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Dilma
"A ex-ministra Dilma Rousseff
nunca disse a frase "eu não fugi da
luta e não deixei o Brasil", publicada
em parte dos exemplares da edição
de domingo no texto "Dilma ataca
rival e diz que não "fugiu" da luta na
ditadura" (Brasil). A correção é
necessária porque a informação
errada deu margem a uma interpretação maliciosa do discurso da
ex-ministra. Dilma Rousseff não se
referiu em nenhum momento a
pessoas que tiveram de deixar o
país em qualquer circunstância. Segue a transcrição exata do trecho
do discurso que foi deturpado:
"Eu não fujo da situação quando
ela fica difícil. Eu não tenho medo
da luta. Eu posso apanhar, sofrer,
ser maltratada, como já fui, mas eu
estou sempre firme com as minhas
convicções. Em cada época da minha vida, eu fiz o que fiz porque
acreditei no que fazia. Fiz com o coração, com a minha alma e a minha
paixão. Eu só mudei quando o Brasil mudou, mas eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo,
nunca abandonei o barco".
É lamentável que a partir de um
erro da própria Folha o jornal tenha dado curso, nas edições seguintes, a uma tentativa de manipulação política e eleitoral por parte dos
adversários da ex-ministra.
O discurso da ex-ministra está
em www.youtube.com/watch?v=KpkBQ4GHPjI&feature=player-embedded"
OSWALDO BUARIM JÚNIOR , assessor de imprensa
de Dilma Rousseff (Brasília, DF)
Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".
Crimes em Luziânia
"Essa conjunção absurda de incompetências levou ao assassinato
de seis jovens cidadãos. Legislativo
e Judiciário estão irmanados neste
desastre. Um, com o absurdo instituto da progressão de penas -que,
aliás, deveria ser chamado de
regressão; outro, com incapacidade
e incompetência notórias para a
aplicação das leis.
Conseguiram libertar um psicopata em fase crítica de desequilíbrio
mental, haja vista que começou a
cometer crimes dias depois de ser
solto. As autoridades responsáveis
pela liberação de um marginal com
tal grau de periculosidade deveriam
ser corresponsabilizadas pelos crimes -ou com punições pertinentes
ao caso, na forma da lei. Assim seus
colegas passariam a ter mais critério no exercício de suas funções."
MARCOS BASTOS PEREIRA (São Paulo, SP)
"Quando o dono de um cão bravio
deixa, por descuido, o animal escapar e esse animal vai à rua e mata
um pedestre, o dono pode ser punido por "omissão na guarda de animal bravio" e "homicídio culposo".
E quem pode ser responsabilizado quando o sistema de execuções
penais, ao conceder o beneficio da
"progressão da pena", antecede indevidamente a liberdade de um criminoso psicopata que, cruelmente,
mata seis jovens?
Mais uma vez fica demonstrado o
desastre que representam leis utópicas, que, na prática, colocam em
risco a sociedade.
As leis de execuções deveriam ser
simplificadas, e as penas deveriam
ser cumpridas integralmente com
base no que foi decidido no momento da sentença."
EDENILSON MEIRA (Itapetininga, SP)
Belo Monte
"No artigo "Belo Monte, ou a política como avatar" (Dinheiro, ontem), Marcelo Leite faz uma crítica
à adesão do cineasta James Cameron à campanha contra a usina de
Belo Monte.
Na opinião do colunista, foi um
erro, que pode dar munição ao neonacionalismo antiambientalista e
xenófobo que tem tomado o Congresso Nacional. Não concordamos
com esse posicionamento, mas o
respeitamos. Queremos questionar, porém, a afirmação de que "a
maior vítima desse travesti da luta
política é a objetividade possível.
Nenhum dos lados se presta a um
debate substantivo sobre Belo
Monte (...)".
De fato, é acintosa a decisão do
governo de ignorar os próprios pareceres técnicos contrários à obra,
em detrimento da Constituição. A
sociedade civil, no entanto, não pode ser acusada de se furtar aos debates. Desde a década de 1980, elaboramos pesquisas e estudos técnicos, antropológicos, jurídicos e econômicos, com apoio de cientistas
de todo o Brasil e do exterior, que
embasam nosso posicionamento. E
inúmeras vezes buscamos o diálogo
com o governo, sendo solenemente
ignorados.
Quanto a Cameron, acreditamos
que a opinião pública deva ser confrontada com os aspectos emocionais que tocam os que se assustam
e se comovem com a brutalidade do
projeto de Belo Monte, sejam índios, sejam celebridades internacionais. A sensibilidade, por vezes,
cumpre importante papel quando a
razão se põe surda e muda."
ANTONIA MELO e RENATA PINHEIRO , Movimento
Xingu Vivo para Sempre (Altamira, PA)
"Lei Maluf"
"O parágrafo primeiro do projeto
de lei número 265, de Paulo Maluf,
já existe há 22 anos.
É o artigo 5º, inciso LXXIII, da
Constituição do Brasil.
Assim está escrito: "Qualquer cidadão é parte legítima para propor
ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,
salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência".
Quanto à "perseguição" por parte
dos membros do Ministério Público, não creio que seja feita por interesses pessoais destes. Na Constituição, o artigo 127 descreve minuciosamente às atribuições que competem o Ministério Público.
Por falta de tempo e de espaço
-este é destinado aos leitores da
Folha-, deixo, para aguçar a curiosidade, apenas a indicação do Caput
do artigo 127: "O Ministério Público
é instituição permanente, essencial
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e
dos interesses sociais e individuais
indisponíveis". É denominado "custus legis" (fiscal da lei)."
GUILHERME AVELAR GUIMARÃES (Uberlândia, MG)
Igreja
"Ridícula a ilustração de ontem
para o artigo "Por uma revisão da
formação do clero" ("Tendências/
Debates'). Até quando a Folha vai
nivelar a igreja de Cristo com outras que não têm compromisso
com o Espírito Santo, O qual Ele
nos deixou como Ajudador e Revelador das coisas que são do Alto?"
MAGDA SÍLVIA BERTOLUCI LEARDINI (Rio Claro, SP)
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