São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 |
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TENDÊNCIAS/DEBATES O Morumbi e a linha ouro JUVENAL JUVÊNCIO
Completou-se no ano passado meio século da inauguração do estádio Cícero Pompeu de Toledo -o Morumbi, criação magnífica do arquiteto Vilanova Artigas. Além da sua importância para a história do São Paulo Futebol Clube, o estádio também teve enorme impacto sobre a ocupação e o desenvolvimento do próprio bairro e da região. Em poucas décadas, o Morumbi se tornou densamente urbano, deixando para trás o tempo das chácaras e dos espaços vazios. Vieram com o progresso os problemas da cidade moderna. Um deles, dos mais aflitivos, o tráfego intenso de veículos, que toma o tempo e afeta a qualidade de vida das pessoas. Não há outro remédio para esse mal a não ser o transporte público de qualidade. Forma-se, hoje, na sociedade e nos governos, o entendimento salutar de que o investimento em metrô e no transporte sobre trilhos é, entre todas as providências, o que mais terá condições de melhorar de maneira estrutural o trânsito da cidade. Há razões para ver com otimismo o futuro do Morumbi. A conclusão das obras da linha amarela do metrô vai ligar o centro da cidade, na Luz, à Vila Sônia, além de integrar a malha do sistema metro-ferroviário da cidade. Na região do estádio, está prevista para 2012 a inauguração da estação São Paulo-Morumbi -a cerca de 1 km do estádio. Mas tão importante quanto isso será a construção da linha 17 (ouro), investimento estimado em R$ 3 bilhões. Dela vai resultar a ligação entre o aeroporto de Congonhas e a estação São Paulo-Morumbi da linha amarela do metrô, com extensão total de 21,5 km e 20 estações no percurso. O São Paulo participou com entusiasmo dos esforços voltados à viabilização de recursos para realizar essa obra fundamental. Insistimos para que a construção da linha ouro fosse inserida no PAC da Mobilidade para a Copa do Mundo de 2014. Conversamos com o governo do Estado e com a Prefeitura. O São Paulo está se preparando há muito para enfrentar grandes desafios, entre os quais o orgulho de poder sediar a Copa e de acolher em sua casa os cidadãos da capital paulista, do Brasil e do mundo. Estudos projetam que a linha ouro vai transportar centenas de milhares de passageiros diariamente. Além de desafogar o tráfego da região de Congonhas até o Morumbi, a obra trará melhorias significativas para o entorno do estádio. A avenida Jules Rimet, que passa ao lado do Morumbi, ganhará calçadões, melhorando o fluxo, o conforto e a segurança dos frequentadores do estádio. A praça Roberto Gomes Pedrosa, hoje degradada e sem utilidade, receberá uma das estações da linha ouro e será totalmente revitalizada, transformando-se num espaço arborizado de 30 mil m2, com estacionamento para cerca de 1.650 veículos. Os graves problemas de enchentes que assolam o clube e os moradores do entorno do estádio também ganharão solução definitiva. Por tudo isso, a linha ouro está no centro do desenvolvimento da região. O "Tricolor do Morumbi" conta com sua realização para servir melhor aos moradores do bairro, aos torcedores do clube e aos amigos do futebol no mundo todo. JUVENAL JUVÊNCIO é presidente do São Paulo Futebol Clube. Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br Texto Anterior: TENDÊNCIAS/DEBATES Paulo Pereira da Silva: A escolha de Dilma Próximo Texto: Painel do Leitor Índice | Comunicar Erros |
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