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Lula
"Alguém duvida que a afirmação
não se confirmará ("Lula admite
disputar novo mandato, mas só em
2014", Brasil, 14/10)? Lula prova do
poder, se lambuza e pede mais. A
foto com os dedos em riste é sintomática."
ARMANDO DIORIO DE PAULA FILHO (São Paulo, SP)
"Sem nomes fortes no desmoralizado PT para dar continuidade ao
seu projeto político de voltar à Presidência em 2014, Lula começa a
pescar em águas alheias nomes para serem candidatos aos cargos que
considera essenciais para isso.
Não duvido nada que, caso Aécio
Neves sinta que será preterido por
Serra na sonhada candidatura à
Presidência em 2010, também seja
alvo dessa pescaria, mudando-se
para o PMDB com o apoio explícito
de Lula."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
"A entrevista do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva à Folha permite prever que, daqui a algumas décadas, quando as paixões políticas,
os preconceitos, a mesquinharia e
os interesses mais inconfessáveis
não mais exercerem o efeito embriagante que exercem hoje sobre
os estratos superiores da pirâmide
social, esse governante será reconhecido, nos livros de história, como o homem simples, como o homem do povo que reergueu o país
dos escombros, do caos deixado por
aristocratas emplumados que o antecederam e que, em seu turno como governantes, dilapidaram o patrimônio público e colocaram o
Brasil de joelhos diante do mundo,
desacreditado, endividado e desorganizado."
EDUARDO GUIMARÃES (São Paulo, SP)
Paulo Autran
"Ao completar 78 anos de idade
Paulo Autran deu uma entrevista a
uma rede de televisão. Ao ser indagado a respeito do envelhecer, ele
cunhou uma frase que marcou profundamente a minha vida. Segundo
ele, a velhice é como a melancolia
do entardecer, tem um quê de tristeza, porém traz consigo a sensação
do dever cumprido. Perdemos Paulo Autran, porém não podemos perder toda a riqueza que ele deixou,
principalmente por meio de seu
exemplo e de suas reflexões. Quem
dera as cinzas em que seu corpo foi
transformado fossem espalhadas e
continuassem a levar a todos os rincões as frases sábias por ele murmuradas."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
"Foi-se Paulo que era palco. Que
era palavra e gesto no tempo exato.
Foi-se Paulo que era teatro. Que
era salto sem medo em cada ato.
Foi-se Paulo antes que devesse
baixar do pano. Antes que soassem,
de novo, o aplauso e o grito "bravo'!"
JONAS ALVES DE ALMEIDA NETO (São Paulo, SP)
"Em 7 de setembro de 1922,
quando espocavam os fogos de artifício e tremulavam ao vento as bandeiras nos festejos do centenário da
Independência, nascia aquele que
viria a ser o maior ator brasileiro de
todos os tempos. Açulado para o tablado por Tonia Carrero, chegou a
formar com ela e com o italiano
Adolfo Celi nos anos 50 a companhia teatral Tonia-Celi-Autran. Dizia ele: "O teatro é a arte do ator, o
cinema é a do diretor e a TV a arte
do patrocinador". Por isso, optou
pela ribalta e ia de Pirandello a Sófocles, de Shakespeare a Molière, de
Gorki a Tennessee Williams, de
Brecht a Ibsen. Como diria o poeta
Drummond: "morreram Paulo Autran".
AYRES PEREIRA FILHO (Campinas, SP)
Professores
"Sobre "A tragédia dos professores enlouquecidos", de Gilberto Dimenstein (Cotidiano, 14/10), um
minuto de silêncio pelo Dia do Professor já seria uma homenagem e
tanto para quem está acostumado a
anos de silêncio e abandono.
Como em qualquer segmento, há
na educação pessoas descompromissadas, malpreparadas e até
mesmo incompetentes. Entretanto, existem profissionais com ótima
formação, talentosos e dedicados.
Da mesma forma, os alunos não são
todos limitados, desrespeitosos ou
violentos. Portanto, a "miséria educacional" não deve ser generalizada,
como sugere Dimenstein.
Melhores salários são, inquestionavelmente, parte da solução. Assim, professores não precisariam
correr de uma escola a outra, o que
não lhes garante, nem de perto, a
renda de um perueiro contratado
pela Prefeitura de São Paulo -cerca de R$ 9.000, conforme noticiado
pela Folha em 8/10."
REGINA COELI BALDIN SAPONARA (São Paulo, SP)
Biblioteca
"Sobre a reportagem "Sala de Velório vira biblioteca em SP", publicada por no último domingo por este jornal, o Serviço Funerário do
Município de S. Paulo informa que
o dito projeto não foi apresentado
formalmente a este órgão, responsável pela administração de cemitérios na cidade. Uma eventual análise deverá contemplar cuidados com
o planejamento detalhado, para que
uma idéia aparentemente interessante não seja destruída por uma
implantação oportunista ou atabalhoada."
KATY FABRUZZI, assessoria de imprensa do Serviço Funerário Municipal de São Paulo (São Paulo,
SP)
Voto aberto
"A imprensa de um modo geral
tem negligenciado a questão do voto aberto, que está em banho-maria
tanto na Câmara como no Senado.
Se nada for feito, Renan será julgado pelo voto secreto, que o absolveu
no último julgamento."
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)
Artigo
"Parabenizo o texto de Marcelo
Otávio Dantas ("Renan e a República", "Tendências/Debates", 14/10).
Denuncia as falsas representações
de um Brasil entregue às regras da
corrupção, diz não a esse postulado
e, lembrando um outro Renan (Ernest Renan) que identifica a nação
com "a vontade de viver juntos, o
plebiscito de todos os dias", vai direto à questão da identidade brasileira. Essa, sim, precisa ser cuidada, pois, quando a juventude passa a
ver a política como sinônimo de
corrupção, a pátria fica ferida de
morte."
PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)
Estradas
"Juros menores permitem pedágios menores nas novas concessões
de rodovias: é a explicação clara de
Luiz Senna, técnico e administrador competente. Cabe, entretanto,
perguntar, lembrando que não existe estrada de graça: se há algum caminho negociado por mediação ou
arbitragem, com respaldo legal, para que a queda de juros não seja
apenas em benefício do investidor?
Adriano Branco, também técnico e
administrador, defende que é possível a reavaliação de contratos de
concessão ao longo da sua execução
se ocorrerem alterações drásticas
das condições em que foram firmados."
ROGERIO BELDA (São Paulo, SP)
"Vamos aguardar o real significado para a malha rodoviária brasileira de um novo modelo de concessão, em que o pedágio fica imediatamente mais barato. Por enquanto, o
sr. Gaspari amplificou imprudentemente expectativas, sem contudo
alertar para as diferenças entre os
modelos utilizados pelos dois governos, esquecendo que em economia tudo tem seu preço, não há boas
intenções nem almoços grátis."
NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)
Cartas
"Dou meus parabéns e muito
obrigado aos leitores Carlos Sá (São
Paulo, SP), Marcio J. C. Faria (Bragança Paulista, SP) e Moab L. Costa
(São Paulo, SP) pelos comentários
no "Painel do Leitor" de 11/10. Obrigado por dizerem. E obrigado à Folha por publicar. É que, sabe como
é, certos colunistas "ascham" certas
coisas, numa visão tosca e incompleta, só que com o privilégio da divulgação. E os tolinhos de sempre
"engolem" com todo o prazer sádico
de que nem mesmo se dá conta! Parabéns pela lucidez, e que venham
outros leitores pôr os pingos nos is,
para que não passe como verdadeiro o que "acha" este ou aquele Ascher."
JOÃO LUIZ MUTAF (São Paulo, SP)
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