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Metas para a educação
ACABA de ser divulgado o
primeiro relatório do movimento Todos Pela Educação, organização que reúne
empresários, educadores, ONGs
e fundações. Trata-se de iniciativa apartidária que tem o apoio do
Ministério da Educação e de secretarias estaduais.
O projeto estabeleceu em 2006
cinco metas a serem atingidas
até 2022: universalização do ensino até os 17 anos; alfabetização
de todas as crianças até 8 anos;
todo aluno com aprendizado esperado para sua série; todo jovem com o ensino médio concluído até os 19 anos; investimento adequado em educação.
Um dos pontos positivos da
iniciativa foi ter estabelecido
metas intermediárias para a verificação do progresso em relação aos objetivos finais. Os dados
sobre o cumprimento da primeira dessas etapas agora vêm à luz.
Se a universalização avançou
no país (90,4% das crianças estão
na escola, perto da meta de 91%),
a qualidade deixou a desejar. O
aprendizado de português ficou
abaixo do pretendido para os
alunos de 4ª e 8ª séries. Em matemática, os alunos do último
ano do ensino médio mostraram
desempenho insuficiente. Menos de 30% dos Estados atingiram a meta.
Em relação à alfabetização até
os 8 anos, ainda não há um indicador nacional confiável para
que se monitore a meta de 80%,
fixada para 2010. Já o investimento em educação básica atingiu 3,7% do PIB no país, em
2006. O objetivo é que a cifra
chegue a 5% até 2010.
Mais que elevar os dispêndios,
entretanto, é preciso otimizar os
recursos disponíveis, além de
mobilizar parcerias, o que foi feito recentemente com o chamado
sistema S. Além disso, um programa nacional de metas para a
educação deveria estabelecer,
também, outros objetivos quantificáveis, como a redução nas
faltas de professores e alunos.
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