São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Terra e celulose
"Muito se tem falado sobre a invasão do laboratório de pesquisas de eucalipto no RS e, refletindo sobre as conseqüências desse ato, gostaria de comentar que, como pequeno agricultor (20 hectares) de eucalipto, não só eu como vários outros colegas usamos -e muito- os serviços de grandes empresas da área. Portanto, gestos impensados de vandalismo como esse atingem membros das várias etapas da cadeia do produto, prejudicando pequenos agricultores e mesmo os da agricultura familiar."
Jairo A. Machado Júnior (Itapevi, SP)

 

"Discordo totalmente do leitor Eduardo Correia, que ontem criticou a oportuna charge de Jean na página A2 de domingo passado. Se o chargista satiriza a política de invasões do MST e afins, não é à toa. Utilizando de métodos bárbaros e nem um pouco democráticos, esses movimentos vêm invadindo e destruindo propriedades indiscriminadamente em nosso país há um bom tempo. E muitas vezes com dinheiro público. Pelo menos que nos seja permitido rir de tamanha falta de princípios e limites."
Flávio Guimarães De Luca (Limeira, SP)

 

"Apesar de não ter ligação nenhuma com o movimento Via Campesina, de cujos métodos discordo, solidarizo-me com a causa dos agricultores sufocados pelo poder dos monocultores de eucalipto e lamento a destruição que esse tipo de cultura tem causado ao cerrado mineiro. Temo, no entanto, que a disparidade de poder entre os dois grupos resulte numa distorcida pintura da realidade, já que os agricultores não têm meios para expor seu problema em caros informes publicitários enfeitados com tantos bilhões de dólares. (Brasil, pág. A5, 13/3)."
Camilo Fonseca (Belo Horizonte, MG)

Exército
"O foco das ações pontuais do Exército tem sido sempre as comunidades carentes em praticamente todos os bairros do Rio. Será que não se cogita a possibilidade de o armamento subtraído do QG de São Cristóvão estar escondido em algum duplex ou triplex da zona litorânea da cidade? Local onde, segundo um antigo chefe da Polícia Civil, estariam os grandes financiadores de drogas e armas da cidade?"
Clemente de Almeida Campos (Niterói, RJ)

Furnas
"Em relação à reportagem "TCU vê superfaturamento de R$ 10 mi em negócios de Furnas" (Brasil, 13/3), gostaria de esclarecer alguns pontos. Desde que assumiu, em janeiro de 2003, sob comando do diretor-presidente José Pedro Rodrigues de Oliveira, a diretoria vem trabalhando no intuito de facilitar ao máximo o trabalho dos órgãos competentes de fiscalização, como TCU e CGU. Somente o TCU já realizou 17 investigações no referido período, e a CGU está realizando sua sétima auditoria na empresa. A experiente e competente jornalista Marta Salomon, repórter especial deste jornal, cometeu um gravíssimo erro de apuração quando afirmou que a empresa Canal Energia Internet teria recebido R$ 155,8 milhões de Furnas em apenas um ano e que tais pagamentos teriam alcançado R$ 383,5 milhões em quatro anos. Os valores pagos, referente a serviços prestados, no período de 18 meses somam R$ 170.264,00, que somados a outros R$ 31,2 mil alcançam o valor de R$ 201.464,00, número mais de 180 vezes menor do que o publicado pela Folha. Sobre os serviços de digitalização de documentos, esclareço que foram realizados dois pregões presenciais. Um em 2001 e outro em 2004. Ambos vencidos pela M.I. Montreal Informática. O primeiro no valor de R$ 12.480.000 para um período de 21 meses e o segundo de R$ 7.460.112,00, por 12 meses. Quanto à contratação da senhora Fabiana Toledo, ela é terceirizada de Furnas, alocada a contrato firmado com a Empresa Bauruense Tecnologia e Serviços Ltda., que mantém contratos com Furnas conquistados por meio de licitação na modalidade de concorrência pelo critério do menor preço. Para Furnas Centrais Elétricas, uma empresa da mais alta credibilidade com a opinião pública por seus mais de 49 anos oferecendo serviços de geração e transmissão de energia com a mais alta qualidade, é muito importante que se repare um erro tão clamoroso como esse para que a verdade, matéria-prima que elevou esse jornal à condição de maior do país, seja restabelecida e o público da Folha tenha conhecimento desse equívoco que mereceu destaque de primeira página."
Fabio Machado Resende, diretor-presidente em exercício de Furnas (Rio de Janeiro, RJ)

Nota da Redação - Na seção "Erramos" da edição de ontem, a Folha corrigiu os valores citados na reportagem sobre os pagamentos feitos por Furnas à Canal Energia Internet.

Eletrobrás
"Em relação às reportagens publicadas no domingo passado e hoje nesse jornal, em que é mencionada a Eletrobrás, a empresa esclarece o que segue. 1. A reestruturação organizacional e a diminuição do quadro gerencial da Lightpar já estão sendo providenciadas. A incorporação de suas atividades pela Eletrobrás, neste momento, não é conveniente, pois acarretaria pesados ônus a seus acionistas. Todos os demais assuntos da Lightpar são averiguados dentro dos processos de auditoria, rotineiros nesta empresa. 2. Esclarecemos que a Eletrobrás só contrata empregados aprovados em concurso público. Hoje a empresa conta, conforme base legal, constitucional e estatutária, com apenas 11 assessores que não fazem parte do quadro permanente do Grupo Eletrobrás. Esses trabalham com as cinco diretorias e são demissíveis ad nutum. O total de seus salários é da ordem de R$ 110 mil, muito inferior, portanto ao mencionado pela Folha."
Solange Nogueira, chefe do Departamento de Relacionamento com a Sociedade da Eletrobrás (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Fernando Canzian - São os próprios acionistas minoritários da Lightpar que reclamam da "dilapidação" da empresa. Segundo documento da Associação dos Empregados da Eletrobrás citado na reportagem, os 40 assessores são do quadro permanente e de fora da estatal, com custo mensal de R$ 600 mil. A Eletrobrás foi questionada sobre esse e outros assuntos três dias antes da publicação da reportagem, mas se negou a responder.

Aruba
"Em relação à reportagem "Rotas em alta" (caderno Turismo, 16/2), informo que, até novembro de 2005, a ilha recebeu 107% a mais de turistas brasileiros em relação a 2002 e começamos 2006 sem vagas nos hotéis. Os pacotes de Réveillon estavam esgotados já no começo de dezembro e em meados de fevereiro não havia mais vagas para o Carnaval. Neste cenário, projetamos para 2006 uma campanha ainda mais intensa para atingir 40% de crescimento no número de turistas brasileiros na ilha. A reportagem, porém, traz Aruba na capa como destinos em baixa, ao lado de Curaçao -não seria melhor dizer Caribe? No quadro da página F2, Cancún (México) aparece em primeiro na lista e não está na capa. Por quê? Não contestamos a reportagem, afinal ela trata de "tendências" apontadas por 25 entrevistados -entre agentes e operadores. O que não entendemos foi o fato de Aruba ter ganhado tanto destaque negativo. A reportagem também não traz quem apontou a ilha como destino em queda. E muitos dos que participaram das entrevistas nem vendem pacotes para Aruba."
Ana Maria Ostrower , diretora da Aruba Tourism Authority, órgão oficial de Turismo do governo de Aruba (São Paulo, SP)


Texto Anterior: Guilherme Afif Domingos: Declaração dos Direitos de Empreender

Próximo Texto: Erramos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.