São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Lula
"Alguém duvida que a afirmação não se confirmará ("Lula admite disputar novo mandato, mas só em 2014", Brasil, 14/10)? Lula prova do poder, se lambuza e pede mais. A foto com os dedos em riste é sintomática."
ARMANDO DIORIO DE PAULA FILHO (São Paulo, SP)
 

"Sem nomes fortes no desmoralizado PT para dar continuidade ao seu projeto político de voltar à Presidência em 2014, Lula começa a pescar em águas alheias nomes para serem candidatos aos cargos que considera essenciais para isso. Não duvido nada que, caso Aécio Neves sinta que será preterido por Serra na sonhada candidatura à Presidência em 2010, também seja alvo dessa pescaria, mudando-se para o PMDB com o apoio explícito de Lula."
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
 

"A entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Folha permite prever que, daqui a algumas décadas, quando as paixões políticas, os preconceitos, a mesquinharia e os interesses mais inconfessáveis não mais exercerem o efeito embriagante que exercem hoje sobre os estratos superiores da pirâmide social, esse governante será reconhecido, nos livros de história, como o homem simples, como o homem do povo que reergueu o país dos escombros, do caos deixado por aristocratas emplumados que o antecederam e que, em seu turno como governantes, dilapidaram o patrimônio público e colocaram o Brasil de joelhos diante do mundo, desacreditado, endividado e desorganizado."
EDUARDO GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Paulo Autran
"Ao completar 78 anos de idade Paulo Autran deu uma entrevista a uma rede de televisão. Ao ser indagado a respeito do envelhecer, ele cunhou uma frase que marcou profundamente a minha vida. Segundo ele, a velhice é como a melancolia do entardecer, tem um quê de tristeza, porém traz consigo a sensação do dever cumprido. Perdemos Paulo Autran, porém não podemos perder toda a riqueza que ele deixou, principalmente por meio de seu exemplo e de suas reflexões. Quem dera as cinzas em que seu corpo foi transformado fossem espalhadas e continuassem a levar a todos os rincões as frases sábias por ele murmuradas."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

 

"Foi-se Paulo que era palco. Que era palavra e gesto no tempo exato. Foi-se Paulo que era teatro. Que era salto sem medo em cada ato. Foi-se Paulo antes que devesse baixar do pano. Antes que soassem, de novo, o aplauso e o grito "bravo'!"
JONAS ALVES DE ALMEIDA NETO (São Paulo, SP)


 

"Em 7 de setembro de 1922, quando espocavam os fogos de artifício e tremulavam ao vento as bandeiras nos festejos do centenário da Independência, nascia aquele que viria a ser o maior ator brasileiro de todos os tempos. Açulado para o tablado por Tonia Carrero, chegou a formar com ela e com o italiano Adolfo Celi nos anos 50 a companhia teatral Tonia-Celi-Autran. Dizia ele: "O teatro é a arte do ator, o cinema é a do diretor e a TV a arte do patrocinador". Por isso, optou pela ribalta e ia de Pirandello a Sófocles, de Shakespeare a Molière, de Gorki a Tennessee Williams, de Brecht a Ibsen. Como diria o poeta Drummond: "morreram Paulo Autran".
AYRES PEREIRA FILHO (Campinas, SP)

Professores
"Sobre "A tragédia dos professores enlouquecidos", de Gilberto Dimenstein (Cotidiano, 14/10), um minuto de silêncio pelo Dia do Professor já seria uma homenagem e tanto para quem está acostumado a anos de silêncio e abandono. Como em qualquer segmento, há na educação pessoas descompromissadas, malpreparadas e até mesmo incompetentes. Entretanto, existem profissionais com ótima formação, talentosos e dedicados. Da mesma forma, os alunos não são todos limitados, desrespeitosos ou violentos. Portanto, a "miséria educacional" não deve ser generalizada, como sugere Dimenstein. Melhores salários são, inquestionavelmente, parte da solução. Assim, professores não precisariam correr de uma escola a outra, o que não lhes garante, nem de perto, a renda de um perueiro contratado pela Prefeitura de São Paulo -cerca de R$ 9.000, conforme noticiado pela Folha em 8/10."
REGINA COELI BALDIN SAPONARA (São Paulo, SP)

Biblioteca
"Sobre a reportagem "Sala de Velório vira biblioteca em SP", publicada por no último domingo por este jornal, o Serviço Funerário do Município de S. Paulo informa que o dito projeto não foi apresentado formalmente a este órgão, responsável pela administração de cemitérios na cidade. Uma eventual análise deverá contemplar cuidados com o planejamento detalhado, para que uma idéia aparentemente interessante não seja destruída por uma implantação oportunista ou atabalhoada."
KATY FABRUZZI, assessoria de imprensa do Serviço Funerário Municipal de São Paulo (São Paulo, SP)

Voto aberto
"A imprensa de um modo geral tem negligenciado a questão do voto aberto, que está em banho-maria tanto na Câmara como no Senado. Se nada for feito, Renan será julgado pelo voto secreto, que o absolveu no último julgamento."
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

Artigo
"Parabenizo o texto de Marcelo Otávio Dantas ("Renan e a República", "Tendências/Debates", 14/10). Denuncia as falsas representações de um Brasil entregue às regras da corrupção, diz não a esse postulado e, lembrando um outro Renan (Ernest Renan) que identifica a nação com "a vontade de viver juntos, o plebiscito de todos os dias", vai direto à questão da identidade brasileira. Essa, sim, precisa ser cuidada, pois, quando a juventude passa a ver a política como sinônimo de corrupção, a pátria fica ferida de morte."
PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

Estradas
"Juros menores permitem pedágios menores nas novas concessões de rodovias: é a explicação clara de Luiz Senna, técnico e administrador competente. Cabe, entretanto, perguntar, lembrando que não existe estrada de graça: se há algum caminho negociado por mediação ou arbitragem, com respaldo legal, para que a queda de juros não seja apenas em benefício do investidor? Adriano Branco, também técnico e administrador, defende que é possível a reavaliação de contratos de concessão ao longo da sua execução se ocorrerem alterações drásticas das condições em que foram firmados."
ROGERIO BELDA (São Paulo, SP)

 

"Vamos aguardar o real significado para a malha rodoviária brasileira de um novo modelo de concessão, em que o pedágio fica imediatamente mais barato. Por enquanto, o sr. Gaspari amplificou imprudentemente expectativas, sem contudo alertar para as diferenças entre os modelos utilizados pelos dois governos, esquecendo que em economia tudo tem seu preço, não há boas intenções nem almoços grátis."
NÉLIO SANTANA (Santa Maria, RS)

Cartas
"Dou meus parabéns e muito obrigado aos leitores Carlos Sá (São Paulo, SP), Marcio J. C. Faria (Bragança Paulista, SP) e Moab L. Costa (São Paulo, SP) pelos comentários no "Painel do Leitor" de 11/10. Obrigado por dizerem. E obrigado à Folha por publicar. É que, sabe como é, certos colunistas "ascham" certas coisas, numa visão tosca e incompleta, só que com o privilégio da divulgação. E os tolinhos de sempre "engolem" com todo o prazer sádico de que nem mesmo se dá conta! Parabéns pela lucidez, e que venham outros leitores pôr os pingos nos is, para que não passe como verdadeiro o que "acha" este ou aquele Ascher."
JOÃO LUIZ MUTAF (São Paulo, SP)

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