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Prepare bem seu casamento
LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Estamos celebrando a semana nacional da família (8/8 a 15/8). Reuniões. Palestras. Dias de estudo. São
múltiplas as iniciativas das comunidades cristãs, procurando valorizar sempre mais a família, esse grande presente do amor de Deus à humanidade.
O núcleo do lar é a comunhão conjugal. Da doação total de amor entre o
homem e a mulher surge a experiência original de duas pessoas unidas, vivendo uma para a outra e abertas à sublime missão de transmitir a vida que
vem de Deus.
A convivência conjugal não se improvisa. Requer conhecimento recíproco, empenho em corrigir as próprias deficiências para melhor se doar
à pessoa amada e fazê-la feliz. Daí a
necessidade do namoro, no qual o futuro casal vai crescendo na adaptação
de um ao outro. Tornam-se capazes
de assumir a responsabilidade de viver juntos e formar um lar.
Há vários anos que as dioceses organizam a Pastoral Familiar, com particular atenção à preparação dos jovens
para a vida matrimonial, elevada por
Jesus Cristo a sacramento, contando,
assim, com especial bênção de Deus
para a realização da doação conjugal.
Tem havido notável esforço da
maior parte das comunidades cristãs
para oferecer aos jovens uma adequada iniciação ao casamento. Esse empenho é necessário, uma vez que os
meios de comunicação social insistem
em divulgar e alardear a inconsistência do vínculo conjugal e a permissividade moral diante da infidelidade ao
amor. A própria natureza da família
estável vê-se atingida por outros tipos
de união, marcados pela violação do
compromisso assumido e pela busca
do prazer fugaz, com descaso diante
das consequências negativas para o
equilíbrio psíquico, a educação e a felicidade dos filhos.
Em boa hora a Pastoral Familiar incentiva novas formas para preparar os
jovens ao casamento. Além do apoio e
da orientação recebidos em suas famílias -o que é, sem dúvida, o mais importante-, devem os noivos encontrar nas comunidades o acompanhamento personalizado de que necessitam por meio de casais que, num clima de confiança e amizade, transmitem aos jovens a experiência amadurecida da própria vida conjugal e familiar. É essa também ocasião para os
noivos receberem o testemunho da fé
e da prática religiosa que hão de sustentá-los na realização do ideal, superando as dificuldades que possam surgir.
Nesta semana, somos chamados a
perceber melhor a natureza da dignidade da união conjugal e da transmissão da vida. Caiu no debate público a
situação da gravidez conseguida sem
convivência estável entre o homem e a
mulher. É necessário lembrar o direito
que a criança tem de nascer de um ato
de amor de seus pais e de contar, sempre que possível, com a presença deles
no decorrer do seu crescimento e de
sua formação.
É pena que os meios de comunicação divulguem, com ênfase e arte, situações moralmente inaceitáveis, contribuindo para deformar a reta compreensão da vida conjugal, facilitando
a gravidez precoce e sem as condições
e a proteção do casamento.
Quem conhece crianças em situação
de desamparo dos pais não precisa de
muitos argumentos para entender, à
luz de Deus, o verdadeiro valor do vínculo conjugal e da vida familiar. Sinto
vontade de dizer a todos os jovens:
preparem bem o seu casamento. Aos
que contraíram o matrimônio, "sejam
felizes e façam os outros felizes".
D. Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna.
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