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PAINEL DO LEITOR
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Marina Silva
"Todos os políticos citados na reportagem da página A6 (Brasil) de
ontem que festejaram a saída da
Marina Silva são "demos". O deputado Marcos Montes (MG) disse até
que Lula "marcou mais um gol".
Ora, se só a oposição comemorou, deve ter sido um gol contra."
ALEXANDRE ROCHA (São Paulo, SP)
"A saída de Marina Silva nos deixa firmes para dizer que há algo de
podre neste Brasil comandado pelos petistas e sindicalistas.
Com certeza, essa turma quer sepultar de uma vez por todas as esperanças daquele Brasil maravilhoso
imaginado por Marina Silva, Cristovam Buarque, Heloísa Helena,
Frei Betto e outros cidadãos verdadeiramente brasileiros."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
"O grande perdedor nesse episódio da saída de Marina Silva foi Lula, que não mais poderá desfraldar
pelo mundo afora a sua bandeira de
grande defensor do ambiente.
Marina, figura emblemática e reconhecida internacionalmente, era
apenas usada por Lula com esse objetivo, já que suas posições e opiniões nunca foram levadas em conta. Sua saída não trará mudança nenhuma na política ambiental."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
"Lamentamos a saída de Marina
Silva do governo, onde representava a Amazônia com dignidade, correção e conhecimento das condições locais.
A ex-ministra, que recebeu o Prêmio PNBE de Cidadania, era um
símbolo da preservação para as gerações futuras da Amazônia, uma
riqueza de biodiversidade única no
mundo, que diferencia nosso país.
Esperamos que seu substituto seja capaz de conciliar adequadamente a necessidade de preservação
com o desenvolvimento sustentável da região."
MARIO ERNESTO HUMBERG e SYLVAIN KERNBAUM,
coordenadores-gerais do Pensamento Nacional
das Bases Empresariais (São Paulo, SP)
Cotas
"Correta a atitude da Folha de
publicar os dois manifestos sobre a
implantação ou não de políticas públicas de combate ao racismo (Cotidiano de ontem). É preciso que fiquem bem claros os argumentos
dos que são contra as cotas.
Há necessidade urgente de ações
afirmativas no Brasil e menos delírios acadêmicos ou ideológicos.
Talvez assim consigamos finalmente terminar o processo inacabado
de abolição da escravatura."
MARCO ANTONIO DOS SANTOS, militante negro e
membro do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo
(Bebedouro, SP)
Parabenizo a Folha por entrevistar o senhor José Carlos Miranda
("Isso só servirá para pôr um pobre
contra o outro", Cotidiano, 13/5).
O operário e sindicalista externou com perfeita lucidez a realidade vivida pelos pobres deste país,
que, independentemente da genética, sofrem a desigualdade na educação.
Somente com um ensino público
gratuito e de qualidade é que a sina
dos pobres (entre eles os negros,
pardos, mulatos, cafuzos, mamelucos e brancos) poderá ser revertida.
Por outro lado, o artigo do ministro Mangabeira Unger ("Fazer a
abolição de novo", "Tendências/Debates", 13/5) é de uma miopia apropriada àqueles regiamente pagos
pelo erário, independentemente da
ascendência."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)
Fundos de pensão
"O artigo de Elio Gaspari de ontem ("A privataria aparelhada vai
bem, obrigado", Brasil) opina sobre
a negociação entre os acionistas da
Brasil Telecom e da Telemar e
aponta vulnerabilidade dos fundos
de pensão.
A opinião não se sustenta. Senão,
vejamos: em 2003, os atuais gestores dos fundos de pensão encontraram uma situação extremamente
desfavorável nos investimentos relacionados à privatização da telefonia. Não havia perspectivas de saída
dos investimentos, já estava instaurado um contencioso dos cotistas
com o gestor dos investimentos feitos por meio de uma estrutura
complexa de governança e a avaliação era a de que eram remotas as
chances de recuperar o que foi investido à época da privatização.
Além disso, as decisões tomadas
de lá para cá foram todas feitas com
total rigor técnico e sempre avaliadas pelos colegiados de cada
entidade.
As providências adotadas pelos
fundos de pensão se mostraram eficazes. Ao contrário do que se afirma, foi possível criar valor, recuperar investimentos com fortes perspectivas de valorização futura e definições como ter liquidez.
Os dados de nosso desempenho
nos últimos anos são o melhor aval
para nosso posicionamento."
GUILHERME LACERDA, presidente da Fundação dos
Economiários Federais (Funcef), e WAGNER PINHEIRO DE OLIVEIRA, presidente da Fundação
Petrobras de Seguridade Social -Petros
(Brasília, DF)
Edemar
"Em "Suíça deve colaborar no caso que envolve Alston e Metrô"
(Brasil, 14/5), Mario Cesar Carvalho publica um parágrafo que nada
tem a ver com a reportagem em si,
informando aos leitores que "outro
caso em que a Suíça congelou valores por falta de informações sobre a
origem dos recursos envolve o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira,
ex-dono do Banco Santos".
Não é verdade. Quando da intervenção no Banco Santos, o UBS
(União de Bancos Suíços), de Zurich, ante notícias publicadas por
esse mesmo jornalista nesse mesmo veículo, enviou ao Ministério
Público local correspondência informando que eu tinha conta no
banco, bem como duas empresas
das quais eu talvez fizesse parte,
contas essas abertas antes de o banco ter sido fundado.
Diante desses fatos, a Justiça
brasileira solicitou o congelamento
dessas contas, inocentando-me em
relação à conta pessoal, que foi declarada no meu Imposto de Renda."
EDEMAR CID FERREIRA (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Mario
Cesar Carvalho - O Ministério
Público da Suíça conseguiu
congelar valores que Edemar
Cid Ferreira mantinha numa
conta na Suíça depois que ele
foi condenado pela Justiça brasileira a 21 anos de prisão. Para
a promotoria suíça, a origem
dos fundos não foi esclarecida.
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