São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Tuma
Em relação à reportagem "Tuma Jr. retorna das férias e acaba demitido do cargo" (Poder, ontem), a Polícia Federal esclarece que foram efetuadas, no dia 1º de junho, cópias dos dados contidos no disco rígido de dois computadores pertencentes à carga do Ministério da Justiça, em um processo denominado espelhamento.
O método é uma garantia do investigado, uma vez que mantém preservado e intacto todo o seu conteúdo. Tal procedimento foi realizado com acompanhamento da consultoria jurídica do Ministério da Justiça, com a prévia ciência do próprio ministro.
Para o espelhamento, não houve necessidade de autorização judicial, já que são bens pertencentes à carga da União. Os dados são invioláveis, e a Polícia Federal já solicitou autorização à 3ª Vara da Justiça Federal de São Paulo para ter acesso ao conteúdo dos discos.
JOSÉ GOMES MONTEIRO NETO, chefe da Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal (Brasília, DF)

Eleições
A Folha tem demonstrado um velado e contínuo apoio à candidatura de Dilma Rousseff, com numerosos articulistas tendo dificuldades para vender a imagem da candidata, mas se esforçando para encontrar defeitos em José Serra.
Frequentemente, Lula aparece no vídeo, em horário nobre, para enaltecer as qualidades que sua candidata não tem, vendendo uma imagem muito cândida, longe do que foi sua militância de extremista.
Nunca na história deste país tivemos um candidato à Presidência que nunca disputou uma eleição sequer. Nas suas raras aparições na TV, Dilma apresenta textos decorados, possivelmente exaustivamente ensaiados, muito diferentes de sua fala normal -que, aliás, deixa muito a desejar.
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

 


É difícil entender por que um grande jornal como a Folha se nega a assumir uma candidatura -como fazem os grandes jornais da mídia internacional.
O compromisso com o leitor, com a alegação de que, para ser bom, não pode ter partido, fica maculado com o explícito viés em benefício das candidaturas dos tucanos.
Isso não é mau. Eu não deixaria de ler o jornal -como não deixo de ler os outros veículos diários e semanais-, porque ele até passaria a ser mais honesto. A pluralidade fica por conta de articulistas.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

 


Quando homens que querem governar esse país falam em alto e bom som em "dar um sarrafo na moça do PT" ("Painel", Poder, 14/6)", fica fácil entender a perpétua cultura da violência contra as mulheres.
VERA LUCIA PRISCO DA CUNHA (São José dos Campos, SP)

Estupro
É ridiculamente baixa a pena para o crime de estupro no Brasil ("Estupradores usam nova lei para reduzir tempo na prisão", Cotidiano, ontem).
Danem-se aqueles que defendem que o excesso de tempo na prisão não reduz o risco de reincidência do criminoso. Quem comete uma atrocidade dessas tem de apodrecer na prisão, pois não merece retornar para a sociedade.
SILVIA LAKATOS, jornalista (São Paulo, SP)

São Paulo
Nada mais atrasado do que essa análise do diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada sobre a perda da participação de São Paulo na produção industrial do país ("Para onde vai São Paulo?", "Tendências/Debates", ontem).
De fato, não se trata só do Estado de São Paulo. A região Sul enquadra-se no mesmo processo graças à uma melhor distribuição da industrialização por outras partes do país, como Minas Gerais e o Nordeste, por exemplo. E some-se a isso a atual política de importação de bens chineses.
Um único Estado concentrar mais de 40% da produção industrial do país era uma aberração. A falta de integridade intelectual permite a um pesquisador usar os números para mostrar qualquer tipo de tese que lhe convenha.
ANTONIO BRITO (Campinas, SP)

História
Em relação à reportagem "Livro didático ensina a louvar ditadura" (Cotidiano, 13/6), gostaria de dizer que, mesmo não conhecendo o tal livro de história do Colégio Militar, duvido que ele seja mais tendencioso a favor do regime de 64 do que a média dos livros didáticos é contra o regime. Em ambos os casos, quem perde são os estudantes. E quem ganha, dada a absoluta desproporção de forças, são os adversários do regime de 64.
Na falta de um esforço sincero de objetividade científica por parte de quem ensina, os alunos do Colégio Militar deveriam ler os livros utilizados nas outras escolas, e os alunos das outras escolas deveriam ler o do Colégio Militar. Assim, todos poderiam conhecer a versão do "outro lado" e, do confronto, afinal surgiria talvez para esses estudantes uma visão menos falsa da história.
MIGUEL NAGIB (Brasília, DF)

 


Parabenizo a jornalista Angela Pinho pela reportagem "Livro do Exército ensina a louvar ditadura" e o colunista Melchiades Filho pelo artigo "O livro dos espíritos" (Opinião, ontem), sobre o mesmo assunto.
É realmente preocupante que o Exército Brasileiro não atente para a verdade histórica do golpe militar de 1964. Os jovens estudantes de hoje poderão ser os generais de amanhã, e tais ensinamentos deturpam a sua formação e a sua concepção sobre democracia.
LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Brasília, DF)

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