São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Dilma
"A ex-ministra Dilma Rousseff nunca disse a frase "eu não fugi da luta e não deixei o Brasil", publicada em parte dos exemplares da edição de domingo no texto "Dilma ataca rival e diz que não "fugiu" da luta na ditadura" (Brasil). A correção é necessária porque a informação errada deu margem a uma interpretação maliciosa do discurso da ex-ministra. Dilma Rousseff não se referiu em nenhum momento a pessoas que tiveram de deixar o país em qualquer circunstância. Segue a transcrição exata do trecho do discurso que foi deturpado: "Eu não fujo da situação quando ela fica difícil. Eu não tenho medo da luta. Eu posso apanhar, sofrer, ser maltratada, como já fui, mas eu estou sempre firme com as minhas convicções. Em cada época da minha vida, eu fiz o que fiz porque acreditei no que fazia. Fiz com o coração, com a minha alma e a minha paixão. Eu só mudei quando o Brasil mudou, mas eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo, nunca abandonei o barco".
É lamentável que a partir de um erro da própria Folha o jornal tenha dado curso, nas edições seguintes, a uma tentativa de manipulação política e eleitoral por parte dos adversários da ex-ministra.
O discurso da ex-ministra está em www.youtube.com/watch?v=KpkBQ4GHPjI&feature=player-embedded"
OSWALDO BUARIM JÚNIOR , assessor de imprensa de Dilma Rousseff (Brasília, DF)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Crimes em Luziânia
"Essa conjunção absurda de incompetências levou ao assassinato de seis jovens cidadãos. Legislativo e Judiciário estão irmanados neste desastre. Um, com o absurdo instituto da progressão de penas -que, aliás, deveria ser chamado de regressão; outro, com incapacidade e incompetência notórias para a aplicação das leis.
Conseguiram libertar um psicopata em fase crítica de desequilíbrio mental, haja vista que começou a cometer crimes dias depois de ser solto. As autoridades responsáveis pela liberação de um marginal com tal grau de periculosidade deveriam ser corresponsabilizadas pelos crimes -ou com punições pertinentes ao caso, na forma da lei. Assim seus colegas passariam a ter mais critério no exercício de suas funções."
MARCOS BASTOS PEREIRA (São Paulo, SP)

 

"Quando o dono de um cão bravio deixa, por descuido, o animal escapar e esse animal vai à rua e mata um pedestre, o dono pode ser punido por "omissão na guarda de animal bravio" e "homicídio culposo".
E quem pode ser responsabilizado quando o sistema de execuções penais, ao conceder o beneficio da "progressão da pena", antecede indevidamente a liberdade de um criminoso psicopata que, cruelmente, mata seis jovens?
Mais uma vez fica demonstrado o desastre que representam leis utópicas, que, na prática, colocam em risco a sociedade.
As leis de execuções deveriam ser simplificadas, e as penas deveriam ser cumpridas integralmente com base no que foi decidido no momento da sentença."
EDENILSON MEIRA (Itapetininga, SP)

Belo Monte
"No artigo "Belo Monte, ou a política como avatar" (Dinheiro, ontem), Marcelo Leite faz uma crítica à adesão do cineasta James Cameron à campanha contra a usina de Belo Monte.
Na opinião do colunista, foi um erro, que pode dar munição ao neonacionalismo antiambientalista e xenófobo que tem tomado o Congresso Nacional. Não concordamos com esse posicionamento, mas o respeitamos. Queremos questionar, porém, a afirmação de que "a maior vítima desse travesti da luta política é a objetividade possível.
Nenhum dos lados se presta a um debate substantivo sobre Belo Monte (...)".
De fato, é acintosa a decisão do governo de ignorar os próprios pareceres técnicos contrários à obra, em detrimento da Constituição. A sociedade civil, no entanto, não pode ser acusada de se furtar aos debates. Desde a década de 1980, elaboramos pesquisas e estudos técnicos, antropológicos, jurídicos e econômicos, com apoio de cientistas de todo o Brasil e do exterior, que embasam nosso posicionamento. E inúmeras vezes buscamos o diálogo com o governo, sendo solenemente ignorados.
Quanto a Cameron, acreditamos que a opinião pública deva ser confrontada com os aspectos emocionais que tocam os que se assustam e se comovem com a brutalidade do projeto de Belo Monte, sejam índios, sejam celebridades internacionais. A sensibilidade, por vezes, cumpre importante papel quando a razão se põe surda e muda."
ANTONIA MELO e RENATA PINHEIRO , Movimento Xingu Vivo para Sempre (Altamira, PA)

"Lei Maluf"
"O parágrafo primeiro do projeto de lei número 265, de Paulo Maluf, já existe há 22 anos.
É o artigo 5º, inciso LXXIII, da Constituição do Brasil.
Assim está escrito: "Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência".
Quanto à "perseguição" por parte dos membros do Ministério Público, não creio que seja feita por interesses pessoais destes. Na Constituição, o artigo 127 descreve minuciosamente às atribuições que competem o Ministério Público.
Por falta de tempo e de espaço -este é destinado aos leitores da Folha-, deixo, para aguçar a curiosidade, apenas a indicação do Caput do artigo 127: "O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". É denominado "custus legis" (fiscal da lei)."
GUILHERME AVELAR GUIMARÃES (Uberlândia, MG)

Igreja
"Ridícula a ilustração de ontem para o artigo "Por uma revisão da formação do clero" ("Tendências/ Debates'). Até quando a Folha vai nivelar a igreja de Cristo com outras que não têm compromisso com o Espírito Santo, O qual Ele nos deixou como Ajudador e Revelador das coisas que são do Alto?"
MAGDA SÍLVIA BERTOLUCI LEARDINI (Rio Claro, SP)

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