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São Paulo, sábado, 15 de março de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Fome Zero
"Em relação à reportagem "Fome Zero contraria Graziano e dá cestas" (Brasil, pág. A10, 13/3), assinada pelo jornalista Rafael Cariello, devo esclarecer que o citado jogo de futebol foi um evento chamado "Rivengo da Solidariedade" (River x Flamengo), realizado por iniciativa da Secretaria Estadual de Esporte, no qual o público que compareceu ao estádio, ao entregar as doações, solicitava que estas fossem entregues a moradores de Guaribas e de Acauã. A distribuição das cestas nos municípios seguiu, portanto, a vontade popular, sendo tão necessária àquelas comunidades que, como frisou um membro do comitê gestor de Guaribas, foi necessário ficar de vigília durante a noite para evitar saques. Esclareço ainda que a distribuição das cestas em nada fere as diretrizes nacionais do programa Fome Zero. A nossa equipe está e esteve sempre em perfeita sintonia com a equipe do ministro Graziano, trabalhando em parceria com ele e cumprindo as determinações do ministério ao qual estamos vinculados. As informações veiculadas na referida reportagem em nada contribuem para o êxito do programa e menos ainda para o reforço de um trabalho sério e responsável, que visa à melhoria das condições de vida do povo brasileiro. Colocamo-nos à disposição de toda a imprensa para dirimir qualquer dúvida e fornecer mais esclarecimentos sobre o desenvolvimento do Fome Zero no Piauí."
Rosângela Maria Sobrinho Sousa, coordenadora estadual de Segurança Alimentar e Erradicação da Fome -Programa Fome Zero (Teresina, PI)

Duas lutas
"Na edição de ontem, a Folha trouxe, ao lado da notícia que comunicava o ato contra a guerra no Iraque ("São Paulo terá ato pela paz amanhã", Mundo, pág. A11), a ser realizado hoje, uma notícia que informava sobre o fato de Saddam Hussein enviar dinheiro a famílias de suicidas palestinos, incentivando atos terroristas ("Saddam premia terrorista e mortos da Intifada", pág. A10). Neste momento, a maior parte da população mundial é contrária à guerra, mas não podemos esquecer o perigo que Saddam representa para a paz mundial. Espero que esse ato de hoje seja uma luta contra a guerra, mas também contra Saddam, um verdadeiro incentivador de guerras."
Daniel Douek (São Paulo, SP)

Terra
"Em relação à reportagem "Líder sem-terra ameaça ficar em fazenda e discute com secretário" (Brasil, pág. A4, 12/3), a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania tem a informar que, ao contrário do que diz o texto, em nenhum momento o coordenador estadual do MST, Delwek Matheus, ameaçou permanecer na fazenda Santa Isabel, em Alambari, além do prazo estabelecido pela Justiça. Os representantes do MST presentes à reunião assumiram o compromisso de desocupar a área dentro do prazo estabelecido pela Justiça -que expiraria ontem- caso não consigam uma prorrogação do prazo em audiência com o juiz que determinou a reintegração de posse. Esse foi apenas um dos 21 itens da pauta discutida na reunião. Para todos, houve acordo entre representantes do governo estadual, do governo federal e dos sem-terra. O principal objetivo da reunião era assegurar a desocupação pacífica de áreas ocupadas pelos sem-terra que tiveram liminar de reintegração de posse expedida pela Justiça, o que foi plenamente alcançado. No caso da fazenda Campininha, em Mogi-Guaçu, os acampados se comprometeram a deixar o local até ontem. Outro avanço na negociação com os sem-terra obtido na reunião de 11/3 foi a proposta do superintendente do Incra, Raimundo Pires Silva, de comprar uma área da Sabesp dentro do município de São Paulo ocupada pelo MST. Ficou estabelecido prazo até o próximo dia 30 para que o órgão formalize uma oferta de compra da área. Não era objetivo da reunião estabelecer um acordo formal para que cessassem as ocupações de terras no Estado, mas o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Alexandre de Moraes, deixou claro para os representantes do movimento social que as ocupações de terras indiscriminadas atrapalham o processo de reforma agrária. Também informou que a meta do governo do Estado é assentar 1.500 famílias ainda neste ano e assentar o restante das famílias acampadas no Estado até o final do mandato do governador Geraldo Alckmin, promovendo, portanto, uma reforma agrária pacífica, dentro dos limites da legalidade e dos princípios democráticos."
Helton Ribeiro, assessor de imprensa da Itesp, e Sílvia Jabbur, assessora de imprensa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Eduardo Scolese - A ameaça feita pelo coordenador do MST de permanecer na fazenda além do prazo determinado foi gravada pela Folha durante sua discussão com o secretário da Justiça.

Crítica
"Os indícios ainda não são alarmantes. Logo, porém, as pesquisas de opinião estarão a registrar o desencanto inevitável ante o abismo entre os contos de fadas vendidos durante a eleição e o continuísmo sem disfarces que vem sendo adotado. Lula será atingido naquilo que mais lhe importa, a dependência que desenvolveu em relação à imensa popularidade com que se (mal) acostumou". Cruz credo! Ao escrever isso em sua coluna de 13/3 ("Planos A, B, C...", Opinião, pág. A2), o jornalista Otavio Frias Filho estava fazendo uma previsão ou rogando uma praga?"
Enivaldo Silva de Lima (São Paulo, SP)

Incra
"Parece que a Folha adotou uma política de incentivo à UDR ao alardear que movimentos sociais estariam "aparelhando" o Incra. Mas nada é mais justo do que movimentos que historicamente lutam pelo direito à terra terem agora a possibilidade de opinar sobre a equipe do Incra. Mas a Folha publicou essa informação com tanto alarde que seria coerente se também investigasse como foram formadas as equipes do Ministério da Agricultura e de outros órgãos do governo "aparelhados" por empresários."
Maria Luisa Mendonça, diretora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos (São Paulo, SP)

Mães
"Parabenizo a Folha pela excelente reportagem "Mães na contramão", do caderno especial Mulher (8/3). É sempre um grande desafio compilar tantas informações técnicas e transformá-las em material acessível aos pais como foi feito no caderno em questão. O conteúdo abordado é de extrema relevância para a segurança de nossas crianças e, infelizmente, a correta informação ainda é escassa. Reportagens como essa são grandes aliadas de nossa missão."
Luciana O'Reilly, coordenadora administrativa nacional da ONG Criança Segura - Safe Kids Brasil (São Paulo, SP)


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