São Paulo, sexta-feira, 16 de abril de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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30 balinhas por mês
"Parecia que estava acontecendo, na quarta-feira, uma briga de foice no escuro dentro da Câmara dos Deputados. Todos os parlamentares, principalmente aqueles que sempre bombardearam os aposentados e pensionistas que recebem acima do salário mínimo, apareceram, com o objetivo único de aprovar um aumento para que possamos comprar mais uma balinha para cada dia do mês.
Vestiram a capa da misericórdia, mas se esqueceram de tirar a máscara da covardia, que usaram contra nós nessas duas últimas décadas. Senti que, na verdade, o que eles querem ao passar o reajuste de 6,14% para 7,7% é colocar de uma vez por todas no esquecimento os PLs 3299/08 e 4434/08, que propõem a extinção do fator previdenciário e a recuperação do valor dos benefícios a partir da data que foram concedidas as aposentadorias. Espero que a maioria tenha tido o mesmo pressentimento que eu.
Eles (Poderes Legislativo e Executivo ) começaram a sentir que hoje as famílias dos aposentados e pensionistas, depois de todo subjugo, estão interessadas é nas eleições de 2010."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

Educação
"Perfeita a análise da professora Bianca Correa sobre o que está ocorrendo nas salas de aula de 1º ano ("Mudança sem a estrutura necessária", Cotidiano, 14/4).
Essa tem sido a pauta das discussões nossas, professores de 1º ano, em busca de alternativas de trabalho. Pena que, assim que surgirem as dificuldades dos alunos, o dedo acusador será apontado, como sempre, para os professores."
CLAUDIA C. O. CARONE, professora (São Paulo, SP)

Universal
"Como médico, já me vi obrigado a dialogar e a pedir autorização com antecedência a "bandidos" e traficantes para fazer atendimento domiciliar a pacientes acamados em favelas.
Ao contrário do que a chamada da Folha induz a pensar ao mencionar a Igreja Universal ("Em vídeo, Igreja Universal sugere a pastor negociar com "bandidos", 14/4), não há nisso nada de vergonhoso. Vergonhoso é saber que há décadas existe ali um ponto de venda de drogas, conhecido por todos, onde a autoridade pública competente inexiste. Qualquer indivíduo, entidade assistencial ou igreja que pretenda fazer algum trabalho social nestes locais, infelizmente, deve passar por isso."
MAURICIO FERNANDES LUCIO, médico psiquiatra (São Paulo, SP)

Irã
"Muito bonito e correto o artigo de ontem de Clóvis Rossi ("Sangue no verde-amarelo'). Mas que atire a primeira pedra o país que jamais fez negócios com assassinos e ladrões.
Vide os Estados Unidos, que sustentaram Saddam Hussein, Somoza, o xá do Irã, Suharto na Indonésia etc. Lembro aqui duas frases antigas: "Nações não têm amigos, têm interesses'; "Dinheiro não tem cheiro"."
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

 

"Sentindo para sempre na própria pele, pele verde-e-amarela de brasileira democrata, o sangue imposto pelo governo brasileiro na carícia feita a quem "mata, prende e tortura os opositores", solicito, humildemente, a possibilidade de assinar embaixo da crônica de Clóvis Rossi." TÂNIA BAIBICH-FARIA, professora de mestrado e doutorado em educação da UFPR (Curitiba, PR)

FEB
"Meu elogio sincero a Sérgio Paulo Muniz Costa por seu belo texto "Lembranças da 2ª Guerra" ("Tendências/Debates", ontem). Realmente, a FEB deveria ser mais lembrada."
BORIS SCHNAIDERMAN, professor de letras da USP, escritor e calculador de tiro da FEB (São Paulo, SP)

Pichação
"As pichações se iniciaram no metrô de Nova York, nos anos 70, como forma de revolta e de ocupação do espaço da cidade. Hoje, são coqueluche de mercado, desvirtuando completamente o seu significado de marcar presença na cidade. Sou contrária à sua presença em galerias e em residências de milionários, porque vejo um abuso do mercado com tudo o que é novidade comerciável.
Sou contrária à sua entrada na Bienal. A do vazio era muito mais inteligente ("É permitido pichar", Ilustrada, ontem)."
ESTER GRINSPUM, artista plástica (São Paulo, SP)

 

"Sobre "É permitido pichar", vejo que nada foi apre(e)ndido com o episódio Felipe versus Centro Universitário Belas Artes ou com a invasão da Bienal em 2008.
Quando paro para repensar o país do sabiá, percebo que a Semana de 22 e o parangolé não foram acontecimentos tupiniquins; continuamos uma província.
Parabéns aos curadores atuais da Bienal, apesar de não me lembrar de terem se posicionado quando da pichação do Belas Artes.
A arte deve repensar o seu papel, deve ser dinâmica -como intuição e sintonia- e também provocante."
CARLOS ALBERTO PESSOA ROSA (Atibaia, SP)

Cana
"Mais um excelente trabalho das jornalistas Fátima Fernandes e Claudia Rolli (Produtores de cana acusam usinas de cartel", Dinheiro, 13/4). A concentração no setor e a falta de punição aos cartéis já denunciados incentivam essa cartelização. Vemos neste processo não apenas a desarticulação e a inviabilização dos pequenos e médios produtores mas também o processo de desnacionalização das terras.
Os produtores descapitalizados e endividados transferem as suas propriedades para os grandes grupos ou para os fundos que especulam com o valor das terras. É preciso desmontar os cartéis e garantir renda aos agricultores."
FLÁVIO DE CARVALHO PINTO VIEGAS (Bebedouro, SP)

Pedofilia
"É visão míope reduzir a pedofilia a coisa de celibatários, padres, pastores ou qualquer outra classe de gente. Nenhum grupo humano está imune a esse mal.
Isso acontece porque há os que, embora dentro da religião, vivem uma fé de fachada. São religiosos que escandalizam a obra de Deus e envergonham os que trabalham sério e são fieis à sua missão."
MÁRIO FUZETO (Itambaracá, PR)

Maluf e Tancredo
"A coluna de Janio de Freitas de 13/4 ("Liberdade de ação') relatou que, na entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto, o general Newton Cruz disse que o então deputado Paulo Maluf queria que o regime militar matasse Tancredo Neves.
Como até agora o assessor de imprensa de Maluf não se manifestou sobre a gravíssima declaração, pode se presumir que o general pode estar falando a verdade.
Ou seja, o deputado que fez parte da falta de democracia de ontem quer hoje amordaçar o Ministério Público. É igual ao lobo velho: perde o pelo, mas não perde o vício."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

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