São Paulo, quarta-feira, 15 de junho de 2005

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Governo
"Sou um daqueles que foram enganados ao votar no PT. Tudo o que esperávamos se tornou o maior golpe de que este país foi vítima nos últimos anos. A mesma chance de ouro que teve o ex-presidente Collor parece que Lula também vai perder com essa história do "mensalão". De que adianta dizer que fatos do governo passado são conhecidos e não foram investigados? Por que não foram denunciados à época? Uma CPI ampla poderá passar este país a limpo, investigando tudo."
Paulo Pedro dos Santos (São Paulo, SP)

 

"Vamos torcer para que o presidente Lula não renuncie nem sofra impeachment. Motivo: se ele sai, assume José Alencar, cujo PL está no olho do furacão. Caso este não assuma, teremos Severino Cavalcanti, do PP, também sob suspeita, que se tornou presidente da Câmara graças a FHC e à bancada tucana. Caso seja comprovado que o governo andou pagando certas votações, deverão ser apuradas quais foram essas votações. Todos os que votaram a favor do governo estarão sob suspeita. De qualquer forma, deverá haver uma CPI para investigar os tesoureiros de campanhas para chegarmos à origem dos diversos episódios de corrupção, não só deste governo. Portanto resta esperar que, em 2006, apareça sangue novo como candidato ao lugar de Lula -e que não seja do PSDB nem do PT."
Ricardo Palombello (São Paulo, SP)

 

"Enquanto estradas federais são interditadas por absoluta falta de condições de uso, o pândego governo paga, religiosamente, juros escorchantes ao FMI. Vivemos uma pseudodemocracia, tal qual em Cuba, onde também há "eleições", mas a plebe rude usa papel higiênico "recondicionado". Bancos apregoam aumento de mais de 50% nos lucros no primeiro trimestre, e a grande maioria da população, endividada, sobrevive com um salário mínimo ridículo. A elite faz compras na Daslu e nós, simples mortais aparvalhados, que trabalhamos quatro meses do ano apenas para pagar impostos, compramos móveis e demais utensílios de segunda categoria nas "Casas Bahia" da vida."
Vicente Carneiro Filho (Santos, SP)

 

"Irrepreensível, poético e magnífico na forma e no conteúdo o texto de Fernando Bonassi de ontem ("O que acontece quando a esperança desaparece", Ilustrada). A esperança anunciada se esvai aos poucos como conseqüência do desgoverno atual e do desvelamento progressivo de Dirceus, Genoinos, Mercadantes, Luizinhos, Delúbios, Silvinhos et caterva, que tratam com desdém a opinião pública e a imprensa. Parabéns ao articulista e à Folha."
José Luiz Guimarães (Assis, SP)

 

"A corrupção tem sua origem e nutrição no imenso tamanho do setor público brasileiro. Não se trata de problema da esquerda ou da direita, nem de homens de bem ou de homens corruptos. Como futuro médico, afirmo que a "doença" de base é o tamanho do setor público brasileiro, que consome quase 50% do PIB, produzido por quem verdadeiramente sustenta o país, produzindo mercadorias e serviços. Com nossa cultura social histórica que valoriza e aumenta a importância do setor público na vida das pessoas, sempre haverá uma horda de parasitas e aproveitadores, principalmente os travestidos de políticos, que consomem as riquezas deste tão rico país e impedem o seu desenvolvimento. O Brasil precisa diminuir radicalmente o tamanho do Estado em todas as esferas. Com isso, conseguiria facilmente atingir o nível de prosperidade dos países desenvolvidos. Não é a Daslu que concentra renda e gera pobreza e desigualdade social neste país, mas, sim, os parasitas do Estado: políticos e funcionários públicos do Brasil inteiro", com altos salários e benefícios, que devem ser, em boa parte, clientes da loja."
Francisco Vítor de Oliveira Júnior (São Paulo, SP)

Masp
"Manifesto meu total repúdio ao artigo "A morte do Masp" (Opinião, 13/6). Colaborando há mais de 29 anos com o Masp, posso afirmar que quem acompanha e se interessa pelas atividades do museu sabe o quanto ele foi melhorado nos últimos anos, especialmente graças à dedicação e ao empenho do arquiteto Julio Neves. Parece que o jornalista autor do artigo aproveitou o espaço que ocupou interinamente para fazer um ataque pessoal descabido e nada construtivo ao presidente do museu."
Celso Vieira, presidente do Sindelivre -Sindicato das Entidades Culturais do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

 

"O artigo "A morte do Masp" tocou o meu já combalido coração. Na última vez em que visitei o museu, chorei, pois não o reconheci. O que fizeram ali? Conversei com funcionários e atendentes e todos apontaram para o "chefe". Como é possível isso? Que tolice, insensatez ou desvario pode levar alguém a tomar uma atitude como aquela? E o que fazemos nós, a "sociedade civil'?"
Márcia Scholz de Andrade Kersten (Curitiba, PR)

Aposentados
"É uma vergonha ver na TV atores consagrados fazendo propaganda de planos de empréstimos para idosos lastreados no contracheque dos aposentados. Todos sabemos que os juros altos da economia brasileira causam quebradeira e agiotagem. As distorções, os abusos e a quantidade de idosos que já estão em situação complicada por conta dessa "benfeitoria" merecem ser investigados pela imprensa."
Dalton A. A. Andrade (Sete Lagoas, MG)

IPI de cigarros
"Sobre a reportagem "Ação cobra rombo de R$ 2,8 bi no IPI de cigarros" (Dinheiro, 12/6), a Receita Federal esclarece: 1) O IPI é um imposto sobre o consumo pago pelo consumidor, não pelo produtor. Não pode, portanto, beneficiar ou prejudicar empresas. A ação popular mencionada arrola todos os fabricantes de cigarros como supostos beneficiários das mudanças, mas não menciona que diversos deles, à época de sua implantação, questionaram judicialmente o novo sistema, alegando ser mais gravoso que o modelo anterior, o que por si só já denota a incoerência e a improcedência no objeto da referida ação popular; 2) Inexiste qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade no decreto 3.070/ 1999. O Executivo tem poderes não só para aumentar alíquotas de impostos até um determinado limite mas também para reduzi-las até zero. Uma eventual redução de alíquotas não significa renúncia de receita -de que trata a Lei de Responsabilidade Fiscal. Renúncia de receita, segundo a mesma LRF, ocorreria se houvesse tratamento diferenciado entre contribuintes na mesma situação. Há que registrar que a LRF não alcança o IPI. Além disso, o decreto 3.070 é de 1999, ou seja, anterior à LRF; 3) Cumpre lembrar que ação idêntica à mencionada no texto já fora movida, sem sucesso, pelo Ministério Público Federal em agosto de 2000. A sentença de mérito, publicada em maio de 2003, declarou improcedente o pedido. Foi tamanha a inconsistência dos fundamentos da pretensão do Ministério Público que a sentença transitou em julgado sem que houvesse apelação para o Tribunal Regional Federal; 4) A Receita Federal lamenta que se desperdicem tempo e energia de agentes públicos com propósitos ainda não completamente identificados, mas que, por si só, denotam a disposição de tentar obstaculizar o normal funcionamento das instituições."
Marcelo Fisch, coordenador-geral de Fiscalização da Receita Federal (Brasília, DF)


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