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Banda larga lenta
É oportuna a consulta pública
promovida pela Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações)
para discutir regras básicas, hoje
inexistentes, para o serviço de
banda larga móvel no país.
Trata-se da principal tecnologia
usada no Brasil para se ter acesso
à internet com alta velocidade de
dados. No primeiro semestre deste
ano, pela primeira vez o número
de usuários dos serviços 3G superou o daqueles que utilizam a banda larga fixa. Estima-se que neste
ano 18 milhões de pessoas se conectem à rede dessa forma.
Ainda é muito precário, no entanto, o serviço oferecido pelas
maiores operadoras do país. Quase nunca a velocidade anunciada
corresponde à qualidade de conexão a que os consumidores efetivamente têm acesso.
Em testes realizados pela reportagem desta Folha, o recebimento
de dados não ultrapassou 60% da
velocidade contratada, nos momentos de maior fluidez. Não é incomum que downloads não atinjam a metade da rapidez prometida. O serviço também é instável,
com grande variação da velocidade de recebimento de dados e quedas frequentes de conexão.
Alguma oscilação na qualidade
de acesso à internet é inevitável.
Os aparelhos que ligam os computadores portáteis à rede estão sujeitos a fatores externos, como
condições climáticas, distância da
antena ou número de usuários simultaneamente conectados.
Isso, contudo, não justifica que
não se atinjam padrões mais elevados de qualidade. A Anatel propõe que a prestadora garanta, nos
horários de maior uso, pelo menos
30% da velocidade máxima prevista no plano. Nos de menor tráfego, 50%. Está previsto o aumento gradativo dos percentuais exigidos, a partir da implementação
das novas regras.
A consulta se encerra no dia 26
deste mês. Uma vez concluída a
necessária etapa de debate público, é dever da agência implementar o novo conjunto de regras o
mais rápido possível.
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