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Copa-2014
A Copa no Brasil vai custar
cerca de R$ 33 bilhões, talvez
mais ("E agora?", Especial, ontem). Quando a gente vê como vive a maioria do povo brasileiro,
com necessidades básicas como
saúde, moradia, educação, não dá
para não sentir vergonha de ser
brasileiro. Não é possível que nossos dirigentes não pensem nisso.
O que os desvalidos, desdentados
e miseráveis vão ganhar com essa
Copa? É a eterna politica do pão e
circo.
TOMAZ DE AQUINO DOS SANTOS (Piracicaba, SP)
Fiquei horrorizada com as noticias publicadas em Esporte de
que o prefeito Gilberto Kassab está
"apenas jogando para a plateia
são-paulina" no assunto Morumbi
("Painel FC", 7/7). Li, depois, que
o presidente Lula também está jogando com os são-paulinos sobre
o mesmo assunto. Os políticos estão "jogando" com a população
brasileira inteira, principalmente
com os paulistanos, torcedores de
qualquer clube. Numa época em
que a grande maioria dos estádios, ao redor do mundo, são pequenos, e considerando que já temos um estádio para muitas pessoas (Morumbi), por que continuam insistindo em construir outro, com um custo astronômico?
Por que os paulistanos têm que ser
submissos à ditadura da CBF? Ou
da Fifa?
SONIA MARIA GONÇALVES PAVANELLI (São Paulo, SP)
Seleção
Se a CBF busca um modelo para o novo técnico da seleção, é só
olhar para o técnico da Espanha,
valorizando seus meninos, dando tranquilidade para o time. Resultado: Espanha campeã do
mundo pela primeira vez.
O técnico Del Bosque se parece muito com Felipão, não só fisicamente, mas na eficiência. Pela reação de seus jogadores logo
após a conquista, parece ser
muito querido, conseguindo tirar
de seus jogadores com amizade
tudo aquilo que o zangado Dunga nunca conseguiria na marra.
MÁRCIO M. CARVALHO (Bauru, SP)
Eleições
O artigo de Valdo Cruz "Grana
no colchão, sei não..." (Opinião, 11/7) vem reacender a questão tratada na reportagem "Poupança no colchão" (Poder, 7/7) quando
constata que 15 candidatos a cargos majoritários (Presidência, Senado e governos estaduais) declararam ao TSE que detinham dinheiro em espécie em suas moradias. O montante nestas condições da lista dos candidatos atinge R$ 3,5 milhões. A reportagem
analisa que essa atitude é legal,
mas não é lógica.
Os textos trazem à tona a discussão sobre a incoerência desses
procedimentos. Embora a Ficha
Limpa tenha sido um avanço, ainda requer muitas melhorias. A
mensagem dos textos leva-nos a
refletir sobre os meandros e a
transparência do processo eleitoral vigente.
JOSÉ ROBERTO MEDINA LANDIM (Ribeirão Preto, SP)
Publicidade
A Folha publicou reportagem
que demonstra e atesta que o
"Governo de SP mais do que dobra gasto de publicidade" (Poder, ontem). Sabemos perfeitamente de que se trata de propaganda eleitoral em vésperas de
eleições, mas é sempre assim, os
órgãos fiscalizadores fingem que
está tudo ok. Enquanto isso, a
educação paulista perde até para
os Estados mais pobres. Sem contar os salários do funcionalismo.
Mas para isso não existe verba.
JARBAS DE SOUZA JUNIOR (Assis, SP)
Não é de espantar o aumento
de gastos com propaganda do
governo estadual. É a sanha do
PSDB, que para tanto entregou o
banco Nossa Caixa nas mãos do
Banco do Brasil.
Para quem era cliente Nossa
Caixa, tudo funcionava bem;
agora, com a transformação em
BB, o serviço está um caos.
LUÍS FERNANDO AGA (São José do Rio Pardo, SP)
Liberdade de imprensa
No programa de governo de
Dilma do PT, "rubricado e não
assinado", foi proposto o controle social estatal da imprensa.
Agora o tucanato de Serra, com a
história do pedágio, diz o que
pode ou não na TV Cultura, paga
por nós, contribuintes. No mesmo saco, vai ser difícil distinguir
qual o monstrengo mais feio e
nocivo: Chávez, Dilma ou Serra
(em ordem alfabética).
IVAN FILHO (Curitiba, PR)
Pondé
Quem conhece a produção
acadêmica do professor Luiz Felipe Pondé sabe que se trata de
um intelectual sério. Todavia, o
colunista poderia ser menos previsível e ofensivo em seus textos.
Por trás de seu discurso "transgressor" e "ousado", parece repousar o mais absoluto puritanismo. No texto "100%" (Ilustrada, ontem), o colunista faz jocosas críticas aos defensores da
boa forma, da vida longa, da saúde perfeita. Despende forças para
criticar banalidades, futilidades.
Poderia reservar energias para
abordar temas mais relevantes,
por exemplo, os assuntos políticos
ou a postura da igreja quanto ao
uso da camisinha, o aborto, a homossexualidade etc.
SIDNEI FERREIRA DE VARES (São Paulo, SP)
Especulação imobiliária
No artigo "Lei combate especulação, mas é limitada" ("Tendências/Debates", ontem), o
professor Nabil Bonduki manifesta preocupação com suposto
argumento do Secovi (Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de
Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) contra a aplicação do IPTU progressivo.
O Secovi congrega empresas
formais que vivem da incorporação e da administração de edifícios urbanos e que se beneficiarão com a disponibilidade de
mais solos urbanos úteis. Repudiamos a especulação, pois ela
impede a boa ocupação urbana.
Entretanto, é irrefutável que
tanto a Constituição Federal
quanto o Estatuto da Cidade
mencionam claramente "solo urbano não edificado, subutilizado
ou não utilizado" e estabelecem
penalidade de "parcelamento ou
edificação compulsórios", o que
seria incabível a um prédio já
construído. O argumento é pela
constitucionalidade e o Secovi
pede obediência ou adaptação à
lei maior, sob pena de aumentarmos a insegurança jurídica no
país ao permitir que uma norma
descumpra lei superior.
JOÃO CRESTANA, presidente do Secovi (São Paulo, SP)
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