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Reforma no Senado
"Foi estarrecedor e patético o relatório da FGV sobre a reestruturação no Senado ("Senado deve cortar
diretorias sem reduzir salários, diz
FGV", Brasil, ontem).
Parece que os consultores da
FGV nunca trabalharam em empresas privadas, porque chegar à
conclusão de reduzir as diretorias
pela simples alteração da nomenclatura dos cargos me parece coisa
de amadores e burocratas.
Cadê a curva salarial de comparação com o mercado? Cadê as metas
e os resultados que deverão ser
atingidos? Recomendaram um sistema tradicional de avaliação de
desempenho, mas quem serão os
avaliadores? Os parentes, apadrinhados e toda a turma?
Sou favorável à implantação da
meritocracia em todos os órgãos
públicos.
E, por último, cadê a licitação? A
FGV não cobrou pelo trabalho?"
LUIZ MOURA , consultor (Rio de Janeiro, RJ)
Papa em Israel
"Paroxismo paranoico é como se
pode classificar a reação dos religiosos e da mídia israelense diante do
comportamento do papa ("Israelenses criticam "frieza" de Bento 16",
Mundo, ontem). Queriam que ele
clamasse aos céus pelos trágico
acontecimento e rolasse no chão
pelos remorsos e pelas dores?
O papa é antes de tudo um ser humano estruturado por uma educação e formação fortemente controlada. E o Holocausto é uma chaga de
toda a humanidade, não é patrimônio do povo judeu.
Não há razão para tratar esse povo que usufrui de todas as benesses
de um modo particular, permissivo,
permitindo-lhe atirar quantas pedras quiser e como quiser.
Sou judia."
CATHALINA KUPPER (São Paulo, SP)
Lista fechada
"Apenas para esclarecer os indignados leitores e até alguns jornalistas: o voto em lista já existe. E na sua pior forma.
Os donos das legendas, geralmente "de aluguel", escolhem os
candidatos fracos e médios, com
poucas chances de votos, que ajudarão a eleger aqueles caciques, donos
das legendas, que serão eleitos com
o aval do financiamento privado de
campanha.
Os caciques escolhem os candidatos sem se importarem com as
suas qualidades morais ou intelectuais. Basta que ajudem a somar votos para a legenda.
Essa é a situação atual. E que não
mudará a curto prazo, uma vez que
os autores da "reforma política" serão os seus beneficiários."
ANTONIO CALIXTO (Ribeirão Preto, SP)
"Sempre que estoura um escândalo de proporção maior do que os
usuais, o Congresso tenta jogar uma
cortina de fumaça na opinião pública, lançando mão da votação da reforma política, a mãe de todas as reformas. Desta vez é a mesma coisa.
Porém, supondo que haja um
fundo de sinceridade na vontade de
mudança, essa reforma, do modo
como foi proposta, seria um retrocesso para a democracia brasileira.
A proposta de financiamento público de campanha é um absurdo,
pois, num país com tantas carências
em áreas essenciais, usar dinheiro
público em campanhas políticas é
imoral -além disso, não acabará
com o caixa dois.
Quanto à lista fechada, perpetuar
as oligarquias coronelistas e as velhas lideranças carcomidas, que
têm medo de passar pelo crivo das
eleições de quatro em quatro anos."
SERGIO TANNURI (São Caetano do Sul, SP)
General
"É fácil ser um general, pois o Estado brasileiro lhe dá a certeza de
que na sua mesa não faltará o pão e
que a sua integridade física está
protegida pelas paredes dos quartéis ("General responsável pelo ensino no Exército exalta golpe de 64
e ironiza cotas", Brasil, 12/5).
Difícil é ser cidadão comum, à
mercê das incertezas e das crises
econômicas e morais que assolam o
mundo dos mortais. Difícil é ser
trabalhador de verdade. Difícil é tomar o ônibus lotado de madrugada
para ir ao trabalho. Difícil é não ter
certeza se vai ou não ter a próxima
refeição.
Difícil mesmo é viver de verdade,
sendo assaltado na rua e insultado
no jornal com uma apologia à vergonha nacional que foi o golpe de
64. Com respeito, digo que a "lepra
ideológica" parece ter afetado apenas uma pessoa.
Reservo-me o direito de não discutir aqui as cotas sociais, tão repudiadas pelo general.
O mundo sabe que um golpe militar é sempre um retrocesso. É lamentável que alguém com essas
ideias seja responsável pelo ensino
no Exército Brasileiro."
RENILDO MIRANDA DE OLIVEIRA (Americana, SP)
São Paulo
"O texto "Serra não cumpre 40%
de suas metas" (Cotidiano, 13/5)
foi mal feito. Para começar, não
compreendeu o Plano Plurianual
2008-2011 e seu desenvolvimento.
Em seu primeiro ano, o índice
médio de cumprimento de metas
do PPA atingiu 80,4%, número que
a Folha omitiu em seu texto da
Primeira Página de ontem, todo
ele dedicado a ressaltar o suposto
desempenho negativo do governo e
do governador.
Mas o nosso cálculo, universalmente adotado, e que a própria empresa Folha deve adotar na sua gestão administrativa, considerou o
real cumprimento de cada uma das
metas do PPA, de 0 a 100%.
A reportagem, apesar de alertada,
cometeu o erro primário de só considerar o que atingiu 100% e o que
não atingiu. Com isso, sintetizou
um dado falso e negativo. Montou
uma grave injustiça contra o governo de São Paulo e desinformou os
seus leitores.
Exemplos? No Programa de Merenda Escolar, a meta era capacitar
4.000 profissionais no ano passado.
Foram capacitados 3.997. Para a
Folha essa é uma meta não cumprida! Para o governo, e para quem
tem bom senso, a meta foi atingida
em 99,99%. Na Saúde, um dos objetivos era distribuir remédios de alta
complexidade para 3.410.000 pacientes. Foram 3.251.000 os atendidos. Para a Folha, isso equivaleu a
zero. Para todos aqueles que usufruíram desse benefício, a meta foi
atingida em 95%. Estas são apenas
duas de um conjunto de mais de
800 ações do PPA 2008-2011.
Como bem registrou o jornal, nas
palavras do governador José Serra,
a quem não foi dado conhecimento
das teses da reportagem, querer
avaliar uma administração sem
olhar o conjunto de suas realizações é prender-se ao varejo e errar.
Finalmente, cabe registrar que a
Folha procurou o governo para ouvi-lo sobre o assunto complexo e
vasto do PPA somente na tarde da
terça-feira pouco antes de seu fechamento, não aceitando as ponderações de que deveria dar mais tempo para obter respostas mais precisas e detalhadas."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do
governo de São Paulo (São paulo, SP)
Resposta dos jornalistas Rogério Pagnan, Fábio Takahashi e
Marcio Pinho - A Folha não se
limitou a computar qual meta
foi ou não atingida. Logo no início da reportagem, ressalta que,
individualmente, 72,5% delas
tiveram cumprimento superior
a 80%. Também registrou a
"média ponderada" utilizada
pelo governo, além de todas as
considerações oficiais. O missivista cita dois exemplos em que
o resultado da ação ficou muito
próximo da meta. Há, porém,
vários outros em que o resultado ficou muito longe, como no
caso da urbanização da Favela
Pantanal (11%) e da abertura de
vagas em presídios (28,5%).
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