São Paulo, domingo, 13 de maio de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Octavio Frias de Oliveira
"Poderia apresentar-me de diversas maneiras, mas dizer que sou irmã do governador Aécio Neves (MG) talvez seja o mais indicado. Como milhares de brasileiros, lamento a morte de Octavio Frias de Oliveira. Há homens cuja ausência diminui a todos nós.
Escrevo movida por um impulso nascido de uma circunstância que, provavelmente, nada mais é do que uma coincidência, uma projeção.
Ainda assim escrevo, porque acredito que coincidência seja a forma delicada através da qual a vida tenta nos dizer alguma coisa.
Na véspera da missa de sétimo dia do senhor Frias, ao organizar meus papéis, reencontrei o poema de Kipling que sua filha Maria Cristina Frias leu na cerimônia. Há muitos anos não me lembrava dele, e cheguei a prepará-lo para leitura numa cerimônia pública. Não o fiz.
Este texto me causa, há anos, uma profunda impressão. Encontrei-o pela primeira vez, ainda menina, sobre a escrivaninha de meu avô Tancredo. Na época não o compreendi, mas ele me impressionou.
Na juventude, voltei a deparar com ele, mas ainda não o compreendia. Agora, ao reencontrá-lo, encontrei nele uma dignidade, uma solidão e um sentido que me emocionaram.
Há momentos que são por demais absolutos e guardam em si, pela sua intensidade, uma centelha, um fragmento de possibilidade de reconhecimento.
Os versos de Kipling construíram uma ponte que me levou de volta a meus lutos pessoais, seja quando me despedi de meu avô, de minha avó ou de meu marido, pessoas que encantaram a minha vida.
Em todas essas ocasiões, vivi o que imagino que a família Frias esteja vivendo agora: as manifestações sinceras de pesar de muitas pessoas, a saudade verdadeira de poucas, as manifestações formais, institucionais, protocolares de milhares.
Em meio ao turbilhão de tantas manifestações surge, silencioso, o nosso sentimento de impotência e solidão. Porque a morte de alguém que amamos nos transforma, subitamente, em sobreviventes.
Perder alguém que amamos significa perder alguém que podia dividir conosco a mesma memória. A morte daqueles que amamos, e que nos são próximos, nos transforma em guardiões. A sobrevivência de momentos importantes de nossas vidas repousa, agora, apenas na nossa lembrança."
ANDREA NEVES (Belo Horizonte, MG)
 

"Perdemos, com o desaparecimento de Octavio Frias de Oliveira, a referência e o conselho lúcido, a palavra amiga e o convívio polido e urbano que foram sua marca. Lamentamos sinceramente sua perda e a grande falta que fará a São Paulo, ao Brasil e aos seus amigos e admiradores."
ALEX PERISCINOTO E FAMÍLIA (São Paulo, SP)
 

"Lamento muito a morte de Octavio Frias de Oliveira. Não esquecerei nunca aquele nosso encontro na Folha e a inteligência e vivacidade com que ele discorreu sobre JK e sobre os fatos que envolveram os dois. Foi uma grande perda para nós."
MARIA ADELAIDE AMARAL , dramaturga (São Paulo, SP)
 

"Meus sinceros pêsames ao Grupo Folha e à família de Octavio Frias de Oliveira, um dos mais importantes protagonistas da modernização da mídia brasileira. Empreendedor dinâmico, sempre abrigou visões pluralistas em seus veículos de comunicação."
CESAR ASFOR ROCHA , ministro do Superior Tribunal de Justiça (Brasília, DF)
 

"Em nome da Natura, expresso meu profundo pesar pelo falecimento do doutor Octavio Frias de Oliveira. O Brasil perde um de seus maiores empreendedores, mas sua visão, sensibilidade e ética certamente perpetuarão no trabalho do Grupo Folha."
ALESSANDRO CARLUCCI , diretor-presidente (São Paulo, SP)
 

"Após seis anos de casa, deixei a Folha antes de "seu" Frias chegar. Assim, não trabalhei com ele. Mas a Folha nunca saiu de mim. Segui os seus passos e sigo até hoje. Vibrei com o "projeto Folha", que deu uma nova dimensão ao jornalismo de papel no Brasil. "Seu" Frias é figura marcante na história deste país."
JOSÉ HAMILTON RIBEIRO (Rio de Janeiro, RJ)
 

"Em nome de todos os diretores da Bristol-Myers Squibb, envio a manifestação de solidariedade e pêsames pela morte de um dos maiores nomes da imprensa nacional."
ANTONIO CARLOS SALLES , diretor de Assuntos Corporativos (São Paulo, SP)
 

Papa
"No artigo "A resistência a Ratzinger" (Brasil, 10/5), Luiz Felipe Pondé é o intelectual de palavra sofisticada que, de forma velada, vai contra o Concílio Vaticano 2º e a Teologia da Libertação e, sobretudo, desconhece (ou relativiza) os gritos da periferia do mundo."
JOSÉ ROBERVAL FREIRE DA SILVA (São Paulo, SP)
 

Aborto
"Elogiável sobre todos aspectos o posicionamento do senhor ministro da Saúde sobre a questão do aborto. Tratou o assunto de forma pragmática e séria, como membro lúcido de um governo que não tem feito muito em relação às promessas feitas à população. Não há dúvida de que a decadência da Igreja Católica se deve ao seu posicionamento sobre este e outros assuntos que afetam as pessoas de baixa renda, pois os padres, bispos e cardeais não põem a "mão na massa" para orientar/evitar que pais/mães tenham crianças grávidas dentro de casa, o que cria sério problema social."
PAULO EMANOEL SOARES (Rio de Janeiro, RJ)
 

"Descabido não foi o apoio do papa aos bispos mexicanos que desejam excomungar políticos favoráveis ao aborto. Descabido é termos como ministro esse tal de Temporão."
RICARDO ICASSATTI HERMANO (Brasília, DF)
 

Meditação
"Muitíssimo interessante o relato sobre a experiência com meditação na prisão de Tihar, na Índia ("A experiência de Tihar", "Tendências/Debates", 7/5). Certamente, se a prática da meditação (científica) fosse difundida em toda sociedade, não só nas prisões, mas nas escolas, nas empresas, nos órgãos públicos etc., toda a nação se beneficiaria. Teríamos, com certeza, diminuição no consumo de álcool e de drogas e diminuição da violência e da insegurança. Oxalá este dia chegue!"
IGNACIO ZURITA (São Paulo, SP)

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