São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Supremo e PF
"Excelente o artigo de Sérgio Gardenghi Suiama e Ana Lúcia Amaral de 15/7 ("Ainda há juízes em Brasília?'). Qualquer estudante de direito percebe que a ordem de prisão de Daniel Dantas obedece ao disposto no artigo 312 do CPP, pois ele tentou corromper um delegado do caso. Também houve supressão de instância, porque Gilmar Mendes, na ânsia de soltar o banqueiro, atropelou os tribunais inferiores, a quem caberia julgar o caso. A decisão não foi técnica, e sim política. Está na hora de mudar o critério de escolha dos membros do STF, para ali colocar pessoas que decidam como juízes, e não como políticos."
ANDRÉ LUIZ BOGADO CUNHA (Amparo, SP)

 

"Quero cumprimentar o juiz De Sanctis. O ministro Gilmar Mendes foi arbitrário quanto à concessão de habeas corpus para Daniel Dantas e desrespeitoso em não considerar os trâmites de processo penal e constitucional, que prevê o escalonamento de tramitação dos recursos nas esferas competentes."
GILBERTO CALDAS (São Paulo, SP)

 

"Subscrevo integralmente o artigo de Alberto Toron de domingo ("Ainda há juízes no Brasil!'). E o faço não só como cidadão, mas como advogado criminalista que, ao longo da vida profissional, defendeu graciosamente pobres, oprimidos e presos políticos. Solidarizo-me com o ministro Gilmar Mendes, porque as mais raras virtudes de um magistrado são a coragem e a independência. Sobrava competência legal ao ministro para decidir, pois tinha em mãos um pedido de habeas corpus. Restava-lhe, como fez, manifestar-se de acordo com sua consciência, coragem e independência."
TALES CASTELO BRANCO (São Paulo, SP)

 

"A Justiça brasileira tem um defeito sério: ela se atém mais à letra que ao significado. Não há interesse verdadeiro em fazer justiça, mas em ter uma burocracia impecável. Esse é o motivo de se manter solto um corrupto tácito porque seu processo não teve instrução apropriada. Os juízes deveriam tomar ciência de que o poder emana do povo. Por isso defendo a eleição direta para algumas instâncias da Justiça."
JOÃO GUILHERME ROCHA POÇO (São Paulo, SP)
 

"Tem muito jurista criticando o ministro Gilmar Mendes, mas eu, como promotor, aprendi muita coisa. Aprendi que banqueiro pode impetrar habeas corpus no STF contra decisão de juiz de 1º grau sem passar pelas instâncias inferiores; que o STF pode conceder HC sem ver o processo; que uma decisão judicial de mais de 150 páginas pode ser carente de fundamentação, mas a de um ministro, que em poucas palavras concede salvo conduto a um empresário, é sempre bem motivada. Sei agora que integrantes do Ministério Público, ao invés de defensores da ordem, são "gângsteres". Também aprendi sociologia ao saber que banqueiros são a parte mais fraca da sociedade, covardemente oprimida pelo Judiciário, malsinada pela Procuradoria e molestada pela Polícia. Obrigado, ministro."
LUIZ FERNANDO MARQUES GUEDES (São Sebastião, SP)

Advogados
"Em respeito à verdade, quero registrar dois pontos sobre a matéria desta Folha na qual sou citado (15/7, pág. A4). Primeiramente, não é correto afirmar que sou "advogado ligado ao PT". Na verdade, nunca fui filiado a nenhum partido e, como advogado, tenho relações pessoais em quase todos os partidos. Advoguei para vários ministros de Estado filiados ao PSDB, para os presidentes do PSDB, PTB, PFL, dentre outros, e sempre mantive relações cordiais com todos eles.
Quanto à afirmação de que recebi honorários "sem os contratos para a prestação de serviços de advocacia", ela é rigorosamente inverídica. Se a auditoria interna na Brasil Telecom não localizou meus contratos de honorários, isto não é problema meu. Atuei como advogado no caso da venda da Companhia Riograndense de Telecomunicações, que era o maior caso à época de interesse da Brasil Telecom, e firmei também contrato para atuar no inquérito que se convencionou chamar de caso Kroll, indicado pelo grande criminalista Nélio Machado. Sobre o último caso, basta acessar os sites da época para se ter acesso às fotos com Machado e os clientes, registradas após os depoimentos."
ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO (Brasília, DF)

Marina
"Tive meu nome citado em artigo publicado em 15/7 ("Órfãos de Freud'), no qual o autor dá a entender que sou psicanalista clínica. A informação não é verdadeira. Fiz, em parte, o curso oferecido pela Sociedade Psicanalítica Ortodoxa do Brasil, apenas por interesse pessoal pelo tema. Não sou e jamais me intitulei psicanalista e nem faço parte de quaisquer associações da área. Assim, a citação de meu nome, e sobretudo da forma maliciosa como foi feita, é totalmente descabida."
MARINA SILVA , senadora (Brasília, DF)

Câmara
"Foi muito feliz o deputado Clodovil Hernandes ao apresentar projeto que reduz o número de deputados federais de 513 para 250. Nada justifica que um país que não tem dinheiro para a área social mantenha esse bando de parasitas. As operações da PF (Vampiros, Sanguessugas) não me deixam mentir."
VASCO VASCONCELOS (Brasília, DF)

Candidatos
"Acho absurdo o que os juízes eleitorais estão fazendo com os candidatos nesta eleição. Proibiram tudo. O candidato terá que fazer campanha por telepatia, porque não pode mais dar camiseta, brinde, boné, nada -nada que fixe o número do candidato. A eleição ficou chata demais da conta. O pior é que os candidatos ficam com medo de serem multados, e aí não se soltam, não fazem um bom trabalho eleitoral. Ah, mas suja a cidade! Mas o que não suja a cidade? Tudo o que é bom suja. Os grandes shows eram ótimos, e não pode mais. Perdeu a graça."
JOÃO RODRIGUES (Americana, SP)

Correios
"Inaceitável a greve dos Correios, com prejuízos incalculáveis. Há incontáveis maneiras de protestar, mas a mais cruel é usar a população inocente como escudo para obter maiores salários. O governo deveria agir com rigor para coibir este tipo de ação nos serviços essenciais."
CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: José Padilha e Francisco Menezes: "Garapa"

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.