São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Desarmamento
Ora, vejam só: o presidente do Senado quer ressuscitar o plebiscito sobre a proibição do comércio de armas de fogo? Isso é que é tapar o sol com a peneira, como se os bandidos e os traficantes obtivessem suas armas no comércio legal... Só pode ser piada de muito mau gosto.
O custo do plebiscito será pago por quem mesmo? Porque naturalmente haverá a empresa de algum amigo encarregada da preparação do evento, não?
APARECIDA DILEIDE GAZIOLLA (São Bernardo do Campo, SP)

Massacre no Rio
De tudo o que se falou -na imprensa em geral e nesta Folha - sobre o atentado aos alunos de Realengo, parece que querem que fiquemos com a impressão de se tratar de um ato de um "sujeito desequilibrado, louco, misantropo...". Bem ao gosto de um país eminentemente católico, teríamos aqui uma explicação fácil para um problema complexo. O que realmente a carta escrita pelo assassino deixa claro é que ela tinha clara feição divina. Estava tudo lá: pecado, virgindade, castigo, ritual, perdão e... Deus.
A cada dia me convenço de que o mundo estaria menos ruim se não houvesse religião nenhuma.
Já se vão mais de 2.000 anos de carnificina em nome do divino.
WALTER DE SOUZA SILVA (Belo Horizonte, MG)

Sucupira
Sobre o artigo "Justiça em Sucupira", de Fernando de Barros e Silva (Opinião, ontem), é importante esclarecer que a decisão do STJ não conduz ao desprezo da denúncia anônima, que continuará a ser importante fonte para início de investigação policial.
O que não se admite, contudo, é que a denúncia anônima possa, isoladamente, fundamentar medidas mais invasivas da liberdade individual, como prisão e busca e apreensão. A decisão é correta.
O artigo está correto quando diz que a Justiça atua de forma diferenciada para ricos e pobres. As desigualdades sociais do Brasil se refletem na saúde, no transporte, na educação e também na Justiça.
Decisões como a do STJ contribuem para que toda investigação, contra ricos e pobres, possa se dar dentro do devido processo legal.
THEO DIAS, advogado criminal e professor da Escola de Direito da FGV-SP (São Paulo, SP)

 

Excelente o texto de Fernando de Barros e Silva. Se os magistrados aplicam as regras estabelecidas pelos políticos, seria coisa de anjo os políticos legislarem com tal justeza que pudesse prejudicá-los. A democracia certamente seria o modelo ideal.
Entretanto está difícil chegar a ela. Nossos castelos de areia vão continuar ruindo.
CARLOS GONÇALVES DE FARIA (São Paulo, SP)

TCU e Lula
É uma palhaçada que o TCU (Tribunal de Contas da União) venha, agora, sete anos depois dos fatos, confirmar que houve desvio de cerca de R$ 10 milhões pelo gabinete da Presidência da República ("TCU vê superfaturamento em cartilhas da gestão Lula", Poder, ontem). É mais um caso de roubalheira descarada de dinheiro público, mas e daí? De que vai adiantar a tardia conclusão anunciada?
No ano passado, esse tribunal "apontou" superfaturamento em obras do PAC, especialmente em aeroportos, e, que se saiba, nada aconteceu.
MARTÔNIO RIBEIRO (Ribeirão Preto, SP)

Véu
Que ironia! Na França, país onde pipocaram nobres ideais -liberdade, igualdade e fraternidade-, agora pipoca o oportunismo de um déspota não esclarecido e de parte de seu Parlamento. Incapazes de domar a crise financeira, exploram ideias xenófobas retrógradas! Proíbem as muçulmanas de usar um símbolo tradicional de sua cultura e religião em locais públicos sob o pretexto de garantir seu direito de não usar o véu. O que resta aos islamitas além de se tornarem girondinos radicais?
DANIEL MESSIAS CAMPOS ALVES (São Paulo, SP)

Liberdade
Decepcionante a coluna de Vladimir Safatle, "Aquém da opinião" (Opinião, ontem). Fiquei pasmo ao ler um filósofo que admiro manifestar a defesa explícita de restrições à liberdade de expressão de quem discorda das opiniões dele, com certeza as mais justas, as mais progressistas, as mais profundas.
Trata o povo como uma criança que precisa ser tutelada. Quem vai estabelecer o que deve ou não ser dito? Os professores de filosofia da USP? Os guardiães de Platão? Ou, de novo, os militares de plantão?
Não há meio-termo, professor: ou se é contra ou se é a favor da liberdade de expressão.
MARTIN CEZAR FEIJÓ (São Paulo, SP)

 

Gostaria de parabenizar o colunista Vladimir Safatle pelo texto "Aquém da opinião". Foi uma excelente resposta àqueles que entenderam por "legítimas" as manifestações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Aliás, serviu ainda para demonstrar que muitas discussões sobre a liberdade de expressão e o preconceito -qualquer que seja- partem de premissas erradas, que, por óbvio, conduzirão a conclusões equivocadas.
VINÍCIUS DE OLIVEIRA DELFINO (Sorocaba, SP)

De letra
Ronaldinho homenageado na ABL? Deve ser porque ele autografou uma bola.
SERGIO BARSOTTI CORONADO (São Paulo, SP)

Trem-bala
A um custo inicial superior a R$ 33 bilhões, a ideia de "ousar e pensar grande", defendida pela senadora Marta Suplicy ("Tendências/Debates", ontem), deveria abranger os setores de educação, saúde e segurança, todos em situação pré-falimentar. Em um país onde as carências são expostas diariamente, discordo da senadora e afirmo que se trata de uma questão de prioridade!
WILSON APARECIDO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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