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CPI da Petrobras
"Agora é antipatriotismo investigar "chuncho" de empresa estatal
aparelhada pelo governo? Não há
mais valores neste país...
Ademais, se nem a Petrobras,
com todos os seus analistas, identifica corretamente as regras para pagar os seus impostos e emitir um
balanço ("Balanço da Petrobras
omitiu mudança fiscal", Dinheiro,
ontem), é porque realmente falta
claridade às nossas leis."
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
Hábitos e intenções
"Arturo Valenzuela, representante do governo americano da era
Obama para a América Latina e ex-assistente especial de Bill Clinton,
sentenciou: "Num sistema presidencialista, deveria poder reeleger-se o presidente uma só vez de forma
sucessiva e não voltar nunca, nunca, nunca mais (...) para permitir
que surjam novos líderes".
Com essa afirmação peremptória, que apareceu no "Painel" da
Folha de 14/5, surge naturalmente
a pergunta: a mulher de um ex-presidente pode? Ela expressa o surgimento de uma nova liderança?
Mudam os nomes dos que são designados para "cuidar" da América
Latina, mas não os seus hábitos, as
suas intenções."
LAURO PACHECO DE TOLEDO FERRAZ
(São Paulo, SP)
Justiça
"Participei de uma audiência bastante frustrante. Não pelo resultado, pois não houve, mas pelo excesso de burocracia, falta de bom senso, enfim, falta de justiça.
Sem entrar no mérito, tratava-se
de uma senhora de 78 anos que pedia a simples devolução de veículos
emprestados ao genro. Optou pelo
tribunal de pequenas causas por
acreditar ser mais célere e pela simplicidade da ação. A primeira audiência tardou cinco meses; a segunda, outros longos nove meses.
É uma senhora que foi submetida
a uma operação de fêmur e que se
locomove com muita dificuldade. O
resultado disso? A juíza simplesmente decretou a extinção do processo, porque considerou que ela
deveria "obrigatoriamente" comparecer -não poderia ser representada de nenhuma forma-, e recomendou ao final que se procurasse
a Justiça comum.
Será que esta senhora vai estar viva até a decisão da Justiça comum?
Esse é o "espírito" da criação do tribunal de pequenas causas?
Deveríamos mudar o velho jargão
de que "a Justiça tarda, mas não falha" para "a Justiça falha, porque
tarda". Minha vontade era dizer à
juíza: "Saia às ruas!"."
GLAUBER BATISTA COELHO (São Paulo, SP)
Transgênicos
"Parabenizo a Folha pela reportagem "País perde controle dos
transgênicos" (Dinheiro, 10/5).
Uma breve visita às áreas de
plantio é mais que suficiente para
conferir que as normas de isolamento estabelecidas não permitem
a coexistência das lavouras convencionais com as transgênicas.
Chamo atenção para o relatório
do Núcleo de Estudos Agrários e
Desenvolvimento Rural, citado no
texto, que a CTNBio declara rejeitar supostamente porque ele "não
se sustenta(ria) do ponto de vista
científico". O relatório será entregue à comissão no dia 21. Ele denuncia a ineficácia das normas de
isolamento definidas pela CTNBio
e está apoiado sobre dezenas de
pesquisas publicadas em revistas
científicas internacionais e relatórios técnicos governamentais.
Estará disponível para download
a partir da próxima semana em
www.nead.gov.br."
GILLES FERMENT, pesquisador do Nead - Ministério do Desenvolvimento Agrário (Brasília, DF)
Fumo
"Há erros graves no texto "Serra
deixa ajuda a fumante com prefeituras" (Cotidiano, 9/5). O primeiro
é dizer que o governador "não contemplou" uma das emendas -a do
deputado João Caramez. O PL e todas as suas emendas foram sancionadas na íntegra, sem veto. É errado afirmar que foi "retirada a obrigatoriedade do Estado de dar assistência a quem quer largar o cigarro". Pela nova lei, o Estado permanece responsável por organizar os
atendimentos aos dependentes de
tabaco, utilizando a rede pública
das cidades do Estado e coordenando a ação das prefeituras e do SUS.
Outro equívoco é dizer que a lei
"não menciona nenhum tipo de novo investimento". O Executivo não
pode acrescentar dispositivos a leis
já aprovadas pelo Legislativo. Cabe,
no máximo, vetar. A promulgação
de uma lei não é o meio para anúnciar "novos investimentos". Eles
ocorrerão, mas não podem ser
"anunciados" na promulgação da lei.
No texto, a Secretaria da Saúde
diz que o investimento do Estado
pode ser ampliado em caso de necessidade. Entende-se claramente
que já há verbas disponíveis para a
demanda que a nova lei irá gerar."
EDUARDO PUGNALI, coordenador de imprensa da
Secretaria de Comunicação (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Márcio
Pinho - O texto informou que, ao
sancionar a lei, o governador
não contemplou emenda pela
qual caberia ao Executivo estadual "disponibilizar em todo o
Estado assistência terapêutica e
medicamentos". O decreto não
prevê ação que altere o atendimento para alcançar o objetivo
solicitado pelo autor da emenda. Informa que o governo organizará o atendimento, hoje
feito prioritariamente pelas
prefeituras com verbas federais. A Secretaria da Saúde do
Estado confirmou que não tem
nenhuma previsão de alterar ou
ampliar o atendimento por ora.
Opportunity
"Sobre o texto "Consultor de Dantas está entre indiciados em inquérito da PF" (Brasil, 1º/5), que cita
que Roberto Amaral "estaria envolvido em um esquema irregular de
aquisições de debêntures (título de
crédito emitido por sociedade anônima) por integrantes do grupo Opportunity, incluindo o banqueiro
Daniel Dantas", informamos que:
1. Não há nenhum esquema irregular de aquisições de debêntures;
Roberto Amaral trabalhou só como
consultor; 2. À época da privatização, o Opportunity comprou a Brasil Telecom em leilão, cumpriu todas as exigências legais do edital,
pagou integralmente no prazo e
não teve nenhum benefício público; 3. O Citigroup, à época investidor dos fundos de "private equity"
geridos pelo Opportunity, tinha informações, e as relatou ao gestor de
recursos brasileiro, de que havia
mais pretendentes a tomar de assalto o controle da Brasil Telecom
entrincheirados atrás da Telecom
Italia; 4. Roberto Amaral entendia
que, independentemente de contratos juridicamente perfeitos, a
sua segurança jurídica não seria suficiente para conter ofensivas políticas; 5. Amaral recomendava não
subestimar o apoio político dos adversários em razão de patrocínio
político de campanha e potenciais
apoios de setores da imprensa em
decorrência de acordos comerciais;
6. Sugeriu que o Citigroup entrasse
em campo na tentativa de defender-se dos ataques, já que o governo se preocuparia em atingir o banco norte-americano devido a repercussões internacionais."
LUIZ CESAR FARO, Insight Engenharia de Comunicação (São Paulo, SP)
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