São Paulo, sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Carne
"As recentes declarações do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, dão a impressão de que o próprio governo brasileiro quer criar empecilhos para a exportação da nossa carne, visando a redução do seu preço no mercado interno.
Só nos resta concluir que o pecuarista brasileiro está dormindo com o inimigo."
LUIGI PETTI (São Paulo, SP)

Cartões
"Finalmente um artigo equilibrado sobre o que se convencionou chamar de "escândalo dos cartões".
Marcelo Coelho, em "Macarthismo das miudezas" (caderno Ilustrada, 13/ 2), analisa o carnaval que se criou sobre mesquinharias que, não obstante devam ser investigadas e inibidas, não merecem a repercussão que têm recebido. Aliás, o "patrulhamento moralista" que se impôs a certos gastos é inclusive deletério ao país, já que gastos com o recebimento de comitivas internacionais, ou mesmo nacionais, são gentilezas evidentemente necessárias no relacionamento institucional. Faltou apenas ele levantar as razões da mídia como principal difusora do assunto."
CLARISSA MENEZES HOMSI, advogada e professora universitária (São Paulo, SP)

"Entendo a dificuldade dos congressistas em estabelecer a CPI dos cartões corporativos. A retirada de recursos públicos em espécie para cobrir gastos pessoais não é um crime político, é um crime comum de apropriação indébita.
O assunto é para a delegacia de polícia do bairro."
PASQUAL MENDONÇA (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"A Folha mostra, cada vez mais, a sua preocupação em tratar do tema "educação" com seriedade e com transparência.
"Educação como produto", de Rosely Sayão (Equilíbrio, 14/2), é um artigo de uma lucidez chocante sobre como muitos profissionais da educação transformaram o direito do cidadão num produto negociável -ou, quem sabe, em mais um produto de vitrine para ser "ajustado" ao bel-prazer do comprador.
Pensando muito sobre o que li, e como diretora de escola municipal, descobri que vai demorar muito para isso ser mudado, pois essa é uma atitude que vem de dentro. Mas afirmo que existem muitos profissionais que agem tendo como objetivo a formação do cidadão -e todas as adversidades encontradas no ambiente escolar são usadas em benefício do crescimento do aluno e da família como um todo, pois essa é uma atitude que vem de dentro."
LÁZARA HELENA MOREIRA, diretora da Escola Municipal de Pedra Bela (Bragança Paulista, SP)

Joanna Maranhão
"Parabenizo a nadadora Joanna Maranhão, que, com coragem, denunciou o abuso sexual sofrido na infância -praticado por um ex-técnico. Essa decisão terá duras conseqüências para a vítima, mas é importante para pôr um problema velado, que precisa ser resolvido pela sociedade. Pena é a família de Joanna não ter tido a determinação de processar o agressor.
Enquanto os responsáveis por tais atos não prestarem contas à Justiça, a sociedade continuará a empurrar para debaixo do tapete esse indigesto tema."
DANIEL GONÇALVES DE MEDEIROS (São Paulo, SP)

E agora, José?
"Na Folha de quarta-feira, o ex-ministro José Dirceu gastou espaço para lengalenga e, na defensiva, fez-se de vítima. Mas vítimas são os que acreditaram na suposta seriedade do ex e de sua tropa de choque.
Quando ministro, com todo o poder nas mãos, Dirceu calou-se sobre os fatos que hoje chora por não terem sido investigados. Por que não mandou investigar as danosas privatizações de FHC? Por que não põe agora o PT, que ele controla, para investigar o escândalo dos cartões de crédito -de FHC a Lula?
Na verdade, o que ele e a cúpula do PT fazem agora é outro acordão com PSDB e DEM para livrar o governo anterior e o atual de investigações sérias.
Todos têm o rabo preso, e só divergem com relação ao tamanho dele, cada um dizendo que o seu é menor."
LAURA FREITAS CERQUEIRA (Belo Horizonte, MG)

Guga
"Ao assistir a partida de Guga na Costa do Sauípe, e vê-lo pedir desculpas para o público, não conseguia mais parar de chorar e fiquei imaginando como conseguir transmitir em palavras a minha emoção. Quando deparei com o artigo de ontem deste grande exemplo de superação de João Carlos Martins ("Guga e a superação", "Tendências/Debates'), li tudo aquilo que gostaria de ter escrito após o jogo.
Vamos sentir muitas saudades do nosso campeão, mas o seu exemplo ficou na história do esporte."
LUCIANA CRISTINA FARIA (Guarulhos, SP)

Bulas
"Há quatro anos, estudo realizado na Unesp já mostrou que 72% das bulas de medicamentos para tratamento da rinite eram impressas em letras muito pequenas, 60% omitiam informações obrigatórias por lei e 24% continham termos técnicos na "informação ao paciente". Para o mesmo princípio ativo, o texto variava conforme a marca comercial do medicamento. Em outra pesquisa, constatamos que as informações das bulas sobre excipientes dos medicamentos (conservantes, corantes, adoçantes, aromatizantes etc.) são o "samba do crioulo doido".
Entre as bulas de 73 medicamentos, 77% omitiam o teor exato de açúcar, duas não alertavam os fenilcetonúricos sobre a presença de aspartame e uma nem sequer listava os excipientes.
A omissão e a imprecisão das bulas aumentam os riscos de haver reações adversas por causa dos conservantes e corantes e de complicações devido ao uso inadvertido de medicamentos com açúcar pelos diabéticos -ou adoçados com aspartame pelos fenilcetonúricos.
Os dados preocupantes apontados pelo Idec ("Bulas incentivam automedicação, diz estudo", Cotidiano, 11/2) apenas comprovam que as bulas continuam doentes."
ARACY P. S. BALBANI, médica, professora de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (Tatuí, SP)

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