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Atentados em SP
"Indiferentes aos ataques criminosos do PCC no Estado de São
Paulo, a luta PSDB/PFL versus PT
continua. Isso dificulta o entendimento entre o Palácio do Planalto e
o Palácio dos Bandeirantes, facilitando o avanço da criminalidade.
Num extremo, o senador Jorge
Bornhausen (PFL), insinuando o
envolvimento do PT com o PCC; no
outro, a recusa do governo paulista
em aceitar a ajuda da Força Nacional. A questão é: por que o governo
federal não manda logo a ajuda em
vez de buscar a aceitação paulista?
A ajuda vinda do Planalto liberaria
policiais para as ruas, com o reforço
da vigilância nos presídios. Inconcebível essa postura de relegar a segundo plano a segurança da população em nome da sanha eleitoreira."
IRACEMA PALOMBELLO (Bragança Paulista, SP)
"Caro governador Cláudio Lembo: nós já não agüentamos mais ver
o PT oferecendo, demagogicamente, ajuda por meio de força federal
ao nosso Estado. Por favor, aceite a
oferta e em poucos dias ficará demonstrado que o governo do PT está equivocado. Certamente nosso
problema de segurança não será resolvido, pois a insegurança está disseminada por todo o país pela ineficácia do próprio governo federal."
JUAREZ MOURA DE OLIVEIRA (Rio Claro, SP)
"Não há como dizer o contrário: o
PSDB é responsável pela crise de
segurança e incompetente em relação à implementação de políticas
públicas. Duas ondas de violência
extrema em menos de seis meses e
mortes diárias mostram claramente como é equivocada a política de
contenção do secretário de Segurança e como os 12 anos de tucanato
não fizeram bem ao Estado. Chega.
São Paulo não agüenta mais o caos."
JACKSON GRACHER (GUARATINGUETÁ, SP)
"A ineficiência do Poder Judiciário é um dos principais motivos do
grave problema de segurança do
país. Cobrar ações do Executivo
apenas não resolve. Na Itália, os juízes tiveram papel fundamental no
combate à criminalidade. E no Brasil? Aqui, a alienação do Judiciário
chegou a tal ponto que a população
já quase nem acredita em Justiça.
No Brasil, diante de situação tão
drástica, como a que imobiliza milhões de trabalhadores em São Paulo, os senhores do Judiciário continuam se mantendo distantes dessa
dura realidade, encastelados. E ainda querem ganhar mais do que os já
altos salários. Para quê?"
FÁTIMA WANDERLEY (São Paulo, SP)
"Retifique-se a manchete da Folha de 14/7: "Ataques deixam 2 milhões a pé". Não foram os ataques,
mas os empresários de ônibus que
deixaram a população a pé. Não falta apenas poder do governo sobre
os criminosos do PCC, mas também
sobre a máfia do transporte de São
Paulo. É hora de o governo retomar
o poder sobre a circulação na cidade: o povo não pode ficar à mercê
dos interesses dos empresários."
ANDREI ALMEIDA (São Paulo, SP)
Ensino em SP
"Os resultados da avaliação Prova
Brasil realizada pelo Ministério da
Educação com alunos de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental de todas as unidades da Federação demonstram que a educação brasileira está longe da qualidade que todos
almejamos e de que o país necessita. No caso do Estado de São Paulo,
os resultados, sobretudo os dos alunos da 8ª série, confirmam o que vimos denunciando há muito tempo:
a "aprovação automática" na rede
estadual de ensino não contribui
para a melhoria do aproveitamento
dos alunos e significa, na prática,
uma forma de exclusão que se manifesta mais fortemente nas séries
finais do ensino fundamental."
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA (São Paulo, SP)
Israel
"O plano de Ehud Olmert antes
de começar a crise era libertar milhares de prisioneiros palestinos
em negociações com Mahmoud Abbas até setembro. Agora, contudo,
falar em comedimento para Israel
tornou-se inútil. A fragilidade da segurança do Estado judeu ficou evidente para seus cidadãos. Não há
país no mundo que mostre comedimento com 15% de sua população
recolhida a abrigos antiaéreos. Por
outro lado, a campanha ora empreendida em Gaza e no Líbano dificilmente conseguirá arrefecer a
determinação do Hamas e do Hizbollah em promover ataques contra
Israel. E o motivo é que os patrões
desses movimentos, Síria e Irã, não
se importam nem um pouco em sacrificar até o último palestino e o último libanês em prol de sua causa."
JORGE ALBERTO NURKIN (São Paulo, SP)
Aposentados
"Não resta dúvida que o aumento
da renda de 6 milhões de pessoas,
que passaram da classe D/E para a
classe C, é uma ótima notícia. Mas
os aposentados que recebem acima
do salário mínimo vêm, já há algum
tempo, migrando para as classes inferiores. Se continuar assim, dentro
de um curto espaço de tempo eles
irão para a classificação M (mendicância), pois aposentado, quanto
mais velho, mais pobre fica."
RUBENS COLONEZI (São Paulo, SP)
Anvisa
"Em relação ao artigo "Medicina
Alternativa" (Opinião, 10/7), a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que a
preocupação fundamental da Anvisa é garantir a segurança dos medicamentos oferecidos à população
independentemente de sua origem.
Sob esta ótica, a regulação sanitária
coloca os medicamentos fitoterápicos no mesmo patamar dos demais
medicamentos, exigindo igualmente a comprovação de seus efeitos e o
registro sanitário na Agência. É importante esclarecer que a propriedade terapêutica é uma característica inerente ao medicamento. Dessa forma, qualquer produto só pode
alegar esta característica se estiver
devidamente registrado na Anvisa.
De acordo com a legislação, a
venda de medicamento sem registro constitui crime. Nos últimos
anos a Agência tem atuado de diversas formas para evitar que produtos clandestinos sejam oferecidos à população. Exemplos dessa
atuação estão na monitoração da
propaganda de medicamentos e
nos alertas sobre produtos sem registro. A vigilância dessas normas
cabe a todo o Sistema de Vigilância
Sanitária, composto pelas vigilâncias municipais, estaduais e pela
Anvisa. Cabe ressaltar que não
compete à Anvisa a regulação de
procedimentos terapêuticos sejam
eles pertencentes à medicina tradicional ou a medicina alternativa. O
papel legal da Agência está na vigilância dos produtos e na qualidade
sanitária dos serviços de saúde."
VANESSA MELO DO AMARAL , assessora de Imprensa da Anvisa (Brasília, DF)
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