São Paulo, sábado, 13 de outubro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Renan
"Não fosse pelo risco de não aprovação da famigerada CPMF, a tropa de elite governamental continuaria acomodando com muita honra o matreiro Renan Calheiros.
Essa tropa sempre serviu para azeitar escusos projetos, com sobras orçamentárias de peso, muito convenientes para Dirceu e comparsas abrirem com verbas tentadoras caminhos tortuosos e convenientes para o seu abominável projeto de perpetuação no poder."
GERALDO SIFFERT JÚNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

Huck e Ferréz
"O texto de Ferréz publicado em 8/10 ("Pensamentos de um correria') não deveria provocar tanta reação. Ele está bem de acordo com a nossa forte tradição estética realista-naturalista. Vejamos. Em "Memórias de um Sargento de Milícias", vemos um pilantra se tornar uma autoridade; de Chico Buarque, escutamos uma música em que um menor delinqüente é comparado a Emerson Fittipaldi; Hélio Oiticica usou cocaína como matéria-prima de sua arte; Rubem Fonseca e seu bando de imitadores enaltecem bandidos frios e cruéis... Chega! A lista é imensa.
No país da bandalheira, sobram textos realista-naturalistas que endeusam criminosos e faltam obras de arte como "Grande Sertão: Veredas", nas quais eles são executados sumariamente.
Portanto, nada mais tradicional do que o texto de Ferréz."
WASHINGTON RAMOS (Teresina, PI)

"Ame-o ou deixe-o.
Não pertenço ao Bope, não sou "correria", muito menos Luciano Huck, e não sou petista. Existe saída para mim?"
JOSÉ ROBERTO DE JESUS (Capão Bonito, SP)

CPMF
"Mais difícil do que pagar impostos é ter que agüentar o terrorismo econômico que o governo vem fazendo ("Mantega ameaça Senado com outros impostos", caderno Brasil, 11/10).
A desculpa para nos tungar é sempre a mesma: "o Brasil vai afundar". Já ouvimos isso inúmeras vezes, e sempre o governo jogando a culpa em nós, que trabalhamos no mínimo cinco meses por ano para pagar o que em países mais socialmente humanos daria para não mais ver o caos na saúde, na segurança pública, nas estradas e em todos os lugares em que o governo deveria atuar mas não atua.
Lula, Mantega, Palocci e principalmente o senhor Mercadante deveriam ter vergonha de pedir ao povo brasileiro para continuar pagando mais caro pelas suas incompetências. Todos esperam que o Senado comece a sua depuração moral, votando contra a CPMF e mostrando que é sim uma casa do povo."
ARNALDO COMERLATI (São Paulo, SP)

Furando a fila
"É um absurdo esta modalidade adotada pelos parques: "Parques autorizam quem paga mais a furar a fila" (Cotidiano, 9/10). Como essas crianças que freqüentam os parques e estão em fase de formação do caráter poderão aprender o básico de respeito ao próximo, ética e valores morais?
Ainda não fui com minha filha a esses parques e agora tenho um bom motivo para não ir.
Faço uma proposta a quem está disposto a pagar para furar a fila.
Em vez de levar seu filho a esses parques, leve-o a um parque ou praça pública. E que ele leve alguns de seus brinquedos para partilhar com as crianças que lá estejam.
Teremos adultos melhores e um país melhor."
VALTER CHAVES (São Paulo, SP)

Paulo Renato
"Parabenizo a Folha pela reportagem "Paulo Renato submete artigo a banco" (Brasil, 10/10).
O teor do texto é grave e faz com que o nosso imaginário se pergunte: o presidente do Bradesco é revisor de texto? Claro que não. O Bradesco tem interesse na compra do Besc? Claro que sim. O Bradesco tem interesse que o Banco do Brasil fique com o Besc? Claro que não.
O que o senhor Paulo Renato fez coloca em dúvida a clareza e a lisura das privatizações dos bancos estaduais, do Proer e da liqüidação de alguns bancos privados quando o partido do senhor Paulo Renato, o PSDB, foi governo."
HÉLIO TOMAZ DE AQUINO (São Paulo, SP)

Escolas de medicina
"Em relação ao artigo de Raul Cutait de 11/10 ("Até que enfim!'), informo que há mais de 30 anos publicamos artigos em jornais locais e no jornal da Associação Médica Brasileira sugerindo a não-autorização de abertura de novas faculdades de medicina e a fiscalização e até o fechamento de faculdades que funcionavam em precárias condições. Passaram-se mais de 30 anos e nada foi feito. Ou melhor, ocorreu uma pletora de faculdades de medicina.
Somos, em muitos locais do Brasil, um médico para 200 habitantes, quando a ONU estabelece como índice ideal um médico por mil habitantes. O que falta neste pais é a prevenção e a profilaxia. Volta a pergunta: de quem é a culpa? Da AMB, do CRM ou do MEC?"
ALVACI FOCHI, médico (Poloni, SP)

Infraero
"Em relação ao texto "Infraero tem desvio anual de R$ 100 mi, segundo auditoria" (Brasil, 10/10), cabem alguns esclarecimentos.
1 - O contrato entre a Infraero e a FS3 Comunicação foi perfeitamente regular e obedeceu a todos os parâmetros legais, uma vez que a dispensa de licitação se deu em razão de não haver programa similar no mercado.
2 - O contrato foi firmado para o desenvolvimento de uma solução tecnológica para o gerenciamento dos pontos de publicidade em 65 aeroportos administrados pela Infraero. Na vigência do contrato, a FS3 realizou todo o trabalho necessário para que o programa pudesse entrar em funcionamento, visitando todos os 65 aeroportos.
3 - Antes da contratação, estimava-se que a Infraero dispusesse de 2,8 mil pontos de publicidade. Após o levantamento da FS3, constatou-se que os pontos explorados pelas concessionárias nos aeroportos brasileiros superavam os 5,5 mil.
Por isso aponta-se um potencial de aumento da receita de vendas de espaços publicitários.
4 - O programa desenvolvido aumentaria consideravelmente a arrecadação da Infraero com os espaços publicitários nos aeroportos, uma vez que esse controle, à época, apresentava uma série de deficiências.
5 - A FS3 também realizou treinamento com toda a gerência comercial da Infraero para a operação do sistema. Tudo o que a empresa se comprometeu a fazer foi feito dentro do prazo. O sistema Advantage v.2 não está sendo usado pela Infraero porque sua licença de uso expirou e o contrato foi suspenso."
MAURÍCIO KHALIL REIS, Original 123 Comunicações, assessoria de imprensa da FS3 (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Marta Salomon - O desvio de R$ 100 milhões apontado pela Controladoria Geral da União deve-se à falta de controle sobre a comercialização de espaços publicitários nos aeroportos. Em relação ao contrato com a FS3, ao contrário do que afirma a empresa, a auditoria da CGU concluiu que a contratação foi irregular e, por causa disso, mandou demitir seis dirigentes da Infraero por ato de improbidade administrativa.

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