São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Chuvas
Condeno aqui a falta de sensibilidade de pessoas quanto ao desastre que se abateu sobre as cidades serranas no Estado do Rio de Janeiro. No dia seguinte à tragédia, a presidente do Flamengo promove uma festa para divulgar a contratação de Ronaldinho Gaúcho para o quadro de seus jogadores de futebol. Hoje, vejo na seção Folha Corrida deste jornal a foto da presidente Dilma e do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, exibindo, sorridentes, camisas a eles presenteadas pelo time do Fluminense, isto após "visitarem" os locais atingidos pela tragédia. Até quando este país vai viver inebriado por este esporte? Quanta violência ocorre em todos os cantos por "amor" ao futebol? Nosso ex-presidente se vangloriava de ser torcedor fanático do Corinthians. Será que estes governantes não deveriam, sobretudo em momentos como este, se abster de fazer parte deste circo?
WANDYR J. NASCIMENTO (Rio Claro, SP)

 


Desde 2008 o governo do Rio foi informado e sabia da iminência de uma tragédia naquela região serrana. Não tomou as mínimas providências preferindo se ocupar das campanhas eleitorais, presença constante nos palanques de Dilma, puxando palmas a cada gesto ou frase ensandecida do seu idolatrado Lula. Diante dos fatos, não resta outra alternativa de que o que está ocorrendo na região serrana do Rio é um crime que deveria merecer um processo criminal contra o governo do Estado do Rio, condenando-o ao ressarcimento das perdas materiais e humanas.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

 


O Estado, na sua história, falhou na implementação de política de moradia, e hoje pessoas pagam com suas vidas pelo peso desse conjunto de problemas. Urge, agora, que o governo se una com as lideranças empresariais do país e dê solução definitiva à tragédia habitacional brasileira. Sem isso as mortes de agora e de sempre em razão do uso inadequado do solo urbano, foram em vão e se repetirão.
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, historiador, advogado e conselheiro da OAB-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

 


Quando Bangladesh foi destruído por um desastre natural, músicos de diversos pontos do planeta, incluído o ex-beatle George Harrison, se reuniram em concerto para minorar o sofrimento das vítimas. O exemplo foi seguido ao longo de décadas, mas não no Brasil. Há menos de um ano o Nordeste ficou alagado pelas chuvas, com mortes e milhares de desabrigados. A tragédia se repete no Rio de Janeiro e até agora nenhuma manifestação de artistas e jogadores de renome se notou em prol dos flagelados.
JAIRO EDWARD DE LUCA (São Paulo, SP)

 


Lendo os artigos, geniais e oportunos, de Ricardo Melo e Ruy Castro ("A natureza da culpa" e "Ministério da Catástrofe", Opinião, 14/1), ocorreu-me, com suas devidas licenças, a possibilidade de unificar os títulos em "A natureza da catástrofe".
Sim, pois, magistralmente, Ricardo Melo identifica a causa e os responsáveis pelas tragédias que vitimam nossos irmãos Brasil afora, respectivamente "o descaso do poder público" e "PT, PSDB, PMDB, DEM e os demais partidos políticos são igualmente culpados por tragédias como a atual".
Não com menos esmero, Ruy Castro escancara o desvirtuamento das pastas ministeriais para com suas responsabilidades objetivas, deixando evidente a utilização política da criação e distribuição dos ministérios. E, profeticamente, arremata: "Mas pense na necessidade que o governo tem de acomodar os derrotados do seu partido em cargos de poder e com acesso a verbas".
Dá arrepios só de pensar que nossos governantes possam interpretar uma crítica como sendo uma sugestão para mais uma experiência política, o 38º ministério, em minúsculo.
MARINO HÉLIO NARDI (Pedrinhas Paulista, SP)

Dilma
Pelo menos neste início de governo, a presidente Dilma Rousseff mostrou estar sendo mais sensível e cumpridora das obrigações governamentais do que o seu antecessor, o ex-presidente Lula, que fugia dos locais de tragédias e momentos cruciais vividos pelo povo brasileiro em diversos locais do país. Dilma Rousseff, não.
Ela tem comparecido e fiscalizado cuidadosamente a atenção que deve ser dado aos cidadãos atingidos pelas catástrofes que ocorreu recentemente no Estado do Rio de Janeiro.
Da mesma forma, inteligente, a presidente Dilma, recusou convite do Irã para participar de uma comissão de países amigos para uma fiscalização das instalações nucleares iranianas, alegando que isto compete à ONU, e não à convidados amigos.
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

Professores
Como a profissão de professor está falida! A tal ponto de o Ministério da Educação fazer veicular na TV um apelo ao brasileiro: seja um professor! Por que isso não acontece para o médico, para o engenheiro, para o advogado? É porque estes têm futuro promissor; aqueles, não.
Em nosso país, o magistério não tem perspectiva. Aqueles que o desafiam são heróis. Começam (pobres), aposentam-se (pobres) e não enxergam nenhuma luz à frente. É preciso apelo governamental para estimular a profissão. Que país queremos construir, caros governantes?
SEBASTIÃO CÉLIO PEREIRA ,(Estiva, MG)

TV Cultura
Em entrevista à Folha no dia 14 de janeiro, o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, reitera e detalha colocações do novo Secretário de Estado da Cultura de São Paulo, dando ênfase à programação infantil e reduzindo programas para adultos.
Ao longo de sua existência, e especialmente nos primeiros tempos, a TV Cultura primou pela inovação, na promoção de diferentes manifestações da cultura brasileira, popular e erudita, em relação às artes, à ciência e, de forma mais ampla, ao pensamento e às tradições do nosso país.
O desafio é melhorar esse tipo de programação, e não cancelá-la, com o argumento da baixa audiência. A memória cultural de nosso país precisa ser preservada, e a TV pública tem importante papel a desempenhar. Vamos manter e melhorar a programação infantil, mas também aprimorar a programação para adultos na TV aberta, prestando, assim, um serviço de valor inestimável para o Estado e para o país.
CECILIA GUARNIERI BATISTA, professora da Unicamp (Campinas, SP)

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