São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Política
Às vezes fico entristecido por ser razoavelmente informado. Talvez a ignorância fosse uma providência eficaz, para não conviver com os desmandos da política brasileira em todos os níveis.
Esse sentimento vem aflorando cada vez mais, principalmente, depois da "era Lula". Jamais se viu tanta dissimulação como agora, no início era "não sei de nada". Depois aquela célebre frase, "nunca se apurou tanto nesse país", como se a distorção fosse a falta de apuração e não a improbidade.
Mas o pior ainda estava por vir e veio. Tamanho descaramento com o engajamento do governo federal no palanque do PT, e não é só isso, colocar os ministros pagos com dinheiro público para criar dados para a candidata falar nas entrevistas.
ROOSEVELT REIS DOS SANTOS (Araguari, MG)

Eleições
O nível da campanha presidencial é bom, mas a grande e interessante surpresa fica por conta do sr. Plínio de Arruda Sampaio, que, diante da desigualdade, da injustiça social e do forte domínio capitalista em que vivemos, faz suas propostas parecerem "utópicas". A sua candidatura é também uma espécie de denúncia e desperta consciência crítica e política.
ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA)

 


Gostaria de expressar meu profundo descontentamento com os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2010. Após o fraco debate neste mês, fiz uma demorada pesquisa na internet para conhecer as propostas e o plano de governo dos candidatos.
Descubro que nenhum deles se preocupa em tornar pública as suas ideias de como gerir o país nos próximos anos. Como, então, votarei em alguém? Sem ter um conhecimento um pouco mais detalhado sobre as propostas de governo, votar será assinar um cheque em branco. Parece que nossa democracia ainda tem muito o que crescer, e somente quando houver transparência dos políticos frente ao eleitorado tal crescimento ocorrerá.
RENATO DAINESI (São Paulo, SP)

Educação
O "vale-presente" ("SP paga R$ 50 a aluno que for a reforço de matemática", Cotidiano, 13/ 8) é mais uma prova da falta de respeito para com o professor e o magistério. Onde já se viu o aluno receber para participar de aulas de reforço e outro aluno receber para ministrar estas aulas? Qual a necessidade de o professor fazer curso propedêutico, se qualquer pessoa pode ministrar aulas?
CARLOS CÉSAR LIMA (São Paulo, SP)

 


Achamos um absurdo pagar para ser "ignorante". Isso porque o dinheiro é usado para o projeto e não na melhoria da qualidade da educação. Acaba incentivando alunos bons sem condições financeiras a tirar nota baixa.
Esse dinheiro poderia ser utilizado para melhorar a escola com o que ela precisa: investir em aulas práticas de laboratório de ciências; investir em bons profissionais, pagando melhores salários; trazer aulas extracurriculares como teatro, dança, música para todos. O nome "vale-presente" é estranho, como se fosse uma coisa boa desaprender.
Com relação à tutoria, deveriam ser profissionais capacitados e não alunos, porque eles não estão preparados para essa responsabilidade. Seria bom os ótimos alunos receberem esse dinheiro como ajudantes do profissional em sala de aula.
CAMILA BLANCO, DÉBORA CRISTINA, DAVID WALAN, VINÍCIUS JOSÉ, RENAN BARRIOS e THALLES RODRIGUES, estudantes (Sorocaba, SP)

Bienal do Livro
Li o texto "Bienal homenageia Monteiro Lobato" (Ilustrada, 13/8). Um texto oportuno que expõe o primeiro dia da Bienal com os eventos acerca do vampirismo disputando a atenção do público com a boneca Emília e a turma do "Sítio do Picapau Amarelo".
Monteiro Lobato é citado como a principal referência da literatura infantil brasileira, que ao longo do evento será tema de mesa-redonda, aula de culinária e de exposição. Muito justo. Afinal, não é dele a famosa frase "Um país se faz com homens e livros"?
JOSÉ MARIA CANCELLIERO (São Paulo, SP)

Ambiente
Apreciei a forma como dois textos foram colocados no caderno Ciência (10/8). Primeiro, uma reportagem sobre desmatamentos na Amazônia ("Governo e ONG divergem sobre desmate") e depois um artigo de Stephen Hawking dizendo que deveríamos viajar ao espaço, pois não "cabemos" mais na Terra ("Homem precisa abandonar a Terra logo, diz Hawking").
O segundo é consequência do primeiro, ou seja, as ações humanas devastadoras fazem com que um planeta não nos seja mais suficiente. Cada vez consumimos mais, sem pensar no porvir. Tornaremo-nos uma espécie extinta se não abandonarmos logo esse lugar, mas também extinguiremos os futuros recursos naturais aos quais estaremos submetidos. Não adianta sempre pular de galho em galho se o problema a fundo não se resolver.
RAQUEL MURAD (São Paulo, SP)

Metrô
Com tanta gente sonhando com metrô perto de casa, fiquei espantado com a mobilização de em Higienópolis ("Moradores de Higienópolis se mobilizam contra estação de metrô", Cotidiano, 13/8), bairro onde moro há dez anos, contra a construção de uma estação na avenida Angélica. Mas há precedentes. No final dos anos 1990, moradores também se opuseram à construção de um shopping center no bairro, embora hoje adorem frequentá-lo.
FABRÍCIO MARQUES (São Paulo, SP)

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