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PAINEL DO LEITOR
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Made in Taiwan
"Depois do mensalão e das últimas ocorrências no Senado brasileiro, entre tantos outros exemplos
nacionais lamentáveis, reportagem
publicada no sábado (Mundo, pág.
A17) soa como coisa de outro mundo. Ex-presidente de Taiwan foi
punido com prisão perpétua por
corrupção, lavagem de dinheiro e
falsificação de documentos. Lá, de
nada adiantou Chen Shui-bian dizer que o dinheiro era "doação política". Foi condenado por "usar sua
experiência e sua posição para causar mal ao país" (que coisa!).
No Brasil, causar mal ao país faz
parte da biografia da maior parte
dos que, além de nada sofrerem,
ainda continuam na vida pública. E
o pior: sempre bem votados. Quando esse tipo de "produto" made in
Taiwan vai chegar aqui?"
ROBERTO JANUÁRIO (São Paulo, SP)
Censura prévia
"Racional e democrática a sentença do juiz Augusto Alves Moreira Junior que revogou a decisão (de
outro juiz) que proibia José Simão,
colunista desta Folha, de escrever
sobre a atriz Juliana Paes e sua personagem Maya, da novela "Caminho das Índias" (Brasil, 12/9).
É a vitória da liberdade de expressão contra a censura. É a prova
de que temos que confiar na Justiça. Nem todos os magistrados pensam e agem da mesma forma. A democracia agradece."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
"Juliana Paes teve a petulância de
insurgir-se contra um jornalista.
Quando ela entrou na Justiça contra o colunista José Simão, não tinha ideia da força corporativista
dos profissionais da imprensa. Tenho pena do que pode acontecer
com ela. Como alguém já disse, "jornalistas ganham pouco, mas têm as
armas. São como os policiais, só que
mais perigosos"."
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (São Paulo, SP)
PV
"O leitor Ronaldo Ferraz ("Painel
do Leitor", 12/9) escreve dizendo
que ia admirando o programa de TV
do PV, com Marina Silva, mas se decepcionou ao ver uma imagem do
deputado Zequinha Sarney. Não ter
optado pelo conforto político de
ocultá-lo foi uma decisão consciente. Evidentemente, teria sido mais
mais "marquetológico" ocultá-lo.
Entretanto, o deputado em questão tem uma atuação parlamentar
ambientalista impecável, nacional e
internacionalmente respeitada, e
foi um bom ministro do Meio Ambiente. Preferimos o desgaste da
transparência a ceder a linchamentos morais por associação familiar.
Na atuação dele no partido, até
hoje, nada houve que o desabonasse. "Oportunismo" teria sido escondê-lo em razão da má imagem do
pai, cujas práticas condenamos e
cuja renúncia o PV defende no Senado Federal."
ALFREDO SIRKIS, vice-presidente do PV (Rio de Janeiro, RJ)
Edição digital
"Como se não bastasse ser o melhor jornal do Brasil, a Folha implanta o jornal digital, exatamente
como o impresso. Era tudo o que
queríamos eu e outros milhares de
leitores habitantes de localidades
em que o acesso às edições não é
tão fácil e rápido. Parabéns, Folha."
NILSON PESSOA (Ilhéus, BA)
"Até que enfim a Folha lançou
sua edição digital. O jornal segue
um caminho consolidado por outros veículos da mídia, o da digitalização de seu conteúdo impresso.
Por que não digitalizar também o
conteúdo de edições históricas, como as da campanha pelas Diretas-Já, do impeachment de Collor, do
ataque às torres gêmeas e da escolha do papa Bento 16?"
ROBERTO NASCIMENTO ANASTÁCIO (Rio Grande da
Serra, SP)
Cotas
"É importante reconhecer o papel das ações afirmativas como instrumento de promoção social, incluindo aí o regime de cotas em universidades. O que parece discutível,
contudo, é a utilização do nebuloso
critério racial para a seleção de candidatos às vagas no ensino superior.
Além de reafirmar o equivocado
conceito de "raça", que serve apenas
pra legitimar uma diferença que deveria ser irrelevante (cor da pele), o
critério não contempla um contingente da população que também sofre muitas dificuldades para ingressar nas universidades. Não são necessários exemplos hipotéticos para confirmar isso. Basta visitar as
favelas do Brasil para perceber que
a pobreza é bastante heterogênea."
PAULO DE LYRA ELIAN (Rio de Janeiro, RJ)
F-1
"Alguém pode explicar a diferença entre bater no muro para um
possível favorecimento do companheiro e tirar o pé do acelerador para um favorecimento óbvio do companheiro?"
DIAMANTINO GAMA FILHO (Avaré, SP)
"E segue o improvável Rubinho
na luta pelo título. Quem apostaria
nele a essa altura? Parabéns pela
grande vitória, Rubens!"
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)
"Causou estranheza o tom da reportagem sobre o acordo de patrocínio entre o banco Santander e a
Ferrari (Esporte, 11/9). A reportagem fala de possíveis gafes técnicas
cometidas durante a coletiva de
anúncio desse acordo, dando informações que, em nossa visão, eram
irrelevantes aos leitores. Em vez de
usar valioso espaço para falar de
problemas técnicos de um evento, a
reportagem poderia ter fornecido
aos leitores do jornal outros dados
sobre a parceria entre um dos
maiores bancos do mundo e a equipe que mais venceu o campeonato
de construtores da F-1."
FERNANDO BYINGTON EGYDIO MARTINS, diretor-executivo de Estratégia da Marca e Comunicação
Corporativa do Grupo Santander Brasil (São Paulo, SP)
Prematuros
"Sobre a reportagem "Número de
prematuros cresce 27% em dez
anos" (Saúde, 11/9), esclarecemos
que, para enfrentar o problema, o
Ministério da Saúde tem realizado
uma série de ações que colocam a
saúde da criança entre suas prioridades. Uma delas é a formalização
do Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil Nordeste-Amazônia
Legal, cujo foco está na redução da
mortalidade neonatal (0 a 27 dias) e
aloca ações e recursos prioritários
na atenção ao parto e à criança de
255 municípios, responsáveis por
50% dos óbitos infantis. O pacto
traz apoio ao reforço da infraestrutura da rede assistencial e para a
qualificação dos profissionais.
Por outro lado, Estados também
têm o compromisso de ampliar e
qualificar as equipes neonatais,
bancos de leite humano e leitos de
UTI e UCI neonatais, estimular os
hospitais a implementar o método
canguru e a iniciativa hospital amigo da criança, instalar comitês estaduais e hospitalares de mortalidade
materna e neonatal e ampliar a cobertura e qualificar a Estratégia de
Saúde da Família (ESF). Com este
conjunto de medidas, esperamos
contribuir para a redução da mortalidade infantil no país."
PAULO HENRIQUE DE SOUZA, assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)
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