|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Imortais
"Belíssima homenagem a Guimarães Rosa, Machado de Assis, Antonio Candido e outros grandes escritores no texto "João & Joaquim (e
outros imortais)" ("Tendências/ Debates", 13/4).
Frei Betto, nesta sucinta análise
da obra de "João & Joaquim", mostra por que, a despeito das diferenças entre os estilos, estes dois grandes autores serão sempre imortais
na memória dos apaixonados por literatura, independentemente de o
centenário que se completa ser o do
nascimento ou o da morte.
Parabéns a Frei Betto pela erudição e também pela lembrança de
Fernando Pessoa, para mim, o
maior dos imortais."
PRISCILA DE SIQUEIRA FRANCO BISOFFI (Arujá, SP)
Biocombustíveis
"É alarde a declaração do relator
especial da ONU para o Direito à
Alimentação, o suíço Jean Ziegler
("ONU diz que biocombustíveis são
crime contra a humanidade", Folha
Online de ontem), de que os biocombustíveis são um crime contra
a humanidade.
É ponto pacífico que o veículo automotor veio para ficar. O que é
preciso fazer é encontrar o combustível ideal, que não agrida a natureza.
Quanto aos alimentos, também a
agricultura terá de se diversificar:
produzir para combustíveis e para
alimentar a população. Tudo dentro de um determinado controle.
Sem excessos."
WALTER DWORAK FILHO (Porto Alegre, RS)
Indenizações
"Já é chegada a hora de algum político decente provocar no Congresso uma CPI para averiguar os procedimentos dessa tal Comissão de
Anistia e verificar quais são as verdadeiras razões de tamanhas e vergonhosas indenizações e "aposentadorias" vitalícias -que já passam de
R$ 2 bilhões!
Se tudo foi bolado com base na
Lei da Anistia, por que não indenizar a mãe do soldado Mário Kozel
Filho, morto barbaramente por terroristas no QG do então 2º Exército, e a família do tenente da PM
morto covardemente a coronhadas
pelo bando do ex-capitão traidor
Carlos Lamarca, no vale do Ribeira?
Certamente muitas dessas pessoas, que eram soldados da PM à
época, estão vivas. Foram chamadas algum dia para depor nessa famigerada comissão, que se intitula
democrática e imparcial?
A verdade é que muita gente, sob
interesses escusos, está se locupletando com o dinheiro público que
deveria estar sendo aplicado na
saúde."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA , advogado, subtenente da reserva do Exército (Lins SP)
Teatro
"O editorial sobre a lei geral do
teatro foi extremamente leviano
("Aperfeiçoar a Lei Rouanet", 6/4).
Como é possível afirmar, sem
mais nem menos, que abaixar a cota
de renúncia fiscal modifica a escolha de artistas e repertório?
A mesma leviandade é a responsável pela inutilidade da Lei Rouanet como política cultural, fruto do
desinteresse de nossos políticos
com a questão e -mais uma vez no
Brasil- um emblema a mais da
concentração de recursos no que já
tem viabilidade.
Mais um desperdício entre tantos, o que faz do Brasil um país selvagem, quando poderia esbanjar
civilização."
MAURÍCIO PARONI DE CASTRO , diretor de teatro
(São Paulo, SP)
Arquitetura
"Finalmente uma reportagem
que demonstra a importância de
uma obra que coloca São Paulo na
pauta da arquitetura contemporânea ("Arquitetura deve provocar
surpresa", Ilustrada, 13/4).
Ruy Ohtake, seguindo muitos
preceitos de seu berço modernista,
consegue avançar com coragem.
Talvez por isso não se saiba ainda
como avaliar o seu enorme legado."
MARA DREYFUSS , arquiteta (São Paulo, SP)
ONGs
"Em relação à reportagem "TCU
aponta viés político na seleção de
ONGs" (Brasil, 14/4), a Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes
-Abrasel- esclarece que nunca foi
notificada sobre qualquer irregularidade nem foi chamada pelo TCU
a prestar esclarecimentos sobre os
convênios firmados entre a entidade e o Ministério do Turismo.
É estranho que um relatório "que
ainda será levado a voto no plenário
do TCU" seja enviado ao jornal sem
que a Abrasel e o Ministério do Turismo tenham sido ouvidos. Entendemos que o vazamento do citado
relatório, inconcluso, seja parte do
jogo político.
A Abrasel prestou contas regularmente sobre todos os convênios
realizados com o Ministério do Turismo, não havendo nenhuma desaprovação a eles por qualquer órgão público."
PAULO SOLMUCCI JÚNIOR , presidente executivo
(Belo Horizonte, MG)
UnB
"Certamente, o mais correto seria que alguém, principalmente as
pessoas que ocupam cargos públicos, ao ter seu desempenho colocado em xeque, se retirasse do cargo.
Mas, como isso é quase impossível de acontecer, acho que a pressão
da maioria insatisfeita, desde que
feita de maneira civilizada, seja o
único caminho para fazer com que
essas pessoas ajam com um pouco
mais de decência.
Comodismo e passividade só nos
prejudicam."
CRISTINA REGGIANI (Santana de Parnaíba, SP)
Auditores
"A greve dos auditores fiscais da
Receita Federal está prejudicando
exportações, importações e empresas que produzem para exportar ou
as que usam produtos importados.
E isso pode causar desemprego,
além de aumento nos custos de armazenagem.
A imposição de um salário desejado por parte dos "assalariados" ao
empregador é chocante e provavelmente só ocorra devido à estabilidade -inexistente na iniciativa privada- e à habitual falta de penalidades aos funcionários públicos em
greves anteriores.
Se eu fosse um dos grevistas, pediria demissão e iria trabalhar por
conta própria ou então onde me pagassem o que minha capacidade
merece."
MÁRIO ALVES DENTE (São Paulo, SP)
Sistema penal
"É lamentável, em pleno Estado
democrático de Direito e quase 20
anos após a Constituição de 1988,
ler o texto "A eficiência do sistema
penal", de André Luís Woloszyn
("Tendências/Debates", 14/4).
Dizer que liberdade provisória e
progressão de regime permitem
que criminosos voltem às ruas para
não fazer outra coisa senão roubar e
matar e dizer que a decisão do STF
sobre progressão de regime nos crimes hediondos é decisivo para
agravar o quadro de criminalidade
-ou ainda criticar a extinção do
exame criminológico- faria sentido em um regime fascista baseado
na ampla acusação (como o antigo
código de processo penal italiano,
que serviu de base ao atual código
brasileiro de 1941)."
MARCELO HENRIQUE P. MARQUES (Curitiba, PR)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Antônio Carlos de Almeida Castro: Cadeia não é catarse Próximo Texto: Erramos Índice
|