São Paulo, terça-feira, 13 de outubro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Terra
"Na entrevista com João Pedro Stedile ("Stedile chama Lula de "mal informado", Brasil, ontem), a Folha referiu-se ao que ocorreu na fazenda Santo Henrique como "vandalismo" -com aspas.
O que precisaria ter ocorrido para o jornal eliminar as aspas? É nesse ambiente de cumplicidade que sobrevive o MST, que, como as quadrilhas de traficantes, detém parcelas do território nacional sob as "leis" (aí, sim, com aspas) de sua ditadura comuno-fascista, "escravizando" consideráveis contingentes da população.
A diferença é que os traficantes não têm financiamento público."
ADRIANO VIEIRA NEVES (Leme, SP)

 

"O Brasil precisa não somente de Olimpíada mas também de distribuição de renda, de reforma agrária e diminuir a paranoia inculcada pelos latifundiários e pela mídia contra o MST. Não há país que evolua sem uma digna distribuição de renda e de terras e sem a contenção da discriminação social, como no caso do MST. Um país de dimensões continentais como o Brasil não pode ter as suas terras nas mãos de meia dúzia de latifundiários.
A distribuição de renda começa pelo campo. Não podemos ter hordas de privilegiados gananciosos que, além das terras, detêm o poder neste país."
FRANCISCO PAIVA (Niterói, RJ)

 

"O MST é alimentado pelo Bolsa Família e pela cesta básica. Por isso, a desculpa de derrubar pés de laranja para plantar feijão não passa de troça. Muitos invasores não sabem nem sequer manejar uma enxada.
O mesmo governo que alimenta o MST não libera recursos ao Exército, que é obrigado a dispensar seus recrutas por não poder alimentá-los a semana toda. Que governo é esse que libera dinheiro a movimentos baderneiros e não cuida dos homens que amanhã farão a segurança do país? Dois pesos e duas medidas?"
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

 

"Fico indignado de ver a pressão das elites brasileiras contra o MST e me pergunto: por que não se faz também a CPI do Agrocrime?
Sim, agrocrime, porque o agronegócio é criminoso desde a hora em que a terra é conseguida, sem contar os efeitos sociais e ambientais devastadores. Tudo para que um punhado de gente ganhe alguns milhões enquanto o resto dos brasileiros passa fome. E pior, muitos desses são empresas estrangeiras.
O Censo já nos mostrou que o caminho da prosperidade é a agricultura familiar, mas o nosso triste presidente só tem olhos para os agrocriminosos.
Quando se derruba um pedaço da floresta amazônica para plantar soja ou criar gado, se perdem bilhões de dólares em produtos alimentícios, farmacêuticos e de beleza, que, para serem explorados, não precisam que seja derrubada nenhuma árvore."
OTTO CABRAL MENDES FILHO (Jaboatão dos Guararapes, PE)

 

"Nunca vi tanto cinismo e "cara de pau" como a do senhor Lula. Ele declarou que o MST cometeu atos de vandalismo e disse que não pode concordar com a destruição de máquinas e de mais de 7.000 árvores frutíferas.
Quem acredita? Todos sabem que isso é o resultado do apoio e do dinheiro que o presidente Lula repassa ao MST. Não existe causa sem efeito nem efeito sem causa."
MARIO ANTIQUEIRA ROCHA (São José dos Campos, SP)

Olimpíada
"Sobre a escolha do Rio de Janeiro para ser a sede da Olimpíada de 2016, penso que, a despeito das posições conflitantes de leitores -que manifestaram a sua alegria ou o seu descontentamento pela escolha da cidade-, o que realmente fica, como resultado indiscutível, é que essa escolha trará inquestionáveis benefícios para o Rio -e para o Brasil.
Se sediar uma Olimpíada não fosse um grande negócio, tanto para a cidade sede como para o país, Obama, Zapatero, Juan Carlos e Hatoyama não teriam colocado o seu prestígio e o seu esforço pessoal para conseguir o que acabou vindo para o Rio."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Minas e Energia
"Em relação à reportagem "Oposição cobra apuração em ministério" (Brasil, ontem), esclareço que, procurado pela reportagem, afirmei que, de fato, o Senado não poderia abrir processo no Conselho de Ética da Casa porque o ministro Edison Lobão está licenciado e os seus atos -se for o caso- devem ser julgados pela comissão de ética do Poder Executivo.
Esclareço também que falei "em tese" -não opinei sobre terem sido cometidos-sobre a configuração dos delitos que podem envolver a pessoa do ministro mencionado, bem como qualquer outra em idêntica situação. E defendi a investigação pelos órgãos competentes, o que me parece já ocorrer.
Esclareço, por oportuno, que solicitar audiência é ato corriqueiro entre parlamentares e ministros quando em defesa dos interesses de seus eleitores, tendo eu mesmo solicitado muitas -inclusive uma ao ministro Lobão- para que atendesse o secretário da Fazenda do meu Estado a fim de solucionar grave crise ético-financeira que envolve a empresa Centrais Elétricas de Goiás SA (Celg).
Esclareço, por fim, que o que devem ser apuradas são as relações madrastas decorrentes do tráfico de influência e das atitudes imorais e criminosas."
DEMÓSTENES TORRES , senador DEM-GO (Brasília, DF)

Clima
"O senhor José Carlos de Azevedo ("Nem ele acredita", "Tendências/Debates", ontem), apesar de ser um doutor formado por uma respeitada instituição e já ter sido reitor da UnB, demonstra desrespeito a outras áreas do conhecimento (que não são sua especialidade, diga-se de passagem).
Ele desqualifica as previsões dos modelos climáticos e cita em seu lugar escritos de Platão (!). As altas concentrações de CO2 do passado, citadas por ele como muito mais altas que a atual, são referentes a um tempo em que o clima na Terra era outro também.
A ciência e o planeta lucrariam mais se as paixões fossem deixadas de lado nessa discussão."
MARCELO ZERI , pesquisador associado no Energy Biosciences Institute da Universidade de Illinois (Urbana, Illinois, EUA)

 

"Parabéns ao ex-reitor da Universidade de Brasília pelo seu artigo de ontem, no qual levanta dúvidas legítimas em relação às conclusões do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) sobre a relação entre clima e emissão de gases ditos de "efeito estufa" e sobre a histeria midiática em relação a um problema que provavelmente não existe.
Existe sim grande quantidade de trabalhos científicos muito sérios e consistentes, publicados em revistas especializadas, que contradizem frontalmente as teses do IPCC. Mas esses trabalhos não são nem lembrados pelos governos, ONGs e meios de comunicação, obcecados que estão pelas conclusões do IPCC.
Como mostrou o doutor Azevedo, nem o IPCC acredita no que dizem que ele disse."
JAIME FREJLICH , laboratório de óptica da Unicamp (Campinas, SP)

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