São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Ronaldo
É muito triste para todos nós saber que um dos maiores jogadores do mundo parou de jogar. Mais triste ainda foi testemunhar a maneira como isso aconteceu.
Nosso ídolo não precisava ter sido tão odiado pela nação rubro-negra nem humilhado pelos corintianos. Ronaldo não soube escolher o momento certo para se despedir dos campos de futebol.
Os últimos jogos passaram a ser motivo de chacota.
Boa sorte, Fenômeno.
PAULO SPINELLI (Caraguatatuba, SP)

 

A Folha não publicou ontem, nas frases de Ronaldo, o pior momento dele, quando demonstrou, em sabatina da Folha, ter preconceito contra brasileiros. Foi quando afirmou, meio orgulhoso, que o filho dele, Ronald, era quase um europeu. Disse ainda que preferia que o menino tivesse amiguinhos europeus a que tivesse amiguinhos brasileiros.
ROGÉRIO FERRAZ ALENCAR (Fortaleza, CE)

Salário mínimo
Deputados e senadores, é chegada a hora de deliberar e votar o valor do novo salário mínimo.
Não votem com a "consciência" partidária de situação ou oposição. A população espera ansiosa uma atitude cidadã e coerente.
Deliberem e votem a revisão do salário mínimo com a mesma "consciência" de quando se deram um aumento nos próprios salários. Se convencidos pelo governo de que é possível viver com um salário mínimo de R$ 545, vejam-se vivendo com esse valor. Parlamentares, não se esqueçam de que os cidadãos que "vivem" com o salário mínimo são aqueles que constroem este país, para que Suas Excelências possam gastar seus salários.
GIL FERREIRA DE CAMARGO LEITE (Taubaté, SP)

 

Para o leitor Ronaldo José Neves de Carvalho ("Painel do Leitor", ontem), a solução dos problemas econômicos enfrentados pelo governo Dilma é muito simples: basta desvincular o salário mínimo das aposentadorias, não corrigir a tabela do IR e acabar com a gratuidade das faculdades públicas. Infelizmente, soluções simples geralmente são também erradas.
PAULO SERODIO (São Paulo, SP)

Século 21
Vladimir Safatle, a propósito dos acontecimentos no Egito, considera que começa agora o século 21 (Opinião, ontem). O artigo é interessante, mas derrapa no final, quando o autor, inflamado por seus ardores democráticos, escreve: "Já está na hora de livrarmos a democracia de suas amarras vindas do liberalismo". O jovem intelectual pensa que a força da democracia nos livra, de uma vez por todas, do absolutismo. E é aí que se engana. A democracia grega era um poder absoluto, justamente porque não era contrastada pelo limite que a liberdade do indivíduo contrapõe ao poder do Estado. O mesmo acontece nas democracias populares socialistas.
A força dos "demos", entregue a si mesma, sem "as amarras vindas do liberalismo", degenera numa das piores formas de autocracia.
Democracia e liberalismo têm de andar lado a lado, pois a tendência do poder público é não reconhecer nenhum limite.
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

Presidência
O crime compensa, sim. Vejam Jeter Ribeiro de Souza de volta, acolhido no privilegiado posto de assessor da presidente ("Envolvido em violação de sigilo vira assessor de Dilma", Poder, ontem). Foi só uma questão de tempo para ser recompensado. Ele ofende a inteligência dos brasileiros ao dizer que não tem nada a ver com Palocci. Afirma ainda que viveu situação "desagradável" pelo envolvimento no caso. Mais que o caseiro Francenildo? Duas perguntas: de que ele será capaz diante de uma simples insinuação de Dilma? E será que não há nenhum outro brasileiro com a mesma, ou maior, qualificação de Jeter para ocupar o cargo?
LUCIANA AMARAL (Curitiba, PR)

Apartamento funcional
Um ex-senador e ex-ministro do TCU, aposentado há dois anos, ocupa apartamento funcional e argumenta que não o desocupa porque, se o fizer, perderá o direito de fazer uma oferta de compra do imóvel ("Ministro aposentado há 2 anos ocupa imóvel do TCU", Poder, ontem).
Já o órgão diz que não pode "pedir" que o nobre ex-servidor deixe o imóvel pelo mesmo motivo argumentado por ele. Além de ter pago o salário e as "ajudas de custo" desse senhor por quase 20 anos, ainda serei obrigado a pagar sua lauta aposentadoria e, de quebra, aceitar que ele resida de graça em um imóvel público avaliado em mais de R$ 1 milhão até que o paquidérmico TCU resolva se mexer.
É isso mesmo?
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)

Exemplo
Emocionante a história de Lúcia Helena Françoso ("Decisão em família", Saúde, 13/2). Ela assistiu à decadência física do filho Jefferson Felipe, morto aos 23 anos em decorrência de fibrose cística e de uma bactéria resistente nos pulmões. O jovem foi perdendo tudo: peso, audição, fala e já não podia mais tomar remédios.
O exemplo da verdadeira mãe é que ela não deixava o ambiente ficar triste em casa. Ao perceber que os batimentos cardíacos dele diminuíam, ficou segurando suas mãos e beijando-o até o coração parar de bater. Tal mãe foi vítima do infortúnio, mas sente-se em paz. É um exemplo para todos os que assistimos à partida de um filho em nosso colo.
RUI AMARAL CARVALHO (Campinas, SP)

Linha ouro
É temerária a defesa que o presidente do São Paulo Futebol Clube faz de suas cercanias, tentando sensibilizar o poder público para investir na região, com vistas à Copa de 2014 ("O Morumbi e a linha ouro", "Tendências/Debates", ontem). Porém esqueceu-se de mencionar que o projeto da linha ouro prevê a construção de um monotrilho que ficará a quase seis metros de altura. A obra, além de ser cara e não atender a demanda dos usuários da região, poderá transformar-se em um novo minhocão, ambos objetos de críticas de urbanistas. Mostra-se razoável que o poder público invista onde realmente seja necessário, proporcionando à população mais carente melhores condições de vida e jamais favorecendo o interesse de um clube de futebol.
RONALDO MOREIRA DO NASCIMENTO (São Paulo, SP)

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