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Renda e dívida
"Parabéns à Folha por mostrar
que a dívida do brasileiro cresce em
progressão geométrica enquanto os
salários crescem em proporção
aritmética.
Viver no Brasil é muito difícil. Pagamos impostos de Primeiro Mundo e recebemos serviços de Terceiro Mundo. Quando o brasileiro
acordará para ver que está acumulando ouro de tolo?
Pobre povo, semianalfabeto.
Quando tem dois carros na garagem, pensa que é rico. Ricos estão
ficando os empresários, que levam
os nossos salários e, quando as coisas apertam, são os primeiros a reclamar com o governo."
FRANCISCO ALMEIDA FERRAZ (São José dos Campos, SP)
Censura
"Não precisei ler o artigo de Janio
de Freitas de ontem ("A ameaça",
Brasil) para entender um pouco
mais sobre ética.
A chamada na Primeira Página
("Proibir divulgação de informação
é, sim, censura') bastou para colocar a Folha em posição de defesa
das liberdades, inclusive -e especialmente- da concorrência que
muitos desejam eliminar.
A imprensa deve se unir sempre
que a informação for ameaçada, por
qualquer poder."
SÉRGIO MORADEI DE GOUVEA (Ubatuba, SP)
"Minhas congratulações pelo editorial "Censura rediviva" (12/12).
Corajoso, conciso e elegante.
Nada mais preciso que o "beliscão" aplicado com luva de pelica no
STF, que, como guardião da Constituição, não deveria incorrer em tamanha contradição."
CARLOS M. CHAGAS (Rio de Janeiro, RJ)
Nova era
"A chamada "Nova Era" já chegou,
e apresentou o seu grande líder:
Barack Obama.
O relativismo e o cinismo, aos
poucos, se infiltram nos poros da
humanidade. O Nobel da Paz, ironica e descaradamente, tem discurso
de guerra para justificar a paz.
Como disse T. S. Eliot: "Os séculos
dos séculos nos afastaram de Deus e
do mar nos acercaram"."
MAURO CESAR DIAS (Vila Velha, ES)
José Dirceu
"Ao atacar-me grosseiramente na
edição de 11/12 ("Homem de partido"), Fernando de Barros e Silva foi
além do aceitável, mesmo para um
jornalista abertamente de oposição. Fiquei estarrecido com o desrespeito ao princípio de presunção
de inocência e com a tentativa leviana de levantar suspeitas sobre
minha atuação profissional. Mas sei
a razão desse vil ataque e dos próximos que virão.
Com o esfacelamento ideológico,
programático e moral da aliança
PSDB-DEM, sobrou para alguns
veículos de comunicação e seus colunistas o papel de organizar a oposição. Das palavras do senhor Barros e Silva salva-se o título. Sou,
com muito orgulho, um homem de
partido. Desde a minha juventude,
dediquei o melhor de minha vida e
energia à militância de esquerda e
às lutas sociais. Nos últimos 30
anos, dediquei-me integralmente à
construção do Partido dos Trabalhadores. Ao contrário das afirmações do colunista, colaborei para
que nosso projeto fosse radicalmente democrático em seus métodos e em sua vida interna.
Mesmo cassado e perseguido,
sem cargos ou funções formais,
continuei um militante ativo: no
partido, no apoio aos movimentos
sociais, na defesa do governo Lula,
na solidariedade latino-americana.
O carinho e o afeto que recebo dos
filiados não dizem respeito a eventuais méritos pessoais, são apenas
reflexos de décadas de lutas.
O senhor Barros e Silva junta sua
pena aos que gostariam de me ver
afastado da luta política e do projeto de país inaugurado pelo presidente Lula. Para esses, até mesmo o
direito de trabalhar deveria ser-me
tolhido. Só tenho a lamentar que o
colunista adote esse comportamento. Sua atitude, além de equivocada,
está destinada ao fracasso. Ao lado
de meus companheiros, aprendi a
resistir, a sobreviver e a seguir
adiante -simplesmente porque vale a pena enfrentar todas as dificuldades para construir um país justo,
democrático e soberano."
JOSÉ DIRCEU (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Fernando de Barros e Silva - Apesar do país de Dirceu, este colunista
ainda não se convenceu da existência de Papai Noel e insiste
em acreditar em jornalismo independente.
Idade escolar
"Sobre a decisão do Conselho Nacional de Educação de liberar alunos de 5 anos no 1º ano do ensino
fundamental ("Conselho libera aluno de 5 no 1º ano em 2010", Cotidiano, 11/12), gostaria de salientar que é muito triste ver que o ensino neste país ainda considera apenas a
idade cronológica da criança para conduzi-la ao aprendizado.
Assim como muitas crianças são
obrigadas a repetir de ano por não
terem atingido a idade mínima exigida para o ano escolar correspondente, existem centenas de crianças
que são forçadas a ingressar no ensino fundamental independentemente dos seus históricos maturacionais. Ambos os casos deixam marcas nas crianças.
Mas aquelas que não estão preparadas para o ano seguinte, apesar da
idade, serão expostas a uma sequência de fracassos a partir dos
quais irão construir as suas identidades.
Se os nossos governantes estiverem interessados em descobrir uma
das razões do desinteresse dos alunos pela sala de aula, podem começar por esse ponto."
ELIANA BIANCO (São Paulo, SP)
Os Chaves(z)
"Adorei a homenagem que fizeram na internet para Chaves -não
o presidente da Venezuela, mas,
sim o humorista mexicano homônimo. Realmente, o Chaves é uma figura ímpar, que nos agrada há 25
anos pelo SBT. Ao menos um Chaves gostamos de ver na TV, embora
ambos nos tragam diversão -uma,
agradável; outra, desagradável."
FERNANDO CÉZAR (Petrópolis, RJ)
Tietê
"Em relação ao texto "Órgão sabia
do risco de Tietê transbordar, mas
não deu alerta" (Cotidiano, 11/ 12),
esclareço que o Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura, no dia 8/12, decretou "estado de atenção" no município às
3h14. Tanto que o portal G1, da Globo, deu como manchete às 5h16:
"Chuva leva CGE a colocar São Paulo em estado de atenção".
O estado de atenção é decretado
quando o CGE detecta uma chuva
com possibilidade de alagamentos
na cidade. Com o estado de atenção, são acionadas a Companhia de
Engenharia de Tráfego, a Defesa
Civil e todas as secretarias municipais. Às 5h55, o CGE decretou o estado de alerta."
LUTHERO MAYNARD, imprensa da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (São Paulo, SP)
Resposta dos jornalistas Afonso Benites e José Ernesto Credendio - O próprio gerente do
CGE, Flávio dos Santos Rodrigues, disse à Folha, em entrevista gravada, que errou ao não
ter dado o alerta quando surgiram indicações de que os rios
iriam transbordar. O estado de
atenção era apenas um indicativo de que haveria chuva forte,
ele não trata da iminência do transbordamento.
Metrô
"O Metrô de São Paulo esclarece
que não tem um jornal, diferentemente do que dá a entender a nota
"Timing" ("Painel", 10/12)."
FABIO SCHIVARTCHE, (São Paulo, SP)
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