|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PACTO NO TRANSPORTE
É positiva a notícia de que a
Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado firmaram acordo
para solucionar a disputa entre a
SPTrans, órgão municipal que gerencia o transporte, e a EMTU, a empresa estadual do setor. Com o entendimento, que permitirá o tráfego
dos coletivos intermunicipais nos
corredores conhecidos como "passa-rápido", ganham usuários do
transporte público na cidade.
Embora as divergências entre Estado e município a esse respeito tenham se intensificado por ocasião da
proibição do tráfego de ônibus intermunicipais pelo corredor Jardim Ângela-Guarapiranga-Santo Amaro, a
disputa não é nova. Há algum tempo, veículos de linhas intermunicipais, sob comando do governo estadual, foram proibidos de utilizar as
vias exclusivas de ônibus construídas
durante a gestão do PT.
Segundo a prefeitura, os coletivos
intermunicipais não poderiam usar
os corredores por não possuírem
porta lateral à esquerda, requisito para o tráfego pelo "passa-rápido". O
problema foi contornado pela implementação de um sistema de baldeações pelo qual os usuários trocariam
gratuitamente de veículos ao chegarem nos terminais da prefeitura.
É positivo também que o acordo
contemple, em certa medida, a integração tarifária. Passageiros oriundos de Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, que
são os primeiros beneficiados pelo
pacto, terão a tarifa reduzida de R$
2,30 para R$ 1,70 e poderão trocar de
ônibus na capital, durante duas horas, sem pagar a tarifa novamente.
Parcerias que beneficiem os cidadãos serão sempre bem vindas e dignas de elogios. É de lamentar que interesses partidários tornem esses entendimentos menos freqüentes do
que o desejável.
Resta, porém, em relação ao transporte municipal, que a prefeitura
preste esclarecimentos sobre o valor
do subsídio embutido no bilhete único -que é uma das principais peças
eleitorais da prefeita Marta Suplicy.
Texto Anterior: Editoriais: PREGAÇÃO PRECOCE Próximo Texto: São Paulo - Clóvis Rossi: Chantagem Índice
|