São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Cratera no metrô
"Diferentemente do publicado domingo na Primeira Página, o secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, nem sequer abordou a questão referente a supostos riscos nas obras de construção da Linha 4 do metrô. Trata-se de questão técnica que durante a entrevista coletiva foi abordada somente pelo gerente de projetos do Metrô, senhor Ricardo Leite. Ricardo Leite também não disse que o túnel estava cedendo. Ele disse que a velocidade de recalque na superfície havia crescido e que o consórcio responsável tinha tomado as medidas cabíveis. O secretário não deu entrevista em separado para a Folha, e a reprodução correta das manifestações feitas durante a entrevista coletiva está publicada na cobertura dos demais jornais do dia 14."
MÁRCIA NASPITZ , assessora de imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - O secretário referiu-se, sim, aos problemas ocorridos na quinta-feira no momento em que o engenheiro do metrô, Ricardo Leite, relatou que houve uma movimentação na terra. O secretário disse que era um problema normal em obras desse tipo. Indagado sobre o que havia ocorrido, Leite afirmou que instrumentos mostraram que estava descendo o revestimento do túnel. Sobre título da Primeira Página, leia abaixo a seção "Erramos".

 

"Em relação ao texto "Autoridades de SP ignoraram aviso sobre van, diz cooperativa" (Cotidiano, 15/1), o secretário José Luiz Portella afirma o que segue.
1. O diálogo referido na reportagem não ocorreu. Não existiu tal diálogo. O secretário não foi procurado por ninguém que tenha se identificado como sendo da Transcooper e quisesse falar sobre o assunto.
2. Aliás, no dia do acidente (12/1), ocorreu o seguinte: às 15h35, o secretário foi avisado do acidente quando estava inspecionando a obra da estação Alto do Ipiranga; ele chegou ao local por volta das 16h20 e ficou reunido com os engenheiros da obra em local isolado e também concedeu entrevistas a vários jornalistas ao vivo até mais de 20h; não falou com ninguém, a não ser com engenheiros e jornalistas, portanto, o diálogo mencionado não ocorreu.
3. Os jornalistas que assinam a reportagem não falaram com o secretário para ouvir o outro lado, quando seria desmentido o diálogo mencionado e a afirmação que consta na reportagem "de fato negou a possibilidade de vítimas". O secretário negou a "confirmação de já haver vítimas".
4. O "Outro lado", que aparenta ter ouvido o secretário, foi feito com frases tiradas de outras entrevistas, inclusive anteriores, que não serviam para responder à reportagem aludida.
5. Os bombeiros estavam no local do acidente desde às 15h30 do dia 12 e fizeram as buscas necessárias, sem descartar hipóteses -e por conta própria. Não cabe ao secretário de Transportes Metropolitanos orientar o Corpo de Bombeiros no processo de busca."
MÁRCIA NASPITZ , assessora de imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rogério Pagnan - O diálogo foi relatado à Folha pelo gerente operacional da TransCooper, Caio Sérgio Ribeiro, em entrevista gravada. A Folha errou ao não questionar o secretário sobre as declarações de Ribeiro.

Banco do Brasil
"Em relação à reportagem "BB dá perdão bilionário para usineiros" (Dinheiro, 14/1), o Banco do Brasil tem a esclarecer o que segue:
a) como instituição integrante do sistema financeiro, mantém processo ativo e contínuo de cobrança e recuperação dos seus créditos. Esse processo não é direcionado especificamente para um ou outro segmento;
b) diferentemente do que sugere o texto, o BB não editou ou implementou, nos últimos quatro anos, nenhuma norma, instrução ou procedimento relativo à renegociação de dívidas de "usineiros". As regras em uso, portanto, são aquelas aplicáveis a todos os devedores do banco, independentemente do seu setor de atividade;
c) o processo de renegociação de créditos do BB foi desenvolvido há cerca de dez anos e é padronizado. Todas as decisões são colegiadas e em diversos níveis hierárquicos. Essa sistemática utiliza alternativas de solução que obedecem à boa prática bancária, à legislação e à jurisprudência vigentes;
d) o banco sempre tem como objetivo recuperar a totalidade dos seus créditos. Diante da impossibilidade de recebimento integral, mediante análise caso a caso e comprovada a existência de dívidas preferenciais que comprometam o patrimônio do devedor, o BB procura alternativas para a recuperação máxima possível e deixa de realizar novas operações de crédito com o cliente;
e) com base no princípio da diligência administrativa, é condição essencial para a realização do acordo que este represente valor superior àquele que seria obtido em maior prazo via manutenção da cobrança judicial. Tal requisito é formalmente observado em todos os casos de renegociação de dívidas concretizados pelo banco;
f) carece de fundamento o comentário de que o banco contrariaria a posição oficial do governo federal. O exemplo citado dizia respeito a medida que seria aplicada de forma regional e generalizada. As renegociações do banco, ao contrário, são feitas individualmente e válidas para todos os devedores, independentemente de sua localização geográfica."
ELIANA SOARES RODRIGUES, assessoria de imprensa do Banco do Brasil (Brasília, DF)

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