Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde refuta o texto "SP boicota vitrines federais na saúde" (Eleições 2010, 12/9) e esclarece que o governo paulista não boicota e não ignora os programas implantados pelo Ministério da Saúde. Se houvesse boicote, a secretaria não teria aprovado, pela Comissão Intergestores Bipartite, a implantação de 124 UPAs no Estado.
O raciocínio da reportagem para dizer, maldosamente, que São Paulo boicota os programas federais parte do pressuposto de que não é possível participar de programas de saúde de forma complementar, sem destinação de verba direta, como é o caso do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) e das UPAs.
O Ministério da Saúde não participa diretamente, por exemplo, do projeto de implantação dos AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) do governo estadual, que é realizado em parceria com prefeituras, mas atua de forma complementar no financiamento da média e alta complexidades. A participação federal no financiamento do Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira é de cerca de 7% de seu custeio anual. Isso não significa boicote aos programas estaduais, mas talvez o fosse pela ótica da Folha.
O jornal também erra ao dizer que a secretaria informou que os AMEs suprem o papel das UPAs.
Jamais a pasta fez tal afirmação. A secretaria disse que, em razão do alto número de postos de saúde no interior e no litoral do Estado para a realização de pronto-atendimento, optou por ampliar a rede de consultas com especialistas e exames de diagnóstico, por intermédio da implantação dos AMEs.
VANDERLEI FRANÇA , coordenador de comunicação social da Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA RICARDO WESTIN - São Paulo é um dos poucos Estados que não destinam verbas ao Samu e às UPAs. No Estado, as contas são pagas só pelo governo federal e pelas prefeituras. A Folha não errou: a Secretaria da Saúde informou por nota que as AMAs (assistências médicas ambulatoriais) da Prefeitura de São Paulo -e não os AMEs do governo estadual- "desempenham o mesmo papel das UPAs".

Aposentadoria
Lula está antigo ao sugerir que nas novas leis de aposentadoria a mulher deve ter de trabalhar menos anos devido à sua "dupla jornada". Se estamos legislando para o futuro, para casais jovens, devemos ter uma lei para a família do futuro, com todas as mudanças culturais e amenidades.
Creches, escolas de horário integral, aparelhos domésticos (aspirador de pó, máquinas de lavar e de secar etc.) e a crescente participação dos maridos no trabalho doméstico retiram muito da "dupla carga de trabalho".
FLAVIO DE OLIVEIRA FERREIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Nós, caretas
Visando a segurança dos brasileiros, o Contran acaba de obrigar os condutores a incluir mais um item entre os acessórios: a cadeirinha para crianças.
Acho que, visando essa mesma segurança, já está passando da hora de o Contran tomar providências no sentido não de incluir, mas de excluir um acessório: o som automotivo hipersuperpotente, que tem infernizado a vida de muitas pessoas.
Como se não bastasse a poluição que o automóvel causa, inconsequentes estão se julgando no direito de transformar os seus automóveis em verdadeiros bailes funk e raves ambulantes.
Isso é insuportável para nós, caretas, que não vivemos sob o efeito de drogas. Quando as autoridades vão começar a agir?
GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG)

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