São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Poupança
"Novamente a conta do desleixo, da incompetência, dos nefastos gastos públicos e da corrupção será paga pela falida classe média ("Governo taxará até 894 mil poupanças", Dinheiro, ontem)."
DAVID NETO (São Paulo, SP)

"A mexida nas regras de remuneração da caderneta de poupança é emblemática. Enquanto o rentismo financeiro navegou em águas tranquilas entre nós, com os juros Selic em taxas celestiais, os donos do poder da economia viam esse tipo de aplicação popular como coisa de "gente pobre". Mas no momento em que a crise do modelo globalizado neoliberal atinge os "endinheirados", que migraram em grande parte para esse tipo de aplicação financeira, as regras mudam. Agora pouco se sabe sobre quem vai "pagar a conta" dessa mexida na economia popular, mas, pelo nosso passado, desconfio que os mais humildes têm tudo para ficar com grande parte do "mico" nas mãos."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

"Migalhas para os pobres, mais dinheiro para os ricos às custas da classe média.
Essa manobra do governo de tributar os rendimentos da caderneta de poupança vem prejudicar ainda mais a classe média, mesmo sabendo que a maioria do 1% dos poupadores que serão taxados, que estão na faixa dos R$ 50 mil a R$ 100 mil, são na verdade poupadores, e não especuladores.
São assalariados, trabalhadores, microempresários e até produtores rurais, que poupam para melhorar de vida ou para garantir recursos para uma emergência eventual. Por que não taxar só os ricos, que possuem mais de uma forma de aplicação de recursos? Por que não cobrar dos bancos?
Se o governo quer promover uma melhor distribuição de renda, pois então que comece pelo topo, e não por achatar ainda mais a classe média."
ORSON MUREB JACOB, presidente do Sindicato Rural de Assis (Assis, SP)

Precatórios
"Como foi muito bem citado pelo advogado Saulo Ramos ("Vergonha permanente", "Tendências/Debates", ontem), é um golpe sujo -aliás, uma falta de vergonha na cara- o que os governadores e prefeitos pretendem ao jogar para as calendas gregas o pagamento dos débitos judiciais (precatórios). O atraso já tem 33 anos (1988 - 8 anos; 1990 - 10 anos e 2009 - 15 anos). Mostra às escâncaras a falta de caráter e formação de nossos "homens públicos". Causa espécie que o pretendente a presidente José Serra e o pretendente ao governo do Estado Gilberto Kassab estejam à frente dessa imundície.
Se tiverem os congressistas a falta de vergonha de aprovar tamanha ignomínia, será a pá de cal no respeito que um dia aquela Casa teve. Que depois não venham reclamar se os militares a fecharem para dedetização."
RAUL REINALDO MORALES CASSEBE (Osvaldo Cruz, SP)

General
"O general Paulo César de Castro, ex-chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, em discurso de despedida aos seus colegas de farda, fez entusiasmado elogio ao golpe militar de 1964 ("General responsável pelo ensino no Exército exalta golpe de 64 e ironiza cotas", Brasil, 13/5).
Evidentemente, estava no lugar errado, transmitindo ideias ultrapassadas a seus subordinados. Felizmente, deve ser minoria na caserna, onde, certamente, prevalecem os valores democráticos. De qualquer forma, serve de alerta à sociedade, que jamais tolerará as trevas da ditadura."
LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Fortaleza, CE)

"Tomo a liberdade de cumprimentar o general Castro por exaltar a vitoriosa revolução de 64. É importante salientar que a revolução mudou a história do Brasil e do mundo para melhor. A ideologia comunista teve seu começo e, pela força, teve o seu apogeu, mas, felizmente, o seu fim não tardou, e a nossa revolução concorreu muito para a derrocada do comunismo."
PEDRO CÂNDIDO FERREIRA FILHO (Belo Horizonte, MG)

Investimento
"Alguns esclarecimentos são necessários sobre o editorial "Aplicação para poucos" (Opinião, 2/5). No texto, é informado que o processo de cadastramento envolve uma "miríade de contratos que podem demorar mais de 30 dias", além do preenchimento de ficha de inscrição no site do Tesouro Direto.
Para começar a operar, caso o aplicador opte por um agente de custódia em que ele já possua conta, é necessário tão-somente a assinatura do termo de adesão ao regulamento do Tesouro Direto, como é usual para qualquer tipo de investimento. Entretanto, caso o investidor esteja abrindo uma conta em um novo agente de custódia, ele deverá, adicionalmente, cumprir com a legislação vigente, o que envolve o preenchimento de ficha cadastral do agente e a apresentação de documentação comprobatória, exigida pelos órgãos reguladores.
O tempo gasto para concluir todo esse processo, inclusive para os casos de novos clientes, depende de cada agente de custódia, mas é em geral bastante rápido, sendo que, em muitos casos, leva só um dia. O Tesouro Nacional tem se empenhado para democratizar o acesso a títulos públicos, e o recente crescimento do programa, principalmente entre os pequenos investidores, ilustra esse objetivo."
ANDRE PROITE, gerente de Relacionamento Institucional da Secretaria do Tesouro Nacional (Brasília, DF)

Obras
"Em 2005, a 6ª Vara Federal Criminal determinou que quatro unidades da USP ficassem como fiéis depositárias do acervo do antigo Instituto Cultural Banco Santos e de outros segmentos daquele conglomerado que se encontravam em precário estado de conservação. O compromisso assumido pela USP foi o de garantir uma destinação pública a esse patrimônio. A USP tem despendido recursos humanos e financeiros expressivos para tornar o acervo acessível à sociedade. Foram realizados trabalhos de higienização, catalogação e outras atividades curatoriais, que resultaram em exposições, seminários, aulas, palestras e publicações. Além disso, estudantes e pesquisadores nacionais e estrangeiros têm podido investigar e problematizar o acervo, evidenciando a sua relevância para a história e a cultura. A USP reitera sua posição de que o acervo deva permanecer como patrimônio público, de forma que possa continuar contribuindo para a formação da cidadania e a consolidação do Estado de Direito. Nesse sentido, a USP estuda a possibilidade de elaborar medidas judiciais para reverter o quadro mostrado na reportagem "Museus podem perder obras de arte de Edemar Cid Ferreira (Dinheiro, ontem)."
RUY ALBERTO CORRÊA ALTAFIM, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP (São Paulo, SP)

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