São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Seleção "Ao longo de quase todos os 45 minutos do segundo tempo do jogo Brasil x Croácia, veio-me à mente as semelhanças e as diferenças entre a seleção brasileira e o governo brasileiro. A semelhança é que ambos frustraram totalmente nossas expectativas. Muito discurso ufanista e ação pífia. A diferença é que a seleção é uma só. Nossas alternativas são torcer ou torcer por ela. Já em relação ao nosso governo, é impossível que entre 180 milhões de brasileiros não haja alguém melhor que os atuais governantes." DÉCIO LUIZ GAZZONI (Londrina, PR) Ronaldo "Perguntar não ofende. O técnico Parreira, logo após o jogo contra a Croácia, anunciou que no próximo jogo, contra a Austrália, escalará o gordo Ronaldo. O Brasil inteiro viu hoje que ele não conseguia se mexer em campo nem se aproximar da bola. Quando o Robinho entrou, no segundo tempo, deu um novo ritmo à equipe do Brasil. Até que ponto o patrocinador da seleção (leia-se Nike) interfere na escalação do time?" MOACIR GADOTTI (São Paulo, SP) Pseudopatriotas "Ontem, sem surpresa nenhuma, esperava encontrar um Brasil verde e amarelo. E não me enganei, pois isso já vinha acontecendo -e ontem, com o jogo da seleção, ocorreu com maior intensidade. Eu fico indignado. Por que somos assim só durante a Copa e não em momentos de crise para podermos ajudar o nosso querido país a se erguer? Respondo: porque somos pseudopatriotas." GABRIEL CHUBASSI DE AVEIRO (Campinas, SP) Papai Noel "Fico com pena dos meus irmãos brasileiros do Norte e do Nordeste: mais uma vez estão sendo ludibriados por meio do Bolsa-Família. Antes era a indústria da seca, tão combatida e criticada pelo eterno candidato Lula e pela turminha do PT, que tinham solução para tudo. Na verdade, Lula e o seu PT não fizeram nada para resolver o problema -aliás, parece que esqueceram que lá ainda hoje se morre de sede. E agora encontraram um novo meio de enganar o humilde e esperançoso povo daquelas regiões com o famigerado Bolsa-Família. O Bolsa-Família não passa de esmola. O cidadão precisa de dignidade, ou seja, de trabalho, de educação, de saúde, de segurança, de transporte, de habitação, de cultura e de lazer. Coisas que o presidente Lula prometeu e não cumpriu. Na verdade, Lula está mais para Papai Noel dos pobres do que para presidente." JOEL S. DE FREITAS (São Paulo, SP) Simplicidade "Deliciosa a coluna de Rubem Alves no caderno Cotidiano de ontem (pág. C2). Distribuindo sabedoria, o mestre me emociona com sua simplicidade. Nestes tempos de total incompreensão em relação a tudo o que está acontecendo, é prazeroso ler um texto como esse, que faz faiscar a centelha na esperança de que há coisas boas nesta vida." JOSÉ REGINALDO TEIXEIRA (Carapicuíba, SP) Preto-e-branco "Normalmente, acho os comentários e análises do senhor João Sayad pertinentes e arrazoados. Por essa razão, a coluna de 12/6 ("Preto e branco", Opinião, pág. A2) surpreendeu-me. As dificuldades enfrentadas pelos negros no Brasil, o racismo velado e o explícito, as limitações históricas de oportunidades, a segregação em guetos, nada disso é ficção. A pobreza no Brasil tem cor bem real. Vivo em Salvador, uma cidade de maioria esmagadora de negros. Nos cursos concorridos da UFBA, os negros e os egressos de escola pública são exceções: pode-se ver muito mais brancos do que negros. Tudo isso não é ficção para quem vive no mundo real. E, enquanto as promessas de mais igualdade social não se concretizam, vivam as cotas!" TATIANA SILVA (Salvador, BA) Thomaz Bastos "A carta do senhor José Lourenço Cindra ("Painel do Leitor", 12/6) ilustra bem a confusão que faz o PT entre o que é governo e o que é partido quando assume o poder -seja em que esfera for. Anti-ético não é o ministro da Justiça pedir votos para o PT. Anti-ético é simplesmente ele pedir votos para qualquer agremiação partidária. Afinal, ele é um servidor público, e neste "público" estão contidos todos os partidos do país." ANTONIO LEITE (São Paulo, SP) Dicionário de teatro "Em relação ao chamado "Dicionário Brasileiro de Teatro", creio que o problema esteja no nome. Uma obra que assim se autodenomina, e tem essa ambição e pretensão, não pode ter as imensas falhas que tem. Como exemplo: ter todos os tipos de "Teatro do Negro", "Teatro da Dança" etc. e não ter o "Teatro da Mulher", sob o ponto de vista da mulher. Além das outras falhas já citadas." LEILAH ASSUMPÇÃO (São Paulo, SP) Metrô "Em relação à coluna do jornalista Elio Gaspari de 7/6, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo esclarece os seguintes pontos: Os bilhetes múltiplo de 10 e de dois do metrô tiveram queda constante após a estabilidade monetária. Como eram objetos de fraudes crescentes e tinham elevado custo de produção, foi determinada a sua retirada de circulação. Dados do Metrô indicam que a maioria da população está optando pelo Bilhete Único Integrado, que garante um desconto de R$ 2,20 por dia e permite fazer uma viagem de metrô ou de trem e três de ônibus num intervalo de duas horas ao custo de R$ 3. Diante da insistência de Elio Gaspari em comparar tarifas do metrô de São Paulo com as de Nova York (ele já havia feito isso em artigo publicado em 6/12/2005), esclareço que, com todos os descontos concedidos aos nova-iorquinos, a tarifa unitária média de lá é ainda 80% maior do que a de São Paulo. Com o Bilhete Único, a passagem é 20% mais barata em São Paulo do que a unitária do metrô de Nova York. Cabe lembrar que o metrô de São Paulo não recebe subsídio para custeio, enquanto o de Nova York recebe 30% de subsídios. Em São Paulo, idosos acima de 65 anos, pessoas com deficiência e desempregados por até três meses (mais de 10% do total de usuários) não pagam passagem no metrô e nos trens da CPTM. Estudantes e professores (outros 10%) pagam metade. Os cerca de 40% do total de usuários que pagam tarifa integral dispõem ainda da integração gratuita entre trem e metrô. São viagens sem limite de distância ou de tempo, interligando municípios da região metropolitana de São Paulo." VERA RODRIGUES , assessora de imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP) Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080 Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090 www.cliquefolha.com.br Ombudsman: 0800-15-9000 ombudsman@uol.com.br www.folha.com.br/ombudsman Texto Anterior: Sidney Beraldo: Educação, mentiras e videoteipe Próximo Texto: Erramos Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.