São Paulo, quinta-feira, 14 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Reforma no Senado
"Foi estarrecedor e patético o relatório da FGV sobre a reestruturação no Senado ("Senado deve cortar diretorias sem reduzir salários, diz FGV", Brasil, ontem).
Parece que os consultores da FGV nunca trabalharam em empresas privadas, porque chegar à conclusão de reduzir as diretorias pela simples alteração da nomenclatura dos cargos me parece coisa de amadores e burocratas.
Cadê a curva salarial de comparação com o mercado? Cadê as metas e os resultados que deverão ser atingidos? Recomendaram um sistema tradicional de avaliação de desempenho, mas quem serão os avaliadores? Os parentes, apadrinhados e toda a turma?
Sou favorável à implantação da meritocracia em todos os órgãos públicos.
E, por último, cadê a licitação? A FGV não cobrou pelo trabalho?"
LUIZ MOURA , consultor (Rio de Janeiro, RJ)

Papa em Israel
"Paroxismo paranoico é como se pode classificar a reação dos religiosos e da mídia israelense diante do comportamento do papa ("Israelenses criticam "frieza" de Bento 16", Mundo, ontem). Queriam que ele clamasse aos céus pelos trágico acontecimento e rolasse no chão pelos remorsos e pelas dores?
O papa é antes de tudo um ser humano estruturado por uma educação e formação fortemente controlada. E o Holocausto é uma chaga de toda a humanidade, não é patrimônio do povo judeu.
Não há razão para tratar esse povo que usufrui de todas as benesses de um modo particular, permissivo, permitindo-lhe atirar quantas pedras quiser e como quiser.
Sou judia."
CATHALINA KUPPER (São Paulo, SP)

Lista fechada
"Apenas para esclarecer os indignados leitores e até alguns jornalistas: o voto em lista já existe. E na sua pior forma.
Os donos das legendas, geralmente "de aluguel", escolhem os candidatos fracos e médios, com poucas chances de votos, que ajudarão a eleger aqueles caciques, donos das legendas, que serão eleitos com o aval do financiamento privado de campanha.
Os caciques escolhem os candidatos sem se importarem com as suas qualidades morais ou intelectuais. Basta que ajudem a somar votos para a legenda.
Essa é a situação atual. E que não mudará a curto prazo, uma vez que os autores da "reforma política" serão os seus beneficiários."
ANTONIO CALIXTO (Ribeirão Preto, SP)

 

"Sempre que estoura um escândalo de proporção maior do que os usuais, o Congresso tenta jogar uma cortina de fumaça na opinião pública, lançando mão da votação da reforma política, a mãe de todas as reformas. Desta vez é a mesma coisa.
Porém, supondo que haja um fundo de sinceridade na vontade de mudança, essa reforma, do modo como foi proposta, seria um retrocesso para a democracia brasileira.
A proposta de financiamento público de campanha é um absurdo, pois, num país com tantas carências em áreas essenciais, usar dinheiro público em campanhas políticas é imoral -além disso, não acabará com o caixa dois.
Quanto à lista fechada, perpetuar as oligarquias coronelistas e as velhas lideranças carcomidas, que têm medo de passar pelo crivo das eleições de quatro em quatro anos."
SERGIO TANNURI (São Caetano do Sul, SP)

General
"É fácil ser um general, pois o Estado brasileiro lhe dá a certeza de que na sua mesa não faltará o pão e que a sua integridade física está protegida pelas paredes dos quartéis ("General responsável pelo ensino no Exército exalta golpe de 64 e ironiza cotas", Brasil, 12/5).
Difícil é ser cidadão comum, à mercê das incertezas e das crises econômicas e morais que assolam o mundo dos mortais. Difícil é ser trabalhador de verdade. Difícil é tomar o ônibus lotado de madrugada para ir ao trabalho. Difícil é não ter certeza se vai ou não ter a próxima refeição.
Difícil mesmo é viver de verdade, sendo assaltado na rua e insultado no jornal com uma apologia à vergonha nacional que foi o golpe de 64. Com respeito, digo que a "lepra ideológica" parece ter afetado apenas uma pessoa.
Reservo-me o direito de não discutir aqui as cotas sociais, tão repudiadas pelo general. O mundo sabe que um golpe militar é sempre um retrocesso. É lamentável que alguém com essas ideias seja responsável pelo ensino no Exército Brasileiro."
RENILDO MIRANDA DE OLIVEIRA (Americana, SP)

São Paulo
"O texto "Serra não cumpre 40% de suas metas" (Cotidiano, 13/5) foi mal feito. Para começar, não compreendeu o Plano Plurianual 2008-2011 e seu desenvolvimento.
Em seu primeiro ano, o índice médio de cumprimento de metas do PPA atingiu 80,4%, número que a Folha omitiu em seu texto da Primeira Página de ontem, todo ele dedicado a ressaltar o suposto desempenho negativo do governo e do governador.
Mas o nosso cálculo, universalmente adotado, e que a própria empresa Folha deve adotar na sua gestão administrativa, considerou o real cumprimento de cada uma das metas do PPA, de 0 a 100%.
A reportagem, apesar de alertada, cometeu o erro primário de só considerar o que atingiu 100% e o que não atingiu. Com isso, sintetizou um dado falso e negativo. Montou uma grave injustiça contra o governo de São Paulo e desinformou os seus leitores.
Exemplos? No Programa de Merenda Escolar, a meta era capacitar 4.000 profissionais no ano passado. Foram capacitados 3.997. Para a Folha essa é uma meta não cumprida! Para o governo, e para quem tem bom senso, a meta foi atingida em 99,99%. Na Saúde, um dos objetivos era distribuir remédios de alta complexidade para 3.410.000 pacientes. Foram 3.251.000 os atendidos. Para a Folha, isso equivaleu a zero. Para todos aqueles que usufruíram desse benefício, a meta foi atingida em 95%. Estas são apenas duas de um conjunto de mais de 800 ações do PPA 2008-2011.
Como bem registrou o jornal, nas palavras do governador José Serra, a quem não foi dado conhecimento das teses da reportagem, querer avaliar uma administração sem olhar o conjunto de suas realizações é prender-se ao varejo e errar.
Finalmente, cabe registrar que a Folha procurou o governo para ouvi-lo sobre o assunto complexo e vasto do PPA somente na tarde da terça-feira pouco antes de seu fechamento, não aceitando as ponderações de que deveria dar mais tempo para obter respostas mais precisas e detalhadas."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do governo de São Paulo (São paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Rogério Pagnan, Fábio Takahashi e Marcio Pinho - A Folha não se limitou a computar qual meta foi ou não atingida. Logo no início da reportagem, ressalta que, individualmente, 72,5% delas tiveram cumprimento superior a 80%. Também registrou a "média ponderada" utilizada pelo governo, além de todas as considerações oficiais. O missivista cita dois exemplos em que o resultado da ação ficou muito próximo da meta. Há, porém, vários outros em que o resultado ficou muito longe, como no caso da urbanização da Favela Pantanal (11%) e da abertura de vagas em presídios (28,5%).

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