Imprensa
"Há cerca de um ano, o juiz Francisco Carlos Shintate impôs multa à Folha e à revista "Veja" por causa de uma entrevista da então candidata à prefeitura Marta Suplicy. Na ocasião, o jurista Saulo Ramos esculhambou o juiz. Já o ministro do Supremo Gilmar Mendes declarou à Folha que "a cobertura jornalística nunca foi objeto de restrição" (Brasil, 20/6/08), demonstrando o seu inconformismo com a medida judicial.
A recente decisão do TJ do Distrito Federal que proíbe o jornal "O Estado de S. Paulo" de divulgar reportagens sobre operação da PF que envolve o filho do presidente do Senado configura verdadeira censura à imprensa.
Saulo Ramos fica calado. Gilmar Mendes não consegue ver censura na decisão (Brasil, 12/8). Por quê?"
JAIRO EDWARD DE LUCA (São Paulo, SP)

Democracia
"Interessante o texto em que o historiador Boris Fausto relata o seu percurso "do engajamento trotskista à adesão plena aos princípios do regime democrático"
(Mais!, 9/8). Importante seria que ele fosse acompanhado de um questionamento: nosso "Estado democrático de Direito" merece o adjetivo que carrega, ou se trata tão somente de uma aparência de democracia, cuja fachada é composta por instituições corruptas, como o nosso Senado, e por pleitos periódicos cujos rumos são claramente definidos pelos financiamentos de grandes grupos econômicos?
Se tudo o que fizemos foi rumar para um tipo de autoritarismo que tem medo de dizer o seu nome, isso foi um avanço ou um retrocesso?"
DARIO CINTRA DE NEGREIROS RIBEIRO (São Paulo, SP)

Casa Revisora
"Certo da impunidade, José Sarney, do alto de sua cadeira de presidente do Senado, vê Lula e Dilma saírem publicamente em sua defesa, arguindo a tese de que "não se pode condenar antecipadamente", como se tudo o que está devidamente registrado contra o nobre senador seja um mero folclore. E o Brasil, enrubescido, vê aquela outrora respeitável Casa Revisora do Legislativo transformar-se num simples prédio onde vicejam inacreditáveis bandalheiras e consequentes acobertamentos."
ADAIL COARACY DE AQUINO (Rio de Janeiro, RJ)

Violência
"Foi com estarrecimento que acompanhei a notícia de que o acusado do assassinato da médica em Salvador é um presidiário que cumpre pena por homicídio e estupro e que estava solto por conta do indulto do Dia dos Pais.
É um verdadeiro absurdo que homicidas e estupradores sejam indultados para festas familiares.
Indultamos o homicida e condenamos o pai da médica a passar todos os "dias dos pais" que se seguirem sem sua filha."
LUANA DA SILVA ARAÚJO (São Paulo, SP)

PV
"Em relação à coluna de ontem de Fernando Rodrigues ("Marina e Ciro", Opinião), manifesto a minha discordância sobre a conclusão de sua análise quanto à composição da bancada do Partido Verde na Câmara dos Deputados.
A sua afirmação de que "metade da bancada não tem a menor ideia do que vem a ser política de meio ambiente" é equivocada e injusta. E pode ser comprovada por uma análise das propostas apresentadas pela bancada nas comissões da Casa. Enfatizamos também que o líder do Partido Verde e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho, é motivo de orgulho dos que acreditam e batalham pela causa ambiental.
A sua gestão frente ao Ministério do Meio Ambiente até hoje é lembrada pelas inúmeras conquistas e avanços, como a edição da Lei de Crimes Ambientais.
O reconhecimento da atuação do líder é refletido por manifestações de apoio de ONGs e por todos os cidadãos comprometidos com a questão ambiental no nosso país."
JOSÉ LUIS DE FRANÇA PENNA , presidente nacional do PV (São Paulo, SP)

Propaganda
"Sobre o artigo de 4/8 do deputado José Aníbal (PSDB) ("Compulsão por propaganda", "Tendências/ Debates'), esclarecemos que é equivocada a comparação feita pelo parlamentar entre o valor dos contratos firmados por órgãos do governo federal com agências de publicidade e o valor das despesas efetivamente realizadas.
De fato, chega a R$ 1.408,5 milhões o valor anual dos contratos com agências de publicidade pelos órgãos do governo federal, conforme consta no sítio da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
No entanto, são valores estimados, que nem sempre são executados plenamente. Além disso, a vigência anual dos contratos quase nunca coincide com o exercício orçamentário. Assim, não cabe comparar valores contratuais com despesas executadas.
Portanto, não há incorreção na informação dada pela Secom de que os investimentos em mídia feitos pelo governo federal atingiram R$ 1.027 milhões em 2008, conforme atestam os números apurados pelo Instituto de Acompanhamento da Publicidade (IAP)."
OTTONI FERNANDES JÚNIOR , secretário-executivo da Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República (Brasília, DF)

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