São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Educação
"Como se não bastasse os professores ficarem em greve por um mês, agora vem o Estado e, por pura falta de planejamento, aprova as crianças no estilo "você quer mudar de série?" ("SP muda aluno de série durante o ano letivo", Cotidiano, ontem). Deveria haver essa "categoria" para o governo também: "Vamos antecipar o término do seu mandato?".
Se não é piada, é a pá de cal na educação."
BENTO DE BARROS NETO (São Paulo, SP)

Lá e aqui
"Dispenso as tortuosas ilações e afirmações pseudocientíficas que o Vaticano quer agora, sob pressão, impingir sobre a sociedade ("Homossexualidade leva à pedofilia, diz igreja", Mundo, ontem).
Para mim, basta que se entreguem à polícia e à Justiça comum os abusadores sexuais, acobertados pela igreja há décadas e décadas.
E ficamos assim: eles lá, com suas elucubrações sobre "pedofilia, homossexualismo e celibato"; eu aqui, à espera de que ajam como homens e mandem os criminosos à cadeia."
RICARDO VESPUCCI (São Paulo, SP)

 

"O que eu imaginava, como leigo em psiquiatria, foi corroborado por peritos do Vaticano: a pedofilia não está ligada ao celibato, e sim ao homossexualismo. Digamos que a perversão da pedofilia é um subproduto das práticas homossexuais. A igreja sempre ensinou que o correto é a relação heterossexual."
EDSON LUIZ SAMPEL (São Paulo, SP)

 

"A astúcia da igreja é impressionante. Ao dizer que a orientação à homossexualidade é o que provoca a pedofilia, está chamando os homossexuais de pedófilos. Ao mesmo tempo, oculta o vínculo entre o celibato e a homossexualidade.
O papa, autointitulado herdeiro de Pedro (que era casado!), mostra que, além da falta de humildade para reconhecer a origem desse mal, não tem conhecimento das Escrituras nesse aspecto, tão claramente exposto por Jesus Cristo e pelo apóstolo são Paulo."
SÉRGIO EDUARDO MAURER (São Paulo, SP)

 

"Seria bom haver um estudo que comparasse a porcentagem de pedófilos entre homossexuais assumidos com a encontrada entre religiosos homossexuais "celibatários".
Imagino que a incidência no segundo grupo seria maior, pois o problema não é a orientação sexual dos sacerdotes, e sim a imposição obrigatória do celibato a pessoas que podem ter vocação para ser padre, mas não para o celibato.
Sou católico e lamento que a igreja se furte a tal discussão.
São Pedro era casado (há referência na Bíblia à "sogra de Pedro") e foi um grande papa."
CARLOS FREDERICO RAMOS DE JESUS (São Paulo, SP)

"Lei Maluf"
"Em relação ao artigo em que o deputado Paulo Maluf defende o seu projeto de "Lei da Mordaça" aos membros do Ministério Público ("Promotores têm medo da Justiça?", "Tendências/Debates", ontem), espanto-me que tenha sido dado tamanho espaço ao deputado para defender interesse próprio.
Se não fosse a investigação do Ministério Público, a sociedade nem sequer confirmaria a suspeita sobre a existência de contas do deputado no exterior e jamais haveria a repatriação desse dinheiro, como está acontecendo.
Quem não tem medo da Justiça (e do Ministério Público) nem sequer se lembra de mexer com esse assunto. O deputado aproveitou-se de seu mandato para legislar em causa própria e de outros que navegaram por anos no tranquilo mar da impunidade. O Ministério Público vem atuando desde antes da Constituição de 1988 para que esse círculo vicioso da impunidade seja quebrado, e isso incomoda."
PATRICIA MORAES AUDE, promotora de Justiça (São Paulo, SP)

 

"Somente um político que presta conta de seus atos pode criar um projeto de lei como este. Não basta acusar, tem que provar.
Qual é a função do Ministério Público? Seria ele um quarto poder?
Querer que a lei seja aplicada e que seja responsabilizado quem acusa levianamente não significa vingança, e sim o nosso exercício de cidadania."
TANIA SOUZA (São Paulo, SP)

 

"O articulista Marcos Nobre, em seu artigo de ontem ("Nem bandido nem mocinho'), segue as lições de Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Não discute o mérito da lei, mas quer desqualificar o seu autor. Seu artigo não merece o espaço que democrática e imparcialmente a Folha lhe proporciona."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

RioCentro
"Em entrevista à Globo News, o general Newton Cruz, ex-chefe do SNI, fez declarações graves: sabia do atentado no RioCentro, em 1981; conhecia a célula terrorista de direita vinculada ao DOI do Primeiro Exército; foi ao encontro deles, no Leme, para que não cometessem outro atentado. E agora? Tamanha barbaridade não ocorrida apenas por acidente ficará impune?
Cadê os militares, a Justiça e a mídia ética?"
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

Universal
"Como cristão, repudio firmemente o uso e a exploração da fé como meio de acumulação de riquezas terrenas.
Como cidadão, lamento a inexplicável omissão do Ministério Público, cuja estranha anomia em agir contra os vários desmandos da Igreja Universal deixa esses mercadores da fé impunes por causa de uma interpretação preguiçosa e confortável da Constituição.
De que têm medo o Ministério Público e seus promotores?"
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Medicamento
"Fiquei estarrecido com a coluna "Poderosa", escrita pelo ilustre Ruy Castro (Opinião, 10/4). Não entrarei em seus méritos literários, que são indiscutíveis. E, sendo seu leitor fiel (de livros e colunas), sinto-me no dever de fazer algumas observações.
1. Sua amiga, que certamente é qualificada pelo seu mestrado na Sorbonne e também muito responsável para o cargo que ocupa, certamente não foi responsável ao usar um medicamento prescrito para outra pessoa sem qualquer orientação médica.
2. A forma como o autor comenta o diagnóstico de TDAH, em tom irônico e sem conhecimento de causa, é irresponsável e pode gerar confusão aos pais, professores (geralmente os mais atentos e que diagnosticam com maior frequência o TDAH) e colegas pediatras.
3. Finalmente, mas não menos importante, ao classificar num mesmo grupo a ritalina e a cocaína (droga que tantos danos à saúde e à sociedade tem causado), banaliza a primeira como medicamento e a segunda como doença social."
CLÁUDIO MANOEL BRITO, mestre em neurologia pela UFF (Barra Mansa, RJ)

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