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Glauco
"Perder um Glauco na Terra é como se fosse embora um pedaço de
humanidade."
RAUL ISIDORO PEREIRA (São Paulo, SP)
"As charges de Glauco contribuíram para a formação ou o interesse
pela política de uma geração inteira. O início da década de 80, o renascer da democracia, tudo isso estimulava. Ver o que Glauco queria
nos "dizer" quase todo dia na página
2 da Folha era fundamental. A
charge em que um faxineiro dá um
tapinha nas costas de Franco Montoro, recém-eleito governador de
São Paulo, e diz, na maior intimidade, "Montorãoooo", foi um retrato
singelo e um claro alerta aos políticos sobre a expectativa que tínhamos todos com a redemocratização. Vai com Deus, Glauco. Vamos
sentir muito sua falta."
DIONYZIO ANTONIO MARTINS KLAVDIANOS
(Brasília, DF)
"Muito bom o especial sobre a
morte do cartunista Glauco. Pude
conhecer melhor o seu trabalho,
aumentando minha admiração por
sua arte, o que faz a perda ser mais
intensa e triste. Calou-se uma voz
que falava por muitos de nós brasileiros, alguém que provocava riso e
reflexão crítica ao mesmo tempo."
LYDIA RODRIGUES SOUZA (Franca, SP)
"Considerando a extensa cobertura sobre a morte do cartunista
Glauco, estranho o fato de a Folha,
até o momento, não ter abordado o
risco do uso de substâncias alucinógenas por pessoas com predisposição a surtos psicóticos. Também
seria interessante ler a opinião de
neurocientistas sobre estados contemplativos e de êxtase religioso."
MARCOS GALAN MORILLO (São Paulo, SP)
"Cumprido o devido tempo de estupor, luto e tristeza pela morte do
cartunista Glauco e de seu filho (tão
lindo também), peço a este jornal,
que não recusa nenhum tema espinhoso, que discuta a questão das
drogas, associadas ou não ao Santo
Daime. Chega de hipocrisia, de
olhar para a parede como avestruz."
MÁRCIA MENDES DE ALMEIDA (São Paulo, SP)
Educação
"A presidente da Apeoesp afirma
nesta Folha que a Secretaria da
Educação não quis negociar com os
sindicalistas. É importante informar que, ao longo do ano passado,
houve diversas reuniões entre o secretário Paulo Renato Souza e os
representantes classistas, inclusive
três delas com a diretoria da
Apeoesp. Na última dessas negociações, antes da prova dos temporários, a secretaria acatou uma reivindicação da entidade no sentido de
considerar o tempo de serviço em
até 20% da nota da prova.
A Apeoesp se bate contra os programas que instituíram a meritocracia e estão permitindo a evolução positiva dos indicadores da
educação em São Paulo. O sindicato
reivindica até a revogação da lei que
impediu aos professores faltarem
dia sim, dia não, o que destrói qualquer processo educativo. Os sindicalistas também se colocam contra
a lei que permitiu que professores
ganhem 25% de aumento salarial
de acordo com o mérito aferido em
provas e na assiduidade.
A verdade é que o movimento,
como reconheceram explicitamente vários oradores na assembleia da
semana passada, tem o objetivo político de influenciar nas próximas
eleições."
ROGER FERREIRA, assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
(São Paulo, SP)
"Professores não podem parar a
Paulista para reivindicar reposição
salarial, mas a Parada Gay coloca
milhões na rua e está tudo bem. Nada contra os gays, mas será que o orgulho gay é mais importante do que
a educação?"
VITORINO MUIS (Guaratinguetá, SP)
Férias dos juízes
"Ao tocar no assunto de uma possível redução das férias dos juízes
de 60 dias para 30 dias e igualar ao
resto dos trabalhadores da nação, o
novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, uniu
as entidades de juízes brasileiros na
defesa do corporativismo jurídico.
O presidente da Associação dos
Magistrados do Brasil disse que em
muitos casos o juiz se sacrifica no
seu trabalho. Então, nesse caso, os
cortadores de cana deveriam ter
120 dias de férias, mesmo porque
trabalham muito mais que a média
dos outros trabalhadores e não são
poucas as vezes que enfrentam condições desumanas."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Lula e Cuba
"As recentes declarações do presidente Lula sobre os dissidentes
cubanos e o pronunciamento do
chanceler Celso Amorim traduzem,
com eloquência, a práxis do pensamento lulo-petista. Às ditaduras de
esquerda tudo é permitido, inclusive o desconhecimento de direitos
humanos. Às ditaduras de direita só
deve ser permitido o estrito exercício da democracia, com respeito total aos direitos humanos. Eita cinismo prepotente."
HARLEY PAIVA MARTINS (João Pessoa, PB)
Energia
"A reportagem "Investimento
menor explica cortes de luz" (Dinheiro, 7/3), que motivou o editorial "Apagão do investimento" (9/3),
constrói uma correlação errada entre a queda de investimentos totais
e a piora na qualidade do fornecimento de energia. Não se pode misturar queda dos investimentos para
implantação no programa Luz para
Todos com investimentos permanentes na manutenção de redes.
Estes últimos, sim, afetam a qualidade no fornecimento.
Além disso, o valor dos investimentos feitos pelas distribuidoras
para atender às metas de qualidade
é formalmente analisado e autorizado ou não pela agência reguladora, uma vez que tais investimentos
impactam as tarifas dos consumidores. A Aneel sempre atua a favor
do consumidor com base na máxima regulatória "autorizar custos eficientes e investimentos prudentes".
Um jornal tão conceituado deve
preocupar-se em fazer investigações mais robustas, além da superfície, e que não se limitem ao jornalismo declaratório."
CLAUDIO J. D. SALES, diretor-presidente do Instituto Acende Brasil (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Leila
Coimbra - A correlação entre a
redução de investimentos e a
interrupção no fornecimento
de energia foi feita por executivos de empresas do setor entrevistados pela reportagem. Em
relação ao Luz para Todos, a reportagem informa que as empresas explicam parte da redução de investimentos pelo fato
de o programa estar no fim.
Problemas da carne
"A conta publicada por Roberto
Rodrigues no texto "A carne não é
fraca..." (Dinheiro, 13/3), da relação
entre eructações (gases) bovinas
versus a captação de CO2 por pastagens, é não apenas simplória como
também esconde os principais problemas ambientais que envolvem o
setor. A pecuária brasileira é responsável hoje, segundo dados do
governo federal, pela maior parte
do desmatamento da Amazônia
-infelizmente, ainda retira-se floresta para a ampliação de pastagens. E é esse mesmo desmatamento o maior responsável por fazer do
Brasil o quarto maior emissor de
gases do efeito estufa do mundo. A
conta do ex-ministro Roberto Rodrigues não bate.
Cobramos, torcemos e agimos
para solucionar esse tipo de passivo
do setor. Parcializar dados, dando
ares de vitória ao que hoje é problema, não contribuirá para a solução.
O setor necessita mais de trabalho
do que de escritas de desagravo."
MARCIO ASTRINI, coordenador da campanha da
Amazônia do Greenpeace (São Paulo, SP)
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