São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

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TENDÊNCIAS/DEBATES

InCor, instituição cada vez mais saudável

FÁBIO JATENE, JORGE KALIL e ERNEY CAMARGO


A força do InCor é tamanha que, mesmo nos momentos de maior aperto financeiro da fundação, o hospital nunca deixou de crescer na ciência


Por ser uma instituição de excelência reconhecida pelos brasileiros como um patrimônio que lhes pertence, é natural que o InCor (Instituto do Coração) esteja sempre sob o foco das atenções, principalmente da imprensa. Isso é louvável, já que a população tem o direito de ser corretamente informada sobre dados que, de resto, são apresentados publicamente pelo instituto.
As atuais administrações do InCor e de sua entidade de apoio, a Fundação Zerbini (FZ), com a transparência e o profissionalismo que lhes são característicos, vêm à publico com esse propósito de esclarecimento. Vamos aos fatos: além de continuar líder na ciência em cardiopneumologia no Brasil e na América Latina, o InCor tem feito, de forma consistente, investimentos na modernização de seu parque tecnológico.
Entre 2009 e 2010, mais de R$ 60 milhões dos governos federal e estadual foram investidos em equipamentos de última geração no hospital. Assim, nossos serviços de hemodinâmica, de cardiologia intervencionista, de medicina nuclear e de centro cirúrgico estão em patamares de primeira linha mundial.
O hospital prepara-se para inaugurar a primeira sala cirúrgica híbrida do Brasil, com recursos de cirurgia e de diagnóstico, e o mais moderno centro de operações de vias aéreas da América Latina.
Conquistamos também marcas importantes, como a de campeão brasileiro no transplante de coração e de pulmão. Nos próximos três anos, investimentos públicos modernizarão a infraestrutura das áreas de pesquisa, emergência e hemodinâmica do hospital. Contudo, já a partir de 2012, essa modernização começará a se intensificar, tendo em vista que a situação financeira da FZ está controlada.
Com singular capacidade de geração de recursos próprios, a fundação segue financeira e administrativamente saneada, cumprindo em dia todos os seus compromissos, sem recorrer a um centavo dos bancos. Sua dívida reduziu-se de R$ 336 milhões, em 2007, para atuais R$ 102 milhões.
Essa dívida, paga majoritariamente pela FZ, refere-se à construção de um patrimônio, o bloco 2, que é, de fato, do governo do Estado de São Paulo, ou seja, de toda a população. A força do InCor é tamanha que, mesmo nos momentos de maior aperto financeiro da fundação, entre 2005 e 2008, o hospital nunca deixou de crescer na ciência, mantendo a liderança da produção científica em sua especialidade.
Nessa área, o InCor não apenas continua líder como também qualificou melhor sua produção, crescendo em indicadores importantes.
Entre 2009 e 2010, a publicação do instituto em revistas indexadas internacionais saltou de 286 para 326 artigos. No mesmo período, as pesquisas em andamento aumentaram de 759 para 862 protocolos.
No ensino, os números refletem mudanças que privilegiam mais a qualidade do que a quantidade de alunos; a agilidade da estrutura de ensino à burocracia.
No atendimento, o instituto prepara-se para ajustar a demanda de seu ambulatório e do serviço de emergência à sua capacidade instalada, em diálogo com outros serviços de saúde do Estado e com o apoio da sua Secretaria da Saúde.
A meta não é crescer mais ainda nessa área, mas aprofundar seu papel de hospital universitário, com a missão de prestar atendimento de alta complexidade qualificado, sempre vinculado à pesquisa de excelência e ao ensino de qualidade.
Sua responsabilidade social é apontar as melhores diretrizes de tratamento em sua especialidade para as várias instâncias do sistema de saúde brasileiro, de maneira que toda a população, e não somente aquela que tem acesso ao InCor, possa ser beneficiada com o conhecimento de ponta.

FÁBIO JATENE é presidente do conselho diretor do InCor.
JORGE KALIL é presidente do conselho curador da Fundação Zerbini.
ERNEY CAMARGO é diretor-presidente da Fundação Zerbini.



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