São Paulo, segunda-feira, 15 de março de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Glauco
"Perder um Glauco na Terra é como se fosse embora um pedaço de humanidade."
RAUL ISIDORO PEREIRA (São Paulo, SP)

"As charges de Glauco contribuíram para a formação ou o interesse pela política de uma geração inteira. O início da década de 80, o renascer da democracia, tudo isso estimulava. Ver o que Glauco queria nos "dizer" quase todo dia na página 2 da Folha era fundamental. A charge em que um faxineiro dá um tapinha nas costas de Franco Montoro, recém-eleito governador de São Paulo, e diz, na maior intimidade, "Montorãoooo", foi um retrato singelo e um claro alerta aos políticos sobre a expectativa que tínhamos todos com a redemocratização. Vai com Deus, Glauco. Vamos sentir muito sua falta."
DIONYZIO ANTONIO MARTINS KLAVDIANOS (Brasília, DF)

"Muito bom o especial sobre a morte do cartunista Glauco. Pude conhecer melhor o seu trabalho, aumentando minha admiração por sua arte, o que faz a perda ser mais intensa e triste. Calou-se uma voz que falava por muitos de nós brasileiros, alguém que provocava riso e reflexão crítica ao mesmo tempo."
LYDIA RODRIGUES SOUZA (Franca, SP)

"Considerando a extensa cobertura sobre a morte do cartunista Glauco, estranho o fato de a Folha, até o momento, não ter abordado o risco do uso de substâncias alucinógenas por pessoas com predisposição a surtos psicóticos. Também seria interessante ler a opinião de neurocientistas sobre estados contemplativos e de êxtase religioso."
MARCOS GALAN MORILLO (São Paulo, SP)

"Cumprido o devido tempo de estupor, luto e tristeza pela morte do cartunista Glauco e de seu filho (tão lindo também), peço a este jornal, que não recusa nenhum tema espinhoso, que discuta a questão das drogas, associadas ou não ao Santo Daime. Chega de hipocrisia, de olhar para a parede como avestruz."
MÁRCIA MENDES DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

Educação
"A presidente da Apeoesp afirma nesta Folha que a Secretaria da Educação não quis negociar com os sindicalistas. É importante informar que, ao longo do ano passado, houve diversas reuniões entre o secretário Paulo Renato Souza e os representantes classistas, inclusive três delas com a diretoria da Apeoesp. Na última dessas negociações, antes da prova dos temporários, a secretaria acatou uma reivindicação da entidade no sentido de considerar o tempo de serviço em até 20% da nota da prova.
A Apeoesp se bate contra os programas que instituíram a meritocracia e estão permitindo a evolução positiva dos indicadores da educação em São Paulo. O sindicato reivindica até a revogação da lei que impediu aos professores faltarem dia sim, dia não, o que destrói qualquer processo educativo. Os sindicalistas também se colocam contra a lei que permitiu que professores ganhem 25% de aumento salarial de acordo com o mérito aferido em provas e na assiduidade.
A verdade é que o movimento, como reconheceram explicitamente vários oradores na assembleia da semana passada, tem o objetivo político de influenciar nas próximas eleições."
ROGER FERREIRA, assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

"Professores não podem parar a Paulista para reivindicar reposição salarial, mas a Parada Gay coloca milhões na rua e está tudo bem. Nada contra os gays, mas será que o orgulho gay é mais importante do que a educação?"
VITORINO MUIS (Guaratinguetá, SP)

Férias dos juízes
"Ao tocar no assunto de uma possível redução das férias dos juízes de 60 dias para 30 dias e igualar ao resto dos trabalhadores da nação, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, uniu as entidades de juízes brasileiros na defesa do corporativismo jurídico.
O presidente da Associação dos Magistrados do Brasil disse que em muitos casos o juiz se sacrifica no seu trabalho. Então, nesse caso, os cortadores de cana deveriam ter 120 dias de férias, mesmo porque trabalham muito mais que a média dos outros trabalhadores e não são poucas as vezes que enfrentam condições desumanas."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

Lula e Cuba
"As recentes declarações do presidente Lula sobre os dissidentes cubanos e o pronunciamento do chanceler Celso Amorim traduzem, com eloquência, a práxis do pensamento lulo-petista. Às ditaduras de esquerda tudo é permitido, inclusive o desconhecimento de direitos humanos. Às ditaduras de direita só deve ser permitido o estrito exercício da democracia, com respeito total aos direitos humanos. Eita cinismo prepotente."
HARLEY PAIVA MARTINS (João Pessoa, PB)

Energia
"A reportagem "Investimento menor explica cortes de luz" (Dinheiro, 7/3), que motivou o editorial "Apagão do investimento" (9/3), constrói uma correlação errada entre a queda de investimentos totais e a piora na qualidade do fornecimento de energia. Não se pode misturar queda dos investimentos para implantação no programa Luz para Todos com investimentos permanentes na manutenção de redes.
Estes últimos, sim, afetam a qualidade no fornecimento. Além disso, o valor dos investimentos feitos pelas distribuidoras para atender às metas de qualidade é formalmente analisado e autorizado ou não pela agência reguladora, uma vez que tais investimentos impactam as tarifas dos consumidores. A Aneel sempre atua a favor do consumidor com base na máxima regulatória "autorizar custos eficientes e investimentos prudentes".
Um jornal tão conceituado deve preocupar-se em fazer investigações mais robustas, além da superfície, e que não se limitem ao jornalismo declaratório."
CLAUDIO J. D. SALES, diretor-presidente do Instituto Acende Brasil (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Leila Coimbra - A correlação entre a redução de investimentos e a interrupção no fornecimento de energia foi feita por executivos de empresas do setor entrevistados pela reportagem. Em relação ao Luz para Todos, a reportagem informa que as empresas explicam parte da redução de investimentos pelo fato de o programa estar no fim.

Problemas da carne
"A conta publicada por Roberto Rodrigues no texto "A carne não é fraca..." (Dinheiro, 13/3), da relação entre eructações (gases) bovinas versus a captação de CO2 por pastagens, é não apenas simplória como também esconde os principais problemas ambientais que envolvem o setor. A pecuária brasileira é responsável hoje, segundo dados do governo federal, pela maior parte do desmatamento da Amazônia -infelizmente, ainda retira-se floresta para a ampliação de pastagens. E é esse mesmo desmatamento o maior responsável por fazer do Brasil o quarto maior emissor de gases do efeito estufa do mundo. A conta do ex-ministro Roberto Rodrigues não bate.
Cobramos, torcemos e agimos para solucionar esse tipo de passivo do setor. Parcializar dados, dando ares de vitória ao que hoje é problema, não contribuirá para a solução. O setor necessita mais de trabalho do que de escritas de desagravo."
MARCIO ASTRINI, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace (São Paulo, SP)

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