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30 balinhas por mês
"Parecia que estava acontecendo,
na quarta-feira, uma briga de foice
no escuro dentro da Câmara dos
Deputados. Todos os parlamentares, principalmente aqueles que
sempre bombardearam os aposentados e pensionistas que recebem
acima do salário mínimo, apareceram, com o objetivo único de aprovar um
aumento para que possamos comprar mais uma balinha para cada
dia do mês.
Vestiram a capa da misericórdia,
mas se esqueceram de tirar a máscara da covardia, que usaram contra
nós nessas duas últimas décadas.
Senti que, na verdade, o que eles
querem ao passar o reajuste de
6,14% para 7,7% é colocar de uma
vez por todas no esquecimento os
PLs 3299/08 e 4434/08, que propõem a extinção do fator previdenciário e a recuperação do valor dos
benefícios a partir da data que foram concedidas as aposentadorias.
Espero que a maioria tenha tido o
mesmo pressentimento que eu.
Eles (Poderes Legislativo e Executivo ) começaram a sentir que hoje as famílias dos aposentados e
pensionistas, depois de todo subjugo, estão interessadas é nas eleições
de 2010."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
Educação
"Perfeita a análise da professora
Bianca Correa sobre o que está
ocorrendo nas salas de aula de 1º
ano ("Mudança sem a estrutura necessária", Cotidiano, 14/4).
Essa tem sido a pauta das discussões nossas, professores de 1º ano,
em busca de alternativas de trabalho. Pena que, assim que surgirem
as dificuldades dos alunos, o dedo
acusador será apontado, como
sempre, para os professores."
CLAUDIA C. O. CARONE, professora (São Paulo, SP)
Universal
"Como médico, já me vi obrigado
a dialogar e a pedir autorização com
antecedência a "bandidos" e traficantes para fazer atendimento domiciliar a pacientes acamados em
favelas.
Ao contrário do que a chamada da
Folha induz a pensar ao mencionar
a Igreja Universal ("Em vídeo, Igreja Universal sugere a pastor negociar com "bandidos", 14/4), não há
nisso nada de vergonhoso.
Vergonhoso é saber que há décadas existe ali um ponto de venda de
drogas, conhecido por todos, onde a
autoridade pública competente
inexiste. Qualquer indivíduo, entidade assistencial ou igreja que pretenda fazer algum trabalho social
nestes locais, infelizmente, deve
passar por isso."
MAURICIO FERNANDES LUCIO, médico psiquiatra
(São Paulo, SP)
Irã
"Muito bonito e correto o artigo
de ontem de Clóvis Rossi ("Sangue
no verde-amarelo'). Mas que atire a
primeira pedra o país que jamais fez
negócios com assassinos e ladrões.
Vide os Estados Unidos, que sustentaram Saddam Hussein, Somoza, o xá do Irã, Suharto na Indonésia etc.
Lembro aqui duas frases antigas:
"Nações não têm amigos, têm interesses'; "Dinheiro não tem cheiro"."
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)
"Sentindo para sempre na própria pele, pele verde-e-amarela de
brasileira democrata, o sangue imposto pelo governo brasileiro na carícia feita a quem "mata, prende e
tortura os opositores", solicito,
humildemente, a possibilidade de
assinar embaixo da crônica de
Clóvis Rossi."
TÂNIA BAIBICH-FARIA, professora de mestrado e
doutorado em educação da UFPR (Curitiba, PR)
FEB
"Meu elogio sincero a Sérgio Paulo Muniz Costa por seu belo texto
"Lembranças da 2ª Guerra" ("Tendências/Debates", ontem).
Realmente, a FEB deveria ser
mais lembrada."
BORIS SCHNAIDERMAN, professor de letras da
USP, escritor e calculador de tiro da FEB
(São Paulo, SP)
Pichação
"As pichações se iniciaram no
metrô de Nova York, nos anos 70,
como forma de revolta e de ocupação do espaço da cidade. Hoje, são
coqueluche de mercado, desvirtuando completamente o seu significado de marcar presença na cidade. Sou contrária à sua presença em
galerias e em residências de milionários, porque vejo um abuso do
mercado com tudo o que é novidade
comerciável.
Sou contrária à sua entrada na
Bienal. A do vazio era muito mais
inteligente ("É permitido pichar",
Ilustrada, ontem)."
ESTER GRINSPUM, artista plástica (São Paulo, SP)
"Sobre "É permitido pichar", vejo
que nada foi apre(e)ndido com o
episódio Felipe versus Centro Universitário Belas Artes ou com a invasão da Bienal em 2008.
Quando paro para repensar o país
do sabiá, percebo que a Semana de
22 e o parangolé não foram acontecimentos tupiniquins; continuamos uma província.
Parabéns aos curadores atuais da
Bienal, apesar de não me lembrar
de terem se posicionado quando da
pichação do Belas Artes.
A arte deve repensar o seu papel,
deve ser dinâmica -como intuição
e sintonia- e também provocante."
CARLOS ALBERTO PESSOA ROSA (Atibaia, SP)
Cana
"Mais um excelente trabalho das
jornalistas Fátima Fernandes e
Claudia Rolli (Produtores de cana
acusam usinas de cartel", Dinheiro,
13/4). A concentração no setor e a
falta de punição aos cartéis já denunciados incentivam essa cartelização. Vemos neste processo não
apenas a desarticulação e a inviabilização dos pequenos e médios produtores mas também o processo de
desnacionalização das terras.
Os produtores descapitalizados e
endividados transferem as suas
propriedades para os grandes grupos ou para os fundos que especulam com o valor das terras.
É preciso desmontar os cartéis e
garantir renda aos agricultores."
FLÁVIO DE CARVALHO PINTO VIEGAS
(Bebedouro, SP)
Pedofilia
"É visão míope reduzir a pedofilia
a coisa de celibatários, padres, pastores ou qualquer outra classe de
gente. Nenhum grupo humano está
imune a esse mal.
Isso acontece porque há os que,
embora dentro da religião, vivem
uma fé de fachada. São religiosos
que escandalizam a obra de Deus e
envergonham os que trabalham sério e são fieis à sua missão."
MÁRIO FUZETO (Itambaracá, PR)
Maluf e Tancredo
"A coluna de Janio de Freitas de
13/4 ("Liberdade de ação') relatou
que, na entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, o general Newton Cruz disse que o então deputado Paulo Maluf queria que o regime
militar matasse Tancredo Neves.
Como até agora o assessor de imprensa de Maluf não se manifestou
sobre a gravíssima declaração, pode
se presumir que o general pode estar falando a verdade.
Ou seja, o deputado que fez parte
da falta de democracia de ontem
quer hoje amordaçar o Ministério
Público. É igual ao lobo velho: perde
o pelo, mas não perde o vício."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
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