São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Marina Silva
"Todos os políticos citados na reportagem da página A6 (Brasil) de ontem que festejaram a saída da Marina Silva são "demos". O deputado Marcos Montes (MG) disse até que Lula "marcou mais um gol".
Ora, se só a oposição comemorou, deve ter sido um gol contra."
ALEXANDRE ROCHA (São Paulo, SP)

"A saída de Marina Silva nos deixa firmes para dizer que há algo de podre neste Brasil comandado pelos petistas e sindicalistas. Com certeza, essa turma quer sepultar de uma vez por todas as esperanças daquele Brasil maravilhoso imaginado por Marina Silva, Cristovam Buarque, Heloísa Helena, Frei Betto e outros cidadãos verdadeiramente brasileiros."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

"O grande perdedor nesse episódio da saída de Marina Silva foi Lula, que não mais poderá desfraldar pelo mundo afora a sua bandeira de grande defensor do ambiente.
Marina, figura emblemática e reconhecida internacionalmente, era apenas usada por Lula com esse objetivo, já que suas posições e opiniões nunca foram levadas em conta. Sua saída não trará mudança nenhuma na política ambiental."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

"Lamentamos a saída de Marina Silva do governo, onde representava a Amazônia com dignidade, correção e conhecimento das condições locais. A ex-ministra, que recebeu o Prêmio PNBE de Cidadania, era um símbolo da preservação para as gerações futuras da Amazônia, uma riqueza de biodiversidade única no mundo, que diferencia nosso país.
Esperamos que seu substituto seja capaz de conciliar adequadamente a necessidade de preservação com o desenvolvimento sustentável da região."
MARIO ERNESTO HUMBERG e SYLVAIN KERNBAUM, coordenadores-gerais do Pensamento Nacional das Bases Empresariais (São Paulo, SP)

Cotas
"Correta a atitude da Folha de publicar os dois manifestos sobre a implantação ou não de políticas públicas de combate ao racismo (Cotidiano de ontem). É preciso que fiquem bem claros os argumentos dos que são contra as cotas. Há necessidade urgente de ações afirmativas no Brasil e menos delírios acadêmicos ou ideológicos.
Talvez assim consigamos finalmente terminar o processo inacabado de abolição da escravatura."
MARCO ANTONIO DOS SANTOS, militante negro e membro do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de São Paulo (Bebedouro, SP)

Parabenizo a Folha por entrevistar o senhor José Carlos Miranda ("Isso só servirá para pôr um pobre contra o outro", Cotidiano, 13/5).
O operário e sindicalista externou com perfeita lucidez a realidade vivida pelos pobres deste país, que, independentemente da genética, sofrem a desigualdade na educação. Somente com um ensino público gratuito e de qualidade é que a sina dos pobres (entre eles os negros, pardos, mulatos, cafuzos, mamelucos e brancos) poderá ser revertida.
Por outro lado, o artigo do ministro Mangabeira Unger ("Fazer a abolição de novo", "Tendências/Debates", 13/5) é de uma miopia apropriada àqueles regiamente pagos pelo erário, independentemente da ascendência."
EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)

Fundos de pensão
"O artigo de Elio Gaspari de ontem ("A privataria aparelhada vai bem, obrigado", Brasil) opina sobre a negociação entre os acionistas da Brasil Telecom e da Telemar e aponta vulnerabilidade dos fundos de pensão.
A opinião não se sustenta. Senão, vejamos: em 2003, os atuais gestores dos fundos de pensão encontraram uma situação extremamente desfavorável nos investimentos relacionados à privatização da telefonia. Não havia perspectivas de saída dos investimentos, já estava instaurado um contencioso dos cotistas com o gestor dos investimentos feitos por meio de uma estrutura complexa de governança e a avaliação era a de que eram remotas as chances de recuperar o que foi investido à época da privatização.
Além disso, as decisões tomadas de lá para cá foram todas feitas com total rigor técnico e sempre avaliadas pelos colegiados de cada entidade.
As providências adotadas pelos fundos de pensão se mostraram eficazes. Ao contrário do que se afirma, foi possível criar valor, recuperar investimentos com fortes perspectivas de valorização futura e definições como ter liquidez.
Os dados de nosso desempenho nos últimos anos são o melhor aval para nosso posicionamento."
GUILHERME LACERDA, presidente da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), e WAGNER PINHEIRO DE OLIVEIRA, presidente da Fundação Petrobras de Seguridade Social -Petros (Brasília, DF)

Edemar
"Em "Suíça deve colaborar no caso que envolve Alston e Metrô" (Brasil, 14/5), Mario Cesar Carvalho publica um parágrafo que nada tem a ver com a reportagem em si, informando aos leitores que "outro caso em que a Suíça congelou valores por falta de informações sobre a origem dos recursos envolve o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos".
Não é verdade. Quando da intervenção no Banco Santos, o UBS (União de Bancos Suíços), de Zurich, ante notícias publicadas por esse mesmo jornalista nesse mesmo veículo, enviou ao Ministério Público local correspondência informando que eu tinha conta no banco, bem como duas empresas das quais eu talvez fizesse parte, contas essas abertas antes de o banco ter sido fundado.
Diante desses fatos, a Justiça brasileira solicitou o congelamento dessas contas, inocentando-me em relação à conta pessoal, que foi declarada no meu Imposto de Renda."
EDEMAR CID FERREIRA (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - O Ministério Público da Suíça conseguiu congelar valores que Edemar Cid Ferreira mantinha numa conta na Suíça depois que ele foi condenado pela Justiça brasileira a 21 anos de prisão. Para a promotoria suíça, a origem dos fundos não foi esclarecida.

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