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PAINEL DO LEITOR
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PIB
"No "Painel do Leitor" de ontem, o
senhor Miguel Medeiros sugere
que a Folha, seu articulistas, o
DEM e o PSDB derrubaram o Brasil e, agora, se regozijam por isso.
Ledo engano do caro senhor
Medeiros.
O Brasil está na lona porque o
mundo caiu. Enquanto o mundo
subia, nós íamos de roldão, ainda
que Lula sugerisse que nosso sucesso econômico era fruto da competência da equipe econômica do seu
governo, no qual, aliás, o destaque é
um ex-tucano.
Quando o mundo caiu, nossa
queda foi maior ainda.
Não estávamos descolados, como
sugeria Lula, enganando todos de
olho apenas em sua imensa popularidade e em 2010.
Agora caímos todos -no PIB e na
real. Ficou claro que o sucesso do
governo Lula dependia de um mundo rico."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)
Igreja
"Escrevi várias cartas imaginárias sobre o magnífico artigo-desabafo de Horacio Lafer Piva de ontem ("Contato imediato de mais alto
grau", "Tendências/Debates').
Escrevo esta sobretudo para dizer a lembrança que me provocou:
os textos de Rui Barbosa.
Num deles, está escrito que sua
religião era "não de fábulas ineptas e
senis; não de praxes farisaicas e
sensualistas; não sepultada numa
língua morta; não a desses pseudo-apóstolos, do paganismo infalibilista, caluniadores do evangelho, pregadores mentirosos da opressão
sacerdotal".
Sua religião era de igualdade, fraternidade e paz. "Por ela", continua
Rui, "o altar, algum dia, e não longe,
não será mais especulação; por ela
as consciências não terão mais contar quedar de si senão ao Onipotente; por ela todas as crenças serão
iguais perante a lei, todas as convicções respeitáveis perante os homens".
Rui fala por si, como Piva idem e
Lutero ibidem."
ISRAEL BELO DE AZEVEDO , doutor em filosofia
(Rio de Janeiro, RJ)
"Depois de ter lido, entre outros,
os comentários de Carlos Heitor
Cony e de Eliane Cantanhêde, imaginei que nada mais poderia ser dito
sobre a chocante posição do arcebispo da Igreja Católica ao excomungar as pessoas envolvidas na
interrupção da gestação gemelar de
uma garota de apenas nove anos vítima de estupro.
Mas fiquei agradavelmente surpreendida ao ler ontem as memoráveis considerações de Contardo Calligaris (Ilustrada) e Horacio Lafer
Piva ("Tendências/Debates").
É dispensável observar que todos
eles expressaram, a seu modo, importantes reflexões a respeito e que
é de suma importância que se mantenha viva a memória de fatos como este, que não podem ser simplesmente esquecidos ou jogados
na vala comum dos absurdos do
cotidiano."
YARA MONACHESI , psicóloga e sexóloga
(São José do Rio Preto, SP)
Bombas cluster
"Na opinião de Marcelo Coelho
("Estupra, mas não aborta", Ilustrada 11/3), os bispos brasileiros, em
vez de excomungar os médicos de
Recife, deveriam excomungar o governo brasileiro por produzir as assassinas e imorais bombas cluster .
Concordo com ele e chama-me a
atenção que essa produção bélica
brasileira não tenha causado tanta
indignação desse jornal nem de
seus leitores como no caso da excomunhão em Pernambuco.
Onde estão os indignados defensores da vida da menina de nove
anos, que ainda não rasgaram seus
documentos brasileiros e não disseram que não pisam mais em repartição federal e nem que se envergonham de seu país?
Afinal, muito mais meninas de
nove anos morrem e morrerão com
as bombas brasileiras que vítimas
de estupro.
Parece que o lema do jornal, dos
leitores e até do presidente Lula é:
"Produzir bombas de destruição
maciça pode, o intolerável é excomungar alguém"."
ELCIO JOSÉ DE TOLEDO (Juiz de Fora, MG)
Tempos
"Melhor do que os "Tempos e
contratempos" da crônica de Carlos
Heitor Cony de ontem foi, na mesma página, o editorial "Casa do espanto", que desnudou os bastidores
do Congresso Nacional e de outros
centros do nosso poder político.
O pagamento das absurdas horas
extras para servidores privilegiados, em período de recesso no Senado, é apenas uma das afrontas ao cidadão trabalhador, que, infelizmente, quase não tem acesso à leitura de um editorial como esse,
contando, quando muito, com notícias truncadas no noticiário da TV.
Enquanto isso, sobram para nós
os contratempos e muito circo para
não vermos por dentro essa "casa do
espanto", placidamente cercada por
jardins e espelhos de água."
YARA GONÇALVES (Londrina, PR)
Ditadura
"Em momento nenhum do meu
artigo "Ditadura à brasileira" ("Tendências/Debates", 5/3) defendi a ditadura militar. Pelo contrário,
apontei a existência da censura e
das gravíssimas violações aos direitos humanos. Busquei apresentar a
ditadura no universo do autoritarismo brasileiro e espero que seja
uma página encerrada da nossa história."
MARCO ANTONIO VILLA , professor de história da
UFSCar (São Paulo, SP)
Juros
"A reportagem "Meirelles reage à
pressão de empresário por corte de
juros" (Dinheiro, 6/3) traz informação equivocada e improcedente.
No encontro, foram discutidos
assuntos de relevância nacional,
como infraestrutura, crédito e habitação. Em nenhum momento o
presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi "duramente cobrado por empresários para reduzir
rapidamente os juros do país".
Tendo participado da reunião,
asseguro que apenas um empresário, em tom amistoso e construtivo,
fez referência à taxa básica.
Já ao final do encontro, o empresário se dirigiu ao presidente Meirelles e comentou: "Como está se
aproximando a reunião do Copom,
que tal o senhor pensar em reduzir
a Selic?".
Em resposta, o presidente afirmou que não era necessário ser
lembrado da Selic ou do Copom e
que o BC leva a sério as suas responsabilidades.
A certeza da preocupação constante da Folha em levar aos seus
leitores a informação correta e precisa foi o que me levou a esclarecer
os fatos."
VALDEREZ CAETANO , chefe da assessoria de imprensa do Banco Central (Brasília, DF)
VALDEREZ CAETANO , chefe da assessoria de imprensa do Banco Central (Brasília, DF)
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