SÃO PAULO - Faltam apenas 20 dias para as eleições. A exemplo da disputa presidencial, em vários Estados importantes o jogo tende a ser decidido no primeiro turno. A começar por São Paulo, onde a enorme vantagem de Geraldo Alckmin sobre os adversários vem se confirmando pesquisa após pesquisa, num quadro estável.
O tucano aparece no Datafolha com 49%, a mesma marca que tinha no final de julho. Seu "principal" rival, o petista Aloizio Mercadante, patina a 26 pontos de distância, com 23% das intenções de voto. É um caso a ser analisado.
Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto no país, tem 41% em São Paulo, quase o dobro do companheiro senador. E os candidatos ao Senado da coligação dilmista, Netinho de Paula (PC do B) e Marta Suplicy (PT), dividem a liderança em SP, com 36% e 35%.
Quando perdeu o governo para Serra em 2006, num ambiente menos favorável ao lulismo, Mercadante teve 32% dos votos. Seu maior desafio hoje é não encolher na comparação consigo mesmo.
No Rio, com Sérgio Cabral (PMDB), na Bahia, com Jaques Wagner (PT), em Pernambuco, com Eduardo Campos (PSB), e no Ceará, com Cid Gomes (PSB), os governadores -todos alinhados com o governo federal- devem liquidar a fatura no dia 3 de outubro.
Mas a eleição segue aberta em três outros Estados de relevo. Em Minas, o caso mais importante para o futuro da oposição, Hélio Costa (PMDB) e Antonio Anastasia (PSDB) estão tecnicamente empatados e farão uma disputa renhida. No Paraná, a vantagem do tucano Beto Richa sobre Osmar Dias (PDT) recuou para seis pontos, anunciando também uma reta final acirrada.
No Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) aparece com 49% dos votos válidos, muito próximo de vencer, mas igualmente ameaçado pela hipótese de segundo turno contra José Fogaça, figura anfíbia do PMDB, que, por ironia, pode atenuar a goleada eleitoral do aliado PT.


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