São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Judiciário
O presidente do STF, Cezar Peluso, defende o aumento de 56% para os servidores da Justiça.
Meu filho, aprovado em concurso para cargo de nível médio no Judiciário, com 56% de aumento, ganharia mais do que eu, professora-adjunta (com mestrado e doutorado) de uma universidade federal. Não sei se é ele que ganha bem ou eu é que ganho mal, mas há aqui disparidade inaceitável, que desvaloriza não só a educação formal, mas a carreira acadêmica e o estímulo à produção de conhecimento e inovação em ciência e tecnologia no país!
MARIA INÊS AZAMBUJA (Porto Alegre, RS)

 

"O copioso sistema processual pátrio" foi a expressão usada pelo ministro do STF Gilmar Mendes para justificar a lerdeza de nossa Justiça. Ele não é apenas copioso, chega a ser ridículo: a Justiça, até para decidir se um palhaço é analfabeto, é lenta. E como evitar a "procrastinação infinita" dos processos, apontada por Claudio Weber Abramo, com uma Constituição que, ao invés de ser uma clara e sucinta carta de princípios, é um extenso texto de intenções, muitas delas ainda não cumpridas? Uma Constituição dezenas de vezes emendada demonstra sua baixa aderência à realidade nacional.
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Preconceito
Em relação ao texto de Leandro Narloch "Sim, eu tenho preconceito" ("Tendências/Debates", 10/11), só cabe dizer que é muito triste se deparar com um jornalista que inicia seu texto baseado em um fato inverídico.
Não foram os nordestinos que garantiram a vitória de Dilma Rousseff. Se fossem excluídos todos os votos da região Nordeste, mesmo assim a candidata seria eleita com mais de 1,3 milhão de votos -fato amplamente divulgado. Rogo ao jornalista, que gosta de se autorreferenciar como "politicamente incorreto", que ele seja profissionalmente mais cuidadoso e preciso. Boa informação é fundamental para se reduzir o nível de preconceito, que, no caso do sr. Narloch, me parece ser um estado crônico.
RICARDO PIMENTEL (Curitiba, PR)

 

No texto "Sim, eu tenho preconceito", Leandro Narloch escreve com maestria sobre o assunto, de forma ampla e com conhecimento da alma humana.
NORBERTO OSAKI (Ribeirão Preto, SP)

 

É lamentável o texto "Em defesa da estudante Mayara", da advogada Janaina Conceição Paschoal (Opinião, 12/11), minimizando o ato extremamente racista da estudante Mayara Petruso, ao compará-lo com a alegada estratégia de Lula, de dividir o país entre ricos e pobres. Nenhum argumento pode justificar declarações claramente discriminatórias como as de Mayara, sejam elas contra nordestinos, paulistas, negros ou homossexuais. Minimizar a declaração de Mayara Petruso permite relativizar até o nazismo.
SANDRO SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

Tiririca
Ouso discordar dos que apoiam a ação contra o deputado federal eleito Tiririca, na tentativa de impedi-lo de assumir o mandato conquistado. O argumento de analfabetismo funcional faz parte da histórica hipocrisia de nossas elites: votar o analfabeto pode, mas ser votado não? A Constituição tem uma cláusula pétrea que afirma que todos são iguais perante a lei.
Disto os detratores do futuro parlamentar estão se esquecendo.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

 

Em relação à reportagem "Promotor quer que Tiririca faça novo teste" (Poder, 13/11), o teste deveria ser aplicado aos 1.300.000 eleitores do Tiririca. Mas, como os analfabetos podem votar, ele não teria efeito prático: só apontaria mais 1.300.000 analfabetos.
VICTOR HUGO MOREIRA MORAES (Pouso Alegre, MG)

 

Com o devido respeito ao Ministério Público, gostaria de protestar contra a atuação infeliz do promotor que atua no caso da diplomação de Tiririca. Pode-se discordar da votação expressiva de Tiririca, mas devemos ser justos e aceitar o resultado das urnas, respeitar a democracia e a soberania popular. Tiririca já provou ser alfabetizado e preencher os requisitos exigidos pelo TRE. Parece que o referido promotor gosta dos holofotes da mídia e deveria se ocupar com questões mais relevantes.
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Copa
Concordo plenamente com o sr. Vanderley Pimenta ("Painel do Leitor", 9/11): São Paulo não precisa da Copa, pobre da Copa sem São Paulo. Motivo mais do que justo para utilizar um dos estádios já existentes. Sugiro usar a dinheirama do BNDES destinada ao estádio para o metrô, a saúde, a educação e tantas outras necessidades da população.
RENILDO MARQUES MACHADO (São Paulo, SP)

USP
É triste constatar que a Faculdade de Direito da USP transformou-se numa academia fútil e oligárquica, preocupada em angariar verbas para a construção de um clube privativo para seus alunos e funcionários no Ibirapuera (Cotidiano, 8/11), consolidando o "apartheid acadêmico" entre ela e as demais unidades.
Se alunos, funcionários e professores do Largo de São Francisco podem frequentar o clube da USP, por que estudantes, funcionários e professores das demais unidades não podem frequentar o "Clube das Arcadas"?
Há pelo menos 25 anos a Faculdade de Direito oferece o mesmo número de vagas em seu curso de graduação, ignorando o crescimento populacional da cidade e do Estado. E ninguém ali parece se incomodar com isso. Até o conceituado Instituto Rio Branco já ampliou o número de vagas em seus concursos, adequando-se às necessidades atuais, e não consta que isso tenha afetado a qualidade da formação dos diplomatas.
ANTONIO EDSON MARTINS (São Vicente, SP)

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