpreendente."
TATIANA FIGERES (São Paulo, SP)

Violência
"A respeito da coluna de Ruy Castro de ontem ("Longe da mídia", pág. A2), gostaria de deixar aqui minha total concordância. Moro em Belo Horizonte e, há pouco mais de um mês, foi encontrado boiando no rio Arrudas o corpo de uma menina de pouco mais de um mês, morta brutalmente. O que mais me choca é que só saiu uma notinha pequena no jornal e não se leu mais nada sobre o assunto. É um fato para pensar a razão de coisas tão bárbaras só tomarem proporções tão grandes se acontecidas no Rio de Janeiro."
MARIA MARTA NAVARRO BARRA (Belo Horizonte, MG)

 

"Desde a semana passada estou constrangido com o estranho desaparecimento do "caso Gabrielli Eichholz" da imprensa. Escrevo para parabenizar Ruy Castro, que, ontem, chamou atenção para esse assunto. Foi de muita coragem, pois atuou como um ombudsman e relembrou esse fato lamentável".
RODRIGO AUGUSTO VIEIRA (Tatuí, SP)

Ensinar
"É muito triste para nós, brasileiros e paulistas, lermos as respostas do senhor Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação, e da senhora Rose Neubauer, ex-secretária estadual da Educação, nas entrevistas concedidas a esse jornal sobre os baixos resultados apresentados pelos alunos das escolas públicas do Estado de São Paulo no exame aplicado pelo governo federal (Cotidiano, 12/3). Aquele que foi ministro critica aquela que foi secretária, que, por fim, critica o senhor Gabriel Chalita. Será que essas pessoas que ocuparam altas responsabilidades nas políticas educacionais não foram capazes de prever as más conseqüências que hoje são apontadas? O ensino malfeito é desperdício de investimento, danoso ao aluno e irreparável. Ensinar bem é tão fácil e eles complicam."
AÉCIO BATISTA DE SOUZA (São Paulo, SP)

 

"O estrondoso fracasso da educação estatal paulista nos revela uma irônica situação em que a cobra morde o próprio rabo. Junto com as demais políticas de avaliação educacional, vociferadas como panacéia para todos os problemas educacionais nos intermináveis anos FHC/Covas/Alckmin, o Enem tinha como intenção criar "critérios" de qualidade para legitimar o status quo do ensino brasileiro. Entre a surpresa de uns e o lamento de outros, o que restou? O desempenho das escolas paulistas no último exame apenas demonstra que tucanos não são competentes nem mesmo para nivelar a educação por baixo. Nem é o caso de entrar nos méritos do exame: a ocasião sugere que o governo paulista repense os vetos orçamentários que vem aplicando à educação. Ainda é tempo."
LALO WATANABE MINTO , doutorando em educação pela Faculdade de Educação da Unicamp (Campinas, SP)

Saúde
"Complemento informações da reportagem "RS e MG são os que investem menos em saúde, diz ministério" (Cotidiano, 11/3). Nos últimos quatro anos, os investimentos do Estado em saúde são crescentes: R$ 1,1 bilhão em 2003 e R$ 2,17 bilhões em 2006. Para 2007, esse orçamento é de R$ 2,46 bilhões. Entre 2003 e 2006, o número de óbitos em menores de 1 ano por mil nascidos vivos caiu de 17,97 para 15,17, queda de 15,4%; a mortalidade materna caiu 21,2%. Foram investidos R$ 63 milhões em equipamentos para 2.500 equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e para 120 maternidades."
HUGO TEIXEIRA , superintendente de imprensa do governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Cinema nacional
"Foi estranho ler ontem o comentário do editor-assistente da Ilustrada sobre o filme "Antônia" ("Público de cinema rejeita pobreza). No seu comentário, ele diz também que o público que pode freqüentar cinema (classe média-alta, na opinião dele) não quer ver pobre na tela. E ilustra sua afirmação com comentário de um leitor de blog que diz mais ou menos a mesma coisa. Eu fico pensando como definir os resultados de "Cidade de Deus", "Carandiru", "Central do Brasil", "Amarelo Manga" e até "2 Filhos de Francisco" -e, quem sabe, mais remotamente, "Pixote'?. Ou são filmes que não "retratam a indigesta realidade" nem "o mundo das favelas, da pobreza e das injustiças sociais" ou o sucesso de público se deve aos espectadores que estão abaixo da classe média-alta, que não podem ir ao cinema, mas devem ter dado um jeitinho de ir assistir ao menos a esses filmes."
ITHAMAR LEMBO (São Paulo, SP)

Atraente, mas letal
"Marcelo Gleiser, no caderno Mais! de domingo passado ("Luz estranha'), asseverou que Marie Curie (1867-1934) e o marido se empolgaram com a descoberta da radioatividade natural, por Henri Becquerel, e que ela amava a luz verde-azulada que alguns minerais radioativos emitem. Lembrando-me do triste episódio do ferro-velho em Goiás, em 1987, no qual várias pessoas morreram e outras ficaram irremediavelmente enfermas pela exposição ao Césio-137, fiquei pasmo de o colunista não registrar (como desencorajamento de manuseio a quem desconhecesse esses materiais) que ela morreu justamente pela excessiva exposição à radioatividade, vitimada por leucemia."
EURÍPEDES KÜHL (Ribeirão Preto, SP)

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