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Educação
"Como se não bastasse os professores ficarem em greve por um mês,
agora vem o Estado e, por pura falta
de planejamento, aprova as crianças no estilo "você quer mudar de
série?" ("SP muda aluno de série
durante o ano letivo", Cotidiano, ontem). Deveria haver essa "categoria" para o governo também: "Vamos antecipar o término do seu
mandato?".
Se não é piada, é a pá de cal na
educação."
BENTO DE BARROS NETO (São Paulo, SP)
Lá e aqui
"Dispenso as tortuosas ilações e
afirmações pseudocientíficas que o
Vaticano quer agora, sob pressão,
impingir sobre a sociedade ("Homossexualidade leva à pedofilia, diz
igreja", Mundo, ontem).
Para mim, basta que se entreguem à polícia e à Justiça comum
os abusadores sexuais, acobertados
pela igreja há décadas e décadas.
E ficamos assim: eles lá, com suas
elucubrações sobre "pedofilia, homossexualismo e celibato"; eu aqui,
à espera de que ajam como homens
e mandem os criminosos à cadeia."
RICARDO VESPUCCI (São Paulo, SP)
"O que eu imaginava, como leigo
em psiquiatria, foi corroborado por
peritos do Vaticano: a pedofilia não
está ligada ao celibato, e sim ao homossexualismo. Digamos que a
perversão da pedofilia é um subproduto das práticas homossexuais. A
igreja sempre ensinou que o correto
é a relação heterossexual."
EDSON LUIZ SAMPEL (São Paulo, SP)
"A astúcia da igreja é impressionante. Ao dizer que a orientação à
homossexualidade é o que provoca
a pedofilia, está chamando os homossexuais de pedófilos. Ao mesmo tempo, oculta o vínculo entre o
celibato e a homossexualidade.
O papa, autointitulado herdeiro
de Pedro (que era casado!), mostra
que, além da falta de humildade para reconhecer a origem desse mal,
não tem conhecimento das Escrituras nesse aspecto, tão claramente
exposto por Jesus Cristo e pelo
apóstolo são Paulo."
SÉRGIO EDUARDO MAURER (São Paulo, SP)
"Seria bom haver um estudo que
comparasse a porcentagem de pedófilos entre homossexuais assumidos com a encontrada entre religiosos homossexuais "celibatários".
Imagino que a incidência no segundo grupo seria maior, pois o problema não é a orientação sexual dos sacerdotes, e sim a imposição obrigatória do celibato a pessoas que podem ter vocação para ser padre,
mas não para o celibato.
Sou católico e lamento que a igreja se furte a tal discussão.
São Pedro era casado (há referência na Bíblia à "sogra de Pedro") e foi
um grande papa."
CARLOS FREDERICO RAMOS DE JESUS (São Paulo, SP)
"Lei Maluf"
"Em relação ao artigo em que o
deputado Paulo Maluf defende o
seu projeto de "Lei da Mordaça" aos
membros do Ministério Público
("Promotores têm medo da Justiça?", "Tendências/Debates", ontem),
espanto-me que tenha sido dado tamanho espaço ao deputado para defender interesse próprio.
Se não fosse a investigação do Ministério Público, a sociedade nem
sequer confirmaria a suspeita sobre
a existência de contas do deputado
no exterior e jamais haveria a repatriação desse dinheiro, como está
acontecendo.
Quem não tem medo da Justiça
(e do Ministério Público) nem sequer se lembra de mexer com esse
assunto. O deputado aproveitou-se
de seu mandato para legislar em
causa própria e de outros que navegaram por anos no tranquilo mar da
impunidade. O Ministério Público
vem atuando desde antes da Constituição de 1988 para que esse círculo vicioso da impunidade seja quebrado, e isso incomoda."
PATRICIA MORAES AUDE, promotora de Justiça (São Paulo, SP)
"Somente um político que presta
conta de seus atos pode criar um
projeto de lei como este. Não basta
acusar, tem que provar.
Qual é a função do Ministério Público? Seria ele um quarto poder?
Querer que a lei seja aplicada e
que seja responsabilizado quem
acusa levianamente não significa
vingança, e sim o nosso exercício de
cidadania."
TANIA SOUZA (São Paulo, SP)
"O articulista Marcos Nobre, em
seu artigo de ontem ("Nem bandido
nem mocinho'), segue as lições de
Goebbels, ministro da propaganda
de Hitler. Não discute o mérito da
lei, mas quer desqualificar o seu autor. Seu artigo não merece o espaço
que democrática e imparcialmente
a Folha lhe proporciona."
ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)
RioCentro
"Em entrevista à Globo News, o
general Newton Cruz, ex-chefe do
SNI, fez declarações graves: sabia
do atentado no RioCentro, em 1981;
conhecia a célula terrorista de direita vinculada ao DOI do Primeiro
Exército; foi ao encontro deles, no
Leme, para que não cometessem
outro atentado. E agora? Tamanha
barbaridade não ocorrida apenas
por acidente ficará impune?
Cadê os militares, a Justiça e a
mídia ética?"
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)
Universal
"Como cristão, repudio firmemente o uso e a exploração da fé como meio de acumulação de riquezas terrenas.
Como cidadão, lamento a inexplicável omissão do Ministério Público, cuja estranha anomia em agir
contra os vários desmandos da
Igreja Universal deixa esses mercadores da fé impunes por causa de
uma interpretação preguiçosa e
confortável da Constituição.
De que têm medo o Ministério
Público e seus promotores?"
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)
Medicamento
"Fiquei estarrecido com a coluna
"Poderosa", escrita pelo ilustre Ruy
Castro (Opinião, 10/4).
Não entrarei em seus méritos literários, que são indiscutíveis. E,
sendo seu leitor fiel (de livros e colunas), sinto-me no dever de fazer
algumas observações.
1. Sua amiga, que certamente é
qualificada pelo seu mestrado na
Sorbonne e também muito responsável para o cargo que ocupa, certamente não foi responsável ao usar
um medicamento prescrito para
outra pessoa sem qualquer orientação médica.
2. A forma como o autor comenta
o diagnóstico de TDAH, em tom
irônico e sem conhecimento de
causa, é irresponsável e pode gerar
confusão aos pais, professores (geralmente os mais atentos e que
diagnosticam com maior frequência o TDAH) e colegas pediatras.
3. Finalmente, mas não menos
importante, ao classificar num
mesmo grupo a ritalina e a cocaína
(droga que tantos danos à saúde e à
sociedade tem causado), banaliza a
primeira como medicamento e a
segunda como doença social."
CLÁUDIO MANOEL BRITO, mestre em neurologia pela UFF (Barra Mansa, RJ)
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