São Paulo, sexta-feira, 13 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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PIB
"No "Painel do Leitor" de ontem, o senhor Miguel Medeiros sugere que a Folha, seu articulistas, o DEM e o PSDB derrubaram o Brasil e, agora, se regozijam por isso. Ledo engano do caro senhor Medeiros.
O Brasil está na lona porque o mundo caiu. Enquanto o mundo subia, nós íamos de roldão, ainda que Lula sugerisse que nosso sucesso econômico era fruto da competência da equipe econômica do seu governo, no qual, aliás, o destaque é um ex-tucano.
Quando o mundo caiu, nossa queda foi maior ainda. Não estávamos descolados, como sugeria Lula, enganando todos de olho apenas em sua imensa popularidade e em 2010.
Agora caímos todos -no PIB e na real. Ficou claro que o sucesso do governo Lula dependia de um mundo rico."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)

Igreja
"Escrevi várias cartas imaginárias sobre o magnífico artigo-desabafo de Horacio Lafer Piva de ontem ("Contato imediato de mais alto grau", "Tendências/Debates').
Escrevo esta sobretudo para dizer a lembrança que me provocou: os textos de Rui Barbosa.
Num deles, está escrito que sua religião era "não de fábulas ineptas e senis; não de praxes farisaicas e sensualistas; não sepultada numa língua morta; não a desses pseudo-apóstolos, do paganismo infalibilista, caluniadores do evangelho, pregadores mentirosos da opressão sacerdotal".
Sua religião era de igualdade, fraternidade e paz. "Por ela", continua Rui, "o altar, algum dia, e não longe, não será mais especulação; por ela as consciências não terão mais contar quedar de si senão ao Onipotente; por ela todas as crenças serão iguais perante a lei, todas as convicções respeitáveis perante os homens". Rui fala por si, como Piva idem e Lutero ibidem."
ISRAEL BELO DE AZEVEDO , doutor em filosofia (Rio de Janeiro, RJ)

"Depois de ter lido, entre outros, os comentários de Carlos Heitor Cony e de Eliane Cantanhêde, imaginei que nada mais poderia ser dito sobre a chocante posição do arcebispo da Igreja Católica ao excomungar as pessoas envolvidas na interrupção da gestação gemelar de uma garota de apenas nove anos vítima de estupro.
Mas fiquei agradavelmente surpreendida ao ler ontem as memoráveis considerações de Contardo Calligaris (Ilustrada) e Horacio Lafer Piva ("Tendências/Debates").
É dispensável observar que todos eles expressaram, a seu modo, importantes reflexões a respeito e que é de suma importância que se mantenha viva a memória de fatos como este, que não podem ser simplesmente esquecidos ou jogados na vala comum dos absurdos do cotidiano."
YARA MONACHESI , psicóloga e sexóloga (São José do Rio Preto, SP)

Bombas cluster
"Na opinião de Marcelo Coelho ("Estupra, mas não aborta", Ilustrada 11/3), os bispos brasileiros, em vez de excomungar os médicos de Recife, deveriam excomungar o governo brasileiro por produzir as assassinas e imorais bombas cluster .
Concordo com ele e chama-me a atenção que essa produção bélica brasileira não tenha causado tanta indignação desse jornal nem de seus leitores como no caso da excomunhão em Pernambuco. Onde estão os indignados defensores da vida da menina de nove anos, que ainda não rasgaram seus documentos brasileiros e não disseram que não pisam mais em repartição federal e nem que se envergonham de seu país?
Afinal, muito mais meninas de nove anos morrem e morrerão com as bombas brasileiras que vítimas de estupro.
Parece que o lema do jornal, dos leitores e até do presidente Lula é: "Produzir bombas de destruição maciça pode, o intolerável é excomungar alguém"."
ELCIO JOSÉ DE TOLEDO (Juiz de Fora, MG)

Tempos
"Melhor do que os "Tempos e contratempos" da crônica de Carlos Heitor Cony de ontem foi, na mesma página, o editorial "Casa do espanto", que desnudou os bastidores do Congresso Nacional e de outros centros do nosso poder político.
O pagamento das absurdas horas extras para servidores privilegiados, em período de recesso no Senado, é apenas uma das afrontas ao cidadão trabalhador, que, infelizmente, quase não tem acesso à leitura de um editorial como esse, contando, quando muito, com notícias truncadas no noticiário da TV.
Enquanto isso, sobram para nós os contratempos e muito circo para não vermos por dentro essa "casa do espanto", placidamente cercada por jardins e espelhos de água."
YARA GONÇALVES (Londrina, PR)

Ditadura
"Em momento nenhum do meu artigo "Ditadura à brasileira" ("Tendências/Debates", 5/3) defendi a ditadura militar. Pelo contrário, apontei a existência da censura e das gravíssimas violações aos direitos humanos. Busquei apresentar a ditadura no universo do autoritarismo brasileiro e espero que seja uma página encerrada da nossa história."
MARCO ANTONIO VILLA , professor de história da UFSCar (São Paulo, SP)

Juros
"A reportagem "Meirelles reage à pressão de empresário por corte de juros" (Dinheiro, 6/3) traz informação equivocada e improcedente.
No encontro, foram discutidos assuntos de relevância nacional, como infraestrutura, crédito e habitação. Em nenhum momento o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi "duramente cobrado por empresários para reduzir rapidamente os juros do país".
Tendo participado da reunião, asseguro que apenas um empresário, em tom amistoso e construtivo, fez referência à taxa básica. Já ao final do encontro, o empresário se dirigiu ao presidente Meirelles e comentou: "Como está se aproximando a reunião do Copom, que tal o senhor pensar em reduzir a Selic?".
Em resposta, o presidente afirmou que não era necessário ser lembrado da Selic ou do Copom e que o BC leva a sério as suas responsabilidades. A certeza da preocupação constante da Folha em levar aos seus leitores a informação correta e precisa foi o que me levou a esclarecer os fatos."
VALDEREZ CAETANO , chefe da assessoria de imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

VALDEREZ CAETANO , chefe da assessoria de imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

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