São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Imortais
"Belíssima homenagem a Guimarães Rosa, Machado de Assis, Antonio Candido e outros grandes escritores no texto "João & Joaquim (e outros imortais)" ("Tendências/ Debates", 13/4). Frei Betto, nesta sucinta análise da obra de "João & Joaquim", mostra por que, a despeito das diferenças entre os estilos, estes dois grandes autores serão sempre imortais na memória dos apaixonados por literatura, independentemente de o centenário que se completa ser o do nascimento ou o da morte. Parabéns a Frei Betto pela erudição e também pela lembrança de Fernando Pessoa, para mim, o maior dos imortais."
PRISCILA DE SIQUEIRA FRANCO BISOFFI (Arujá, SP)

Biocombustíveis
"É alarde a declaração do relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler ("ONU diz que biocombustíveis são crime contra a humanidade", Folha Online de ontem), de que os biocombustíveis são um crime contra a humanidade. É ponto pacífico que o veículo automotor veio para ficar. O que é preciso fazer é encontrar o combustível ideal, que não agrida a natureza. Quanto aos alimentos, também a agricultura terá de se diversificar: produzir para combustíveis e para alimentar a população. Tudo dentro de um determinado controle. Sem excessos."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)

Indenizações
"Já é chegada a hora de algum político decente provocar no Congresso uma CPI para averiguar os procedimentos dessa tal Comissão de Anistia e verificar quais são as verdadeiras razões de tamanhas e vergonhosas indenizações e "aposentadorias" vitalícias -que já passam de R$ 2 bilhões! Se tudo foi bolado com base na Lei da Anistia, por que não indenizar a mãe do soldado Mário Kozel Filho, morto barbaramente por terroristas no QG do então 2º Exército, e a família do tenente da PM morto covardemente a coronhadas pelo bando do ex-capitão traidor Carlos Lamarca, no vale do Ribeira? Certamente muitas dessas pessoas, que eram soldados da PM à época, estão vivas. Foram chamadas algum dia para depor nessa famigerada comissão, que se intitula democrática e imparcial? A verdade é que muita gente, sob interesses escusos, está se locupletando com o dinheiro público que deveria estar sendo aplicado na saúde."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA , advogado, subtenente da reserva do Exército (Lins SP)

Teatro
"O editorial sobre a lei geral do teatro foi extremamente leviano ("Aperfeiçoar a Lei Rouanet", 6/4). Como é possível afirmar, sem mais nem menos, que abaixar a cota de renúncia fiscal modifica a escolha de artistas e repertório? A mesma leviandade é a responsável pela inutilidade da Lei Rouanet como política cultural, fruto do desinteresse de nossos políticos com a questão e -mais uma vez no Brasil- um emblema a mais da concentração de recursos no que já tem viabilidade. Mais um desperdício entre tantos, o que faz do Brasil um país selvagem, quando poderia esbanjar civilização."
MAURÍCIO PARONI DE CASTRO , diretor de teatro (São Paulo, SP)

Arquitetura
"Finalmente uma reportagem que demonstra a importância de uma obra que coloca São Paulo na pauta da arquitetura contemporânea ("Arquitetura deve provocar surpresa", Ilustrada, 13/4). Ruy Ohtake, seguindo muitos preceitos de seu berço modernista, consegue avançar com coragem. Talvez por isso não se saiba ainda como avaliar o seu enorme legado."
MARA DREYFUSS , arquiteta (São Paulo, SP)

ONGs
"Em relação à reportagem "TCU aponta viés político na seleção de ONGs" (Brasil, 14/4), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes -Abrasel- esclarece que nunca foi notificada sobre qualquer irregularidade nem foi chamada pelo TCU a prestar esclarecimentos sobre os convênios firmados entre a entidade e o Ministério do Turismo. É estranho que um relatório "que ainda será levado a voto no plenário do TCU" seja enviado ao jornal sem que a Abrasel e o Ministério do Turismo tenham sido ouvidos. Entendemos que o vazamento do citado relatório, inconcluso, seja parte do jogo político. A Abrasel prestou contas regularmente sobre todos os convênios realizados com o Ministério do Turismo, não havendo nenhuma desaprovação a eles por qualquer órgão público."
PAULO SOLMUCCI JÚNIOR , presidente executivo (Belo Horizonte, MG)

UnB
"Certamente, o mais correto seria que alguém, principalmente as pessoas que ocupam cargos públicos, ao ter seu desempenho colocado em xeque, se retirasse do cargo. Mas, como isso é quase impossível de acontecer, acho que a pressão da maioria insatisfeita, desde que feita de maneira civilizada, seja o único caminho para fazer com que essas pessoas ajam com um pouco mais de decência. Comodismo e passividade só nos prejudicam."
CRISTINA REGGIANI (Santana de Parnaíba, SP)

Auditores
"A greve dos auditores fiscais da Receita Federal está prejudicando exportações, importações e empresas que produzem para exportar ou as que usam produtos importados. E isso pode causar desemprego, além de aumento nos custos de armazenagem. A imposição de um salário desejado por parte dos "assalariados" ao empregador é chocante e provavelmente só ocorra devido à estabilidade -inexistente na iniciativa privada- e à habitual falta de penalidades aos funcionários públicos em greves anteriores. Se eu fosse um dos grevistas, pediria demissão e iria trabalhar por conta própria ou então onde me pagassem o que minha capacidade merece."
MÁRIO ALVES DENTE (São Paulo, SP)

Sistema penal
"É lamentável, em pleno Estado democrático de Direito e quase 20 anos após a Constituição de 1988, ler o texto "A eficiência do sistema penal", de André Luís Woloszyn ("Tendências/Debates", 14/4). Dizer que liberdade provisória e progressão de regime permitem que criminosos voltem às ruas para não fazer outra coisa senão roubar e matar e dizer que a decisão do STF sobre progressão de regime nos crimes hediondos é decisivo para agravar o quadro de criminalidade -ou ainda criticar a extinção do exame criminológico- faria sentido em um regime fascista baseado na ampla acusação (como o antigo código de processo penal italiano, que serviu de base ao atual código brasileiro de 1941)."
MARCELO HENRIQUE P. MARQUES (Curitiba, PR)

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